CIDADE DO VATICANO, 18 MAI (ANSA) - O papa Bento XVI pediu hoje para os fiéis rezarem para que a Igreja Católica da China permaneça "unida" e "firme nas doutrinas e disciplinas eclesiásticas".
Segundo o Pontífice, é importante que a Igreja chinesa seja "unida, santa, católica, fiel e firme nas doutrinas e disciplinas eclesiásticas".
O pedido foi feito durante a audiência geral desta quarta-feira, realizada na Praça São Pedro, no Vaticano.
Em seu discurso, o Papa ainda ressaltou a importância de orar pelos bispos chineses, para que "o desejo deles de estar na Igreja única e universal supere a tentação de um caminho independente".
"A Igreja na China, sobretudo neste momento, precisa da oração da Igreja universal. Convido, em primeiro lugar, os católicos chineses a continuarem e intensificarem a própria oração, mas também todos os católicos do mundo a rezarem", pediu Bento XVI.
"Os católicos chineses, como disseram várias vezes, querem a unidade com a Igreja universal, com o pastor supremo, com o sucessor de Pedro", afirmou. De acordo com Bento XVI, "alguns bispos chineses sofrem e estão sob pressão no exercício do ministério episcopal".
Em abril, o Vaticano enviou uma mensagem à Igreja Católica da China na qual afirmava estar aberto a um diálogo com as autoridades políticas locais.
A relação entre Vaticano e China foi afetada pela nomeação de bispos, por parte da Igreja Patriótica (gerenciada pelo Estado), sem a autorização da Santa Sé. Além disso, suspeita-se de que bispos do Vaticano foram obrigados a participar da Assembleia Nacional que elegeu dirigentes para a Igreja Patriótica.
Os dois Estados romperam as relações diplomáticas em 1951, por Pequim não aceitar ingerências do Vaticano nas decisões religiosas internas.
Atualmente, a China condiciona o restabelecimento da diplomacia ao rompimento das relações entre o Vaticano e Taiwan.
Segundo o Pontífice, é importante que a Igreja chinesa seja "unida, santa, católica, fiel e firme nas doutrinas e disciplinas eclesiásticas".
O pedido foi feito durante a audiência geral desta quarta-feira, realizada na Praça São Pedro, no Vaticano.
Em seu discurso, o Papa ainda ressaltou a importância de orar pelos bispos chineses, para que "o desejo deles de estar na Igreja única e universal supere a tentação de um caminho independente".
"A Igreja na China, sobretudo neste momento, precisa da oração da Igreja universal. Convido, em primeiro lugar, os católicos chineses a continuarem e intensificarem a própria oração, mas também todos os católicos do mundo a rezarem", pediu Bento XVI.
"Os católicos chineses, como disseram várias vezes, querem a unidade com a Igreja universal, com o pastor supremo, com o sucessor de Pedro", afirmou. De acordo com Bento XVI, "alguns bispos chineses sofrem e estão sob pressão no exercício do ministério episcopal".
Em abril, o Vaticano enviou uma mensagem à Igreja Católica da China na qual afirmava estar aberto a um diálogo com as autoridades políticas locais.
A relação entre Vaticano e China foi afetada pela nomeação de bispos, por parte da Igreja Patriótica (gerenciada pelo Estado), sem a autorização da Santa Sé. Além disso, suspeita-se de que bispos do Vaticano foram obrigados a participar da Assembleia Nacional que elegeu dirigentes para a Igreja Patriótica.
Os dois Estados romperam as relações diplomáticas em 1951, por Pequim não aceitar ingerências do Vaticano nas decisões religiosas internas.
Atualmente, a China condiciona o restabelecimento da diplomacia ao rompimento das relações entre o Vaticano e Taiwan.
A Igreja católica presente na
CHINA,
antes do ano 1000
CHINA,
antes do ano 1000
Sempre se acreditou que a Igreja católica se fez presente na China a partir do ano 1294, quando os primeiros missionários enviados pela Santa Sé chegaram à capital do país pelo caminho da seda, que os comerciantes costumavam fazer e que já tinha sido descrito por Marco Polo em sua obra "O milhão".
É verdade que foram encontrados sinais da presença do cristianismo muito anteriores a essa data, mas pensava-se que os primeiros evangelizadores da China fossem os nestorianos, Igreja que não estava em comunhão com Roma e que parecia não explicar suficientemente a unidade da natureza humana e divina em Cristo.
Mas a data de 1294 deve ser modificada: podemos afirmar hoje, com toda certeza, que já por volta de 650 a aventura da Igreja católica na China tinha começado. É isso que podemos ler numa publicação da agência de notícias UCAN, que divulgou um estudo do padre Gianni Criveller, Pime, do Centro de pesquisas Espírito Santo, de Hong Kong.
Sabemos, por exemplo, que numa ampla região da Ásia central, que corresponderia hoje ao Iraque, Irã e Paquistão, a Igreja católica estava bem enraizada e estruturada já nos primeiros séculos do primeiro milênio. Foi essa Igreja, que chamaríamos de Igreja do Leste, que teve um papel determinante na evangelização de muitos países do centro da Ásia, como Índia, Sri Lanka, Tibete e Afeganistão, num período que vai do século quarto ao oitavo. Mais tarde, iniciou também a evangelização da China. Pelos achados arqueológicos, podemos afirmar que houve, já naquela época, um grande esforço de inculturar a mensagem do Evangelho na cultura budista reinante nesse país.
Foram descobertos, perto de Xi´an, na província do Shaanxi, os restos de um templo que antes fora cristão e que remonta ao ano 650. Portanto, já nessa época tinha iniciado a evangelização da China. Sempre perto da cidade de Xi'an, foi descoberta uma coluna com inscrições gravadas em 781 por um grupo de monges persas que mostra um considerável esforço de inculturação da mensagem evangélica, que ali aparece comentada e explicada com termos próprios da cultura taoísta e budista, bem diferentes da cultura persa daqueles primeiros missionários.
Há mais um sinal claro da presença da Igreja na China nessa época: a divindade mais venerada na China é Guan Yin, a deusa da misericórdia. Ela é a única entidade feminina a ser cultuada no budismo e suas estátuas começaram a aparecer nessa época, em que já podiam ser encontradas imagens de Nossa Senhora. Poderia ser um exemplo de contaminação religiosa.
A Igreja expandiu-se durante um bom período apoiada pelos imperadores da época, até que, em 841, começou a perseguição contra as várias religiões, só deixando espaço livre ao confucionismo e ao taoísmo. Sobreviveram somente algumas comunidades ao longo do caminho da seda, talvez pelos contatos que podiam ter com os comerciantes vindos do Ocidente.
Com a chegada dos primeiros missionários enviados por Roma em 1294, o catolicismo na China refloresceu durante quase um século para depois ser perseguido novamente com o advento da dinastia Ming. Recomeçou em 1600, quando, de novo, os missionários jesuítas chegaram e foram aceitos na corte do imperador. E foi sempre assim nos séculos seguintes: períodos de calma e de crescimento e períodos de perseguição e de martírio. Isso continua até hoje. A semente do Evangelho nunca morreu definitivamente ainda que, depois de mais de mil anos, ainda não tenha conseguido encontrar o terreno para poder brotar e produzir frutos como em outros países.