Santo Atanásio, nasceu em Alexandria, no Egito no ano de 295 e faleceu no dia 2 de maio de 373, também em Alexandria. Foi bispo de Alexandria, considerado santo tanto pela Igreja Ortodoxa quanto pela Igreja Católica, que o reverencia também como um dos seus trinta e três doutores e ainda um dos mais prolíficos padres gregos.
Num documento de 367 ele fez uma lista de 27 livros, que são os livros do Novo Testamento, justamente para tirar as dúvidas com relação aos deuterocanônicos do Novo Testamento: a epístola aos Hebreus, II epístola de Pedro, Apocalipse, epístola de Tiago, II e III epístolas de João e a epístola de Judas.
Foi um dos defensores do ascetismo cristão, tendo inaugurado o gênero literário da hagiografia, com a vida de Santo Antão do deserto, escrita primeiramente em grego e logo traduzida para latim, tendo-se difundido com grande rapidez pelo Ocidente do Império Romano. Este gênero baseava-se nas Vitæ de autores romanos pagãos; porém, o que Atanásio procura fazer é tornar as Vitæ um modelo a ser seguido por todo o rebanho cristão, e é nesse sentido que é visto como criador do género; o que relata não tem que ser necessariamente verdadeiro, antes deve infundir no crente cristão a vontade de cultivar esse mesmo modelo de vida.
Do ponto de vista doutrinal, foi perseguido e exilado devido às acesas discussões que manteve contra partidários do Arianismo para além disso, defendeu a consubistanciação das Três Pessoas Divinas na Santíssima Trindade, tal como definido pelo Concílio de Nicéia, em 325, no Credo Niceno.
Atanásio é universalmente venerado como "pai da ortodoxia" e "arauto da divindade de Cristo", pela qual sofreu cinco vezes o exílio, em Tréveris, em Roma e no deserto egípcio.
Desde o início da adolescência, aprendera a conviver com a perseguição ao cristianismo, conduzida por Diocleciano. Quando simples diácono, e já dotado de sólida formação cultural, ergueu-se em liça contra Ário. Este propagava a doutrina antitrinitária, que fazia de Cristo uma simples criatura, "figura de Deus pela graça".