quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dos Sermões de S. Gregório de Nazianzo, bispo, século IV (Or. 45,9.22.26.28: PG 36,634.635.654.658-659.662)



Ó admirável intercâmbio!


         O próprio Filho de Deus, que existe desde toda a eternidade, o invisível, o incompreensível, incorpóreo, princípio que procede do princípio, a luz nascida da luz, a fonte da vida e da imortalidade, a expressão do arquétipo divino, o selo inamovível, a imagem perfeita, a palavra e o pensamento do Pai, vem em ajuda da criatura feita à sua imagem, e por amor do homem se faz homem. Para purificar aqueles de quem se tornou semelhante, assume tudo o que é humano, exceto o pecado. Foi concebido por uma Virgem, já santificada pelo Espírito Santo no corpo e na alma, para honrar a maternidade e ao mesmo tempo exaltar a excelência da virgindade; e assumindo a humanidade sem deixar de ser Deus, uniu em si mesmo duas realidades contrárias, a saber, a carne e o espírito. Uma delas conferiu a divindade, a outra recebeu-a.
         Aquele que enriquece os outros torna-se pobre. Aceita a pobreza de minha condição humana para que eu possa receber os tesouros de sua divindade. Aquele que possui tudo em plenitude, aniquila-se a si mesmo; despoja-se de sua glória por algum tempo, para que eu participe de sua plenitude.
         Quais são essas riquezas da bondade? Qual é esse mistério que me concerne? Recebi a imagem divina mas não soube conserva-la. Ele assumiu a minha condição humana para restaurar a perfeição dessa imagem e dar a imortalidade a esta minha condição mortal. Assim estabelece conosco uma segunda aliança, muito mais admirável que a primeira.
         Convinha que a santidade fosse dada ao homem mediante a humanidade assumida por Deus. Convinha que ele triunfasse desse modo sobre o tirano que nos subjugava, para nos restituir a liberdade e reconduzir-nos a si através de seu Filho, nosso Mediador; e Cristo realizou, de fato, esta obra redentora para a glória de seu Pai, que era o objetivo de todas as suas ações.
           O bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas, veio ao encontro da que estava perdida, procurando-a pelos montes e colinas onde tu sacrificavas aos ídolos; tendo-a encontrado, tomou-a sobre seus ombros – os mesmo que carregaram a cruz – reconduzindo-a à vida eterna.
          Depois daquela tênue lâmpada do Precursor, veio a Luz claríssima de Cristo; depois da voz, veio a Palavra; depois do amigo do esposo, o Esposo. O Senhor veio depois daquele que lhe preparou um povo perfeito, predispondo os homens, por meio da água purificadora, para receberem o batismo do Espírito.
          Foi necessário que Deus se fizesse homem e morresse, para que tivéssemos a vida. Morremos com ele para sermos purificados; ressuscitamos com ele porque com ele morremos. Fomos glorificados com ele, porque com ele ressuscitamos.

Das Cartas Pastorais de São Carlos Borromeu, bispo, século XVI (Acta Eclesiae Mediolanensis, t.2, Lugduni, 1683, 916-917)

O tempo do Advento

          Caros filhos, eis chegado o tempo tão importante e solene que, conforme diz o Espírito Santo, é o momento favorável, o dia da salvação (cf. 2Cor 6,2), da paz e da reconciliação. É o tempo que outrora os patriarcas e profetas tão ardentemente desejaram com seus anseios e suspiros; o tempo que o justo Simeão finalmente pôde ver cheio de alegria, tempo celebrado sempre com solenidade pela Igreja, e que também deve ser constantemente vivido com fervor, louvando e agradecendo ao Pai eterno pela misericórdia que nos revelou nesse mistério. Em seu imenso amor por nós, pecadores, o Pai enviou seu Filho único a fim de libertar-nos da tirania e do poder do demônio, convidar-nos para o céu, revelar-nos os mistérios do seu reino celeste, mostrar-nos a luz da verdade, ensinar-nos a honestidade dos costumes, comunicar-nos os germes das virtudes, enriquecer-nos com os tesouros da sua graça e, enfim, adotar-nos como seus filhos e herdeiros da vida eterna.
         Celebrando cada ano este mistério, a Igreja nos exorta a renovar continuamente a lembrança de tão grande amor de Deus para conosco. Ensina-nos também que a vinda de Cristo não foi proveitosa apenas para os seus contemporâneos, mas que a sua eficácia é comunicada a todos nós se, mediante a fé e os sacramentos, quisermos receber a graça que ele nos prometeu, e orientar nossa vida de acordo com os seus ensinamentos.
         A Igreja deseja ainda ardentemente fazer-nos compreender que o Cristo, assim como veio uma só vez a este mundo, revestido da nossa carne, também está disposto a vir de novo, a qualquer momento, para habitar espiritualmente em nossos corações com a profusão de suas graças, se não opusermos resistência.
         Por isso, a Igreja, como mãe amantíssima e cheia de zelo pela nossa salvação, nos ensina durante este tempo, com diversas celebrações, com hinos, cânticos e outras palavras do Espírito Santo, como receber convenientemente e de coração agradecido este imenso benefício e a enriquecer-nos com seus frutos, de modo que nos preparemos para a chegada de Cristo nosso Senhor com tanta solicitude como se ele estivesse para vir novamente ao mundo. É com esta diligência e esperança que os patriarcas do Antigo Testamento nos ensinaram, tanto em palavras como em exemplos, a preparar a sua vinda.

Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo (Cat. 15, 1-3; PG 33 870-874)

As Duas Vindas de Cristo




         Anunciamos a vinda de Cristo; não a primeira apenas, mas também a segunda, muito mais deslumbrante. Pois a primeira foi marcada com o signo da paciência, mas a outra ostentará a coroa da realeza divina.
         Aliás, tudo que concerne a Nosso Senhor Jesus Cristo tem quase sempre uma dupla dimensão. Houve um duplo nascimento; primeiro Ele nasceu de Deus, antes dos séculos, depois nasceu da Virgem, na plenitude dos tempos. Dupla descida: uma discreta como a chuva sobre o velo, outra no esplendor, a que vai se realizar.
         Na primeira vinda Ele foi envolto em faixas e reclinado no presépio; na segunda, será revestido de luz como de um manto. Na primeira Ele suportou a cruz e desprezou a ignomínia; na Segunda virá cheio de glória, cercado de uma multidão de anjos. Não nos detemos, portanto, somente na primeira vinda, mas esperamos, ainda, ansiosamente, a Segunda. E assim como dissemos na primeira: “Bendito aquele que vem em nome do Senhor”, clamaremos de novo, no momento da segunda vinda, quando formos com os anjos ao encontro do Senhor para adorá-lo: “Bendito aquele que vem em nome do Senhor”.
         Virá o Salvador, não para ser de novo julgado, mas para chamar a juízo aqueles que se constituíram seus juízes. Ele, que ao ser julgado guardara silêncio, dirá aos que ousaram insultá-lO quando pendia da cruz: “Eis o que fizeste e calei-me”.
        Ele viera então realizar um desígnio de amor, ensinando aos homens com persuasão e doçura; mas naquele dia, queiram ou não, ver-se-ão obrigado a submeter-se à sua realeza.
       O profeta Malaquias fala dessas duas vindas: “Virá repentinamente ao seu templo santo o Senhor que buscais”. Eis uma vinda.
        E prossegue, a respeito de outra: “E o Anjo da aliança que desejais, ei-lo que vem, o Senhor Todo Poderoso! Quem poderá suportar o dia de sua vinda? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque Ele é como fogo do fundidor e como a barrela dos lavadeiros: sentar-se-á para fundir e purificar”.
       Paulo alude a essas duas vindas quando escreve a Tito: “Manifestou-se a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. Veio ensinar-nos a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos e a viver neste mundo com sobriedade, justiça e piedade, aguardando a realização da feliz esperança e manifestação da glória de nosso grande Deus e salvador Jesus Cristo”, Vês como ele fala da primeira vinda, pela qual dá graça, e da Segunda, que esperamos?

        Por isso o símbolo da fé que professamos nos é agora transmitido, convidando-nos a crer naquele que “subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim”. Nosso Senhor Jesus Cristo virá portanto do céu, virá glorioso no fim do mundo, no último dia. Dar-se-á a consumação do mundo e este mundo que foi feito será inteiramente renovado.
 

Santo André apóstolo e mártir, século I

 

            Foi um dos primeiros discípulos de Nosso Senhor. Era irmão de São Pedro, que apresentou ao Mestre. Segundo antiga tradição, pregou na região dos Bálcãs e sofreu o martírio sendo crucificado numa cruz em forma de X (conhecida heraldicamente como Cruz de Santo André).
         Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galiléia.  
Foi levado por João Batista à verdejante planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo.
André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes.  
Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus.
André participou da vida pública de Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascensão e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da Palestina nas localidades e regiões dos Bálcãs.
 Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local.
André se intimidou à autoridade do governador, convidando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou e condenou-o à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus".  
Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo teria ocorrido sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade celebra sua festa.
O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de Santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para Roma, onde se encontram atualmente na Catedral de Amalfi.
Só no século XIII Santo André, Apóstolo foi celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.


 

Catedral de Amalfi, Itália, onde encontram-se as relíquias de Santo André


Onde encontram-se as relíquias dos Apóstolos?

 

As relíquias dos santos apóstolos




Em Pádua estão as relíquias do apóstolo São Lucas



Em Veneza,  na Itália estão as relíquias do apóstolo São Marcos




Em Salamina,  na Grécia,  estão as relíquias do apóstolo São Barnabé


Em Roma,  na Itália, estão as relíquias do apóstolo São Paulo



Em Roma,  na Itália,  estão as relíquias do apóstolo Santo Estevão



Em Trier,  na Alemanha,  estão as relíquias do apóstolo São Matias



Em Éfeso,  na Grécia,  estão as relíquias do apóstolo São João


 Em Lípari,  na Itália,  estão as relíquias do apóstolo São Bartolomeu





Em Roma,  na Itália,  estão as relíquias do apóstolo São Tiago, o menor




Em Abkhazia,  na Rússia,  estão as relíquias do apóstolo São Simão




Em Roma,  na Itália,  estão as relíquias do apóstolo São Felipe



Em Roma,  na Itália,  estão as relíquias do apóstolo São Judas Tadeu





Em Salerno,  na Itália,  estão as relíquias do apóstolo São Mateus



Em Madras,  na India,  estão as relíquias do apóstolo São Tomé



Em Compostela,  na Espanha,  estão as relíquias do apóstolo São Tiago, o maior



Em Amalfi,  na Itália estão as relíquias do apóstolo Santo André



Em Roma,  na Itália,  estão as relíquias do apóstolo São Pedro

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Beato Frederico de Ratisbona, irmão leigo agostiniano

    
 
 
          O beato Frederico nasceu em Ratisbona, Bavária, Alemanha. Seus pais pertenciam à classe média. Entrou na Ordem como irmão não clérigo no mosteiro agostiniano de São Nicolau em sua cidade natal. O mosteiro era a mais importante comunidade da Província da Bavária naquela época, e acolheu o capítulo geral da Ordem Agostiniana de 1290. Nele, a primeira Constituição dos Agostinianos foi promulgada.
         Frederico serviu a comunidade como carpinteiro e tinha a responsabilidade de prover à casa a lenha necessária para o uso cotidiano, modesto trabalho levado a cabo durante anos unido a uma profunda vida de oração. É lamentável que seja pouco o que se sabe de sua vida. Conhecemos, isso sim, alguns relatos lendários do século 16, como os que aparecem na biblioteca do capítulo metropolitano de Praga.
         Algumas pinturas representando cenas da vida de Frederico e encomendadas por ocasião de sua morte ajudaram a inspirar tais lendas. Entre elas, a mais conhecida narra como um dia, impossibilitado de assistir à missa e estando no mesmo lugar onde se encontrava trabalhando, Frederico recebeu a comunhão das mãos de um anjo.
         A carga de colorido com a que se apresentam os fatos históricos, em conformidade aos gostos do tempo, hoje faz com que tais relatos sejam vistos com fortes reservas, ou inclusive, com rechaço. Porém, há de se ter em conta que interessava ao narrador medieval confirmar o reconhecimento divino da santidade mediante o milagre.
        Mais que escrever propriamente um biografia, a intenção era a de representar exemplos de virtude e ideais religiosos que animassem a segui-los. Episódios como o exposto acima atestam a devoção eucarística de nosso beato e provam o profundo efeito produzido entre seus contemporâneos e a continuidade da piedosa memória de que foi objeto ao longo dos séculos.
       O Prior Geral dos Agostinianos, Clemente Fulh, atesta em uma carta dirigida aos irmãos não clérigos que
"o beato Frederico chegou ao cume da perfeição obedecendo fielmente as normas estabelecidas por Santo Agostinho e soube integrar de maneira admirável a vida perfeitamente contemplativa com a vida perfeitamente ativa".
         Frederico morreu em Ratisbona no dia 29 de novembro de 1329. Logo depois de sua morte muito milagres foram creditados por sua intercessão. Seus restos repousam na igreja agostiniana Santa Cecília em Ratisbona.



Igreja de Santa Cecília

São Cutberto Mayne, sacerdote e mártir

Relic of St. Cuthbert Mayne

relíquia de São Cutberto Mayne


São Cutberto Mayne e os 39 companheiros mártires da Inglaterra



          Pastor anglicano no condado de Devon, suspeitando da autoridade civil e religiosa se converteu ao catolicismo em 1573 e refugiou-se em Douai, na França e em 1576 foi ordenado sacerdote. Ao retornar à Inglaterra desse mesmo ano, exerceu de forma clandestina o seu ministério sacerdotal  na região de Cornualha, como padre em Francis Tregian.
         Descoberto, no dia 18 de junho de 1577 foi preso e acusado de alta traição à nova religião na Inglaterra foi condenado à morte no dia 29 de dezembro de 1577.
         Foi proclamado beato pelo Papa Leão XIII no dia 29 de dezembro de 1886 e proclamado santo pelo Papa Paulo VI em 25  de outubro de 1970, junto com outros 39 mártires do Reino Unido.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

São Saturnino de Toulouse, bispo e mártir


Foi um dos sete bispos enviados por Roma para a evangelização das Gálias, onde fundou a diocese de Toulose sendo seu primeiro bispo.
De origem grega Saturnino, bispo de Toulouse, é um dos santos mais populares na França e na Espanha, onde é considerado o protetor das corridas. A confirmação de sua vida surgiu junto com a descoberta de importantes escritos do cristianismo produzidos entre os anos 430 e 450. Conhecidos como a "Paixão de Saturnino", trouxeram dados enriquecedores sobre a primitiva Igreja de Cristo na Gália, futura França.
Era uma época em que a Igreja, naquela região, contava com poucas comunidades cristãs. Estava desorganizada desde 177, com o grande massacre dos mártires de Lyon. O número de fiéis diminuía sempre mais, ao mesmo tempo nos dos templos pagãos as filas para prestar sacrifícios aos deuses aumentava.  
O relato conta que Saturnino, após uma peregrinação pela Terra Santa, iniciara a sua missão de evangelização no Egito, onde converteu um bom número de pagãos. Foi, então, para Roma e, fazendo uma longa viagem por vales e montanhas, atingiu a Gália.
Por onde andou, pregava com fervor, convertia quase todos os habitantes que encontrava ao cristianismo. Consta que ele ordenou o futuro são Honesto e juntos foram para a Espanha, onde teria, também, batizado o agora São Firmino. Depois, regressou para Toulouse, mas antes consagrou o primeiro como bispo de Pamplona e o segundo para assumir a diocese de Amiens.  
Saturnino fixou-se em Toulouse como seu primeiro bispo. Embora houvesse um decreto do imperador proibindo e punindo com a morte quem participasse de missas ou mesmo de simples reuniões cristãs, Saturnino liderou os que não tinham medo de repressões. Continuou com o santo sacrifício da missa, a comunhão e a leitura do Evangelho.
         Desse modo, ele e outros quarenta e oito cristãos acabaram descobertos reunidos e celebrando a missa num domingo. Foram presos e julgados no Capitólio de Toulouse. O juiz ordenou ao bispo Saturnino, uma autoridade da religião cristã, sacrificasse um touro em honra a Júpiter, deus pagão, para convencer os demais. Como se recusou, foi amarrado pelos pés ao pescoço do animal, que o arrastou pela escadaria do templo. Morreu com os membros esfacelados. Por essa piedosa lembrança, os toureiros o têm, na Espanha, como seu protetor especial.
O seu corpo foi recolhido e sepultado por duas cristãs.
No local, um século mais tarde, são Hilário construiu uma capela de madeira, que foi destruída em seguida. Mas as suas relíquias foram encontradas, no século VI, por um duque francês, que mandou, edificar a belíssima igreja dedicada a ele, chamada, em francês, de Saint Sernin du Taur, que lá está com o nome de Nossa Senhora de Taur.
O culto ao mártir são Saturnino, bispo de Toulouse, foi confirmado e mantido pela Igreja no dia 29 de novembro.

Catedral de São Saturnino em Toulouse, França


Tempo do Advento: a expectativa do retorno de Cristo, Papa Bento XVI

Angelus do Papa Bento XVI


 

27.11.2011 - Cidade do Vaticano: Bento XVI conduziu a oração mariana do Angelus, deste I Domingo do Advento, na Praça São Pedro, no Vaticano, repleta de fiéis e peregrinos que ouviram as palavras proferidas pelo Papa.
Queridos irmãos e irmãs!
Hoje, iniciamos com toda a Igreja o novo Ano Litúrgico: um novo caminho de fé, a se viver unidos nas comunidades cristãs, mas também, como sempre, a se percorrer no interior da história do mundo, para abri-la ao mistério de Deus, à salvação que vem do seu amor.
 O Ano Litúrgico inicia com o Tempo do Advento: tempo estupendo em que se desperta nos corações a expectativa do retorno de Cristo e a memória da sua primeira vinda, quando se despojou da sua glória divina para assumir a nossa carne mortal.
"Vigiai!". Esse é o apelo de Jesus no Evangelho de hoje. Dirige-o não somente aos seus discípulos, mas a todos: "Vigiai!" (Mc 13,37). É um apelo salutar a recordar-nos que a vida não tem somente a dimensão terrena, mas é projetada rumo a um "além", como uma muda que brota da terra e abre-se para o céu. Uma muda pensante, o homem, dotada de liberdade e responsabilidade, pelo que cada um de nós será chamado a dar conta de como viveu, de como utilizou as próprias capacidades: se as reteve para si ou as fez desfrutar para o bem dos irmãos.
Também Isaías, o profeta do Advento, nos faz refletir hoje com uma oração sincera, destinada a Deus em nome do povo. Ele reconhece as faltas do seu povo e, em certo ponto, diz: "Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a nossos pecados" (Is 64,6). Como não se sentir atingido por essa descrição?
Parece refletir certos panoramas do mundo pós-moderno: as cidades onde a vida torna-se anônima e horizontal, onde Deus parece ausente e o homem o único patrão, como se fosse ele o artífice e o regente de tudo: as construções, o trabalho, a economia, os transportes, as ciências, a técnica, tudo parece depender somente do homem. E, às vezes, neste mundo que parece quase perfeito, acontecem coisas chocantes, ou na natureza, ou na sociedade, devido ao que nós pensamos que Deus tenha como que se retirado, tenha nos, por assim dizer, abandonado a nós mesmos.
Na realidade, o verdadeiro "patrão" do mundo não é o homem, mas Deus. O Evangelho diz: "Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo" (Mc 13,35-36). O Tempo do Advento vem a cada ano recordar-nos isso, para que a nossa vida reencontre a sua justa orientação, em direção ao rosto de Deus. O rosto não de um "patrão", mas de um Pai e de um Amigo.
Com a Virgem Maria, que nos guia no caminho do Advento, façamos nossas as palavras do profeta. "Senhor, vós sois nosso pai; nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por vossas mãos" (Is 64,7).
Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.


São Tiago das Marcas

 

Nasceu neste mundo em Monteprandone, na província de Ascoli Piceni, região de Le Marche ou das Marcas, Itália, em 1394.
Seu nome de batismo era Domingos Gangali. Órfão desde criança, foi educado pelo tio, que o conduziu sabiamente no seguimento a Jesus Cristo. Estudou em Perugia, onde se diplomou em direito civil junto com o grande João de Capistrano, agora santo.
Decidiu deixar a profissão para ingressar na Ordem dos Franciscanos, onde estudou teologia e foi ordenado sacerdote. Quando recebeu o hábito, levou o nome de Tiago, que foi completado com o "das Marcas", em função de sua terra natal. Foi discípulo de outro santo e seu contemporâneo da Ordem, Bernardino de Sena, que se destacava como o maior pregador daquela época, tal qual conhecemos.
 Tiago das Marcas consagrou toda a sua vida à pregação. Percorreu a Europa como a Itália, a Polônia, a Boêmia, a Bósnia e depois foi para a Hungria, em obediência a uma ordem direta de Roma. Permanecia num lugar apenas o tempo suficiente para construir um mosteiro novo ou restabelecer a observância genuína da Regra da Ordem Franciscana nos já existentes. Depois, partia em busca de novo desafio ou para cumprir uma das delicadas missões em favor da Igreja, para as quais era enviado especialmente, como fizeram os papas Eugênio IV, Nicolau V e Calisto III.
Acompanhou São João de Capistrano na pregação da Cruzada contra os turcos e foi um dos artífices da gloriosa vitória de Belgrado, em 1456. Humilde e reto nos princípios de Cristo, nunca almejou galgar postos na Igreja, chegando a recusar o cargo de bispo de Milão.  
Como Franciscano que era, tinha vida austeríssima, fazendo continuamente jejuns e penitências. Pediu a Nossa Senhora de Loreto a graça de pregar eficazmente as verdades eternas. A oração foi atendida e, desde então, sua palavra obteve verdadeiros prodígios, conseguindo conversões que pareciam de todo impossíveis.
Mas os severos e freqüentes jejuns a que se submetia enfraqueceram seu organismo, chegando a receber o sacramento da unção dos enfermos seis vezes. Mesmo assim, morreu aos 90 anos.  
Faleceu em Nápoles, pedindo perdão aos irmãos franciscanos pelo mau exemplo que foi a sua vida.
Era o dia 28 de novembro de 1476. Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria Nova, daquela cidade. A sua biografia mostra muitos relatos dos prodígios operados por sua intercessão, tanto em vida quanto após a morte.
O papa Bento XIII canonizou Tiago das Marcas em 1726.
                               

São Virgílio, século VIII



Entre os monges irlandeses, grandes viajantes, desejosos de peregrinar por Jesus Cristo, ao lado de Columba, Columbano, Quiliano, Gallo, encontramos são Virgílio, apóstolo de Caríntia e padroeiro de Salisburgo.
Nasceu na primeira década do século VIII e foi batizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgílio. Católico praticante, ainda jovem voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora no ano de 743 não voltando mais.
 Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino, para enviar Virgilio para a Abadia de São Pedro de Salzburg, atual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgilio como bispo para aquela diocese.
São Bonifácio, era chamado o apóstolo da Alemanha, atuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não ao duque Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgilio, mas o fato de ter sido feita por Odilon. Ambos nutriam entre si uma profunda divergência no campo doutrinal e Virgílio participava do mesmo pensamento de Odilon. Essa situação perdurou até a morte de são Bonifácio, quando, e só então, ele pôde ser consagrado bispo de Salzsburg. 
Mas Virgílio foi homem de fé sólida e de vasta cultura, dominava como poucos as ciências matemáticas, ganhando, mesmo, o apelido de "o Geômetra" em seu tempo. Viveu oito séculos antes de Galileu e Copérnico e já sabia que a Terra era redonda, o que na ocasião e em princípio era uma heresia cristã. Foi a Roma para se esclarecer com o papa, deixou a ciência de lado e abraçou integralmente o seu apostolado a serviço do Reino de Deus como poucos bispos consagrados o fizeram. Revolucionou a diocese de Salzburg com o seu testemunho e converteu aquele rebanho para a redenção de Cristo, aproveitando-se do interesse político do rei.  
Em 755, um ano após a morte de são Bonifácio, Virgílio foi consagrado bispo de Salzburg. Continuou evangelizando toda a Áustria, inclusive uma parte do norte da Hungria. Fundou e reabilitou mosteiros e igrejas, com isso organizou o primeiro catálogo e crônica dos mosteiros beneditinos.
Morreu aos 27 de novembro de 784 e foi sepultado na Abadia de Salzburg, Áustria, em meio à forte comoção dos fiéis, que transformaram essa data a de sua tradicional festa. Séculos depois, suas relíquias foram trasladadas para a bela Catedral de Salzburg.
Em 1233, foi canonizado como santo da Igreja católica, e o dia de sua festa mantido. São Virgílio foi proclamado padroeiro de Salzburg.


Catedral de Salzburg, Áustria, onde encontram-se os restos mortais de São Virgílio

Santa Catarina Labouré, virgem

        

Corpo incorrupto de Santa Catarina Labouré, na Igreja da Medalha Milagrosa em Paris


         Em 1830, Nossa Senhora apareceu, em Paris, a Santa Catarina Labouré, então jovem religiosa, e lhe ensinou a devoção da Medalha Milagrosa.
“Mandai cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que o usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança” – prometeu a Santíssima Virgem. A promessa efetivamente se cumpriu. 
Em março de 1832, quando iam ser confeccionados as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingiu a cidade de Paris. Mais de 18 mil pessoas morreram em poucas semanas. Num único dia, chegou a haver 861 mortes.
No fim de junho, as primeiras medalhas ficaram prontas e começaram a ser distribuídas entre os flagelados. Na mesma hora refluiu a peste e tiveram início, em série, os prodígios que em poucos anos tornariam a Medalha Milagrosa mundialmente célebre.

Em 1876, ano da morte de Santa Catarina Labouré, mais de um bilhão de Medalhas Milagrosas já espalhavam graças pelo mundo.
Em 1894, a Santa Igreja insistiu a festa litúrgica de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, a ser celebrada neste mesmo dia 27 de novembro.

sábado, 26 de novembro de 2011

Santo Humilde de Bisignano, 1582-1637


 
Humilde nasceu na cidade de Bisignano, província de Cosenza, Itália, em 26 de agosto de 1582. Luca Antonio foi seu nome de batismo e pertencia a uma família muito pobre e muito cristã. Desde a mais tenra idade, o menino manifestou sua admirável piedade. Todos os dias ia à missa, comungava, rezava e meditava a Paixão do Senhor, tornando-se modelo de virtude para todos os que o conheciam.
Aos dezoito anos, percebeu que sua vocação estava na vida religiosa, mas por vários motivos teve que aguardar nove anos para poder realizar os seus santos propósitos, levando, entretanto, uma vida ainda mais disciplinada a fim de conseguir seus objetivos.
Aos vinte e sete anos, entrou no noviciado dos Frades Menores de Mesuraca, tomando o nome de frei Humilde. Desde jovem, tinha o dom de contínuos êxtases contemplativos, motivo pelo qual era chamado de "o frade extático". A partir de 1613, esses dons se tornaram públicos e por isso seus superiores o submeteram a uma longa série de provas e humilhações para certificarem-se se eles provinham, realmente, de Deus.
Essas provas, felizmente suportadas, só vieram a aumentar sua fama de santidade junto aos irmãos e ao povo.
Lhe foram atribuídos outros dons particulares como a perscrutação dos corações, a profecia, as intercessões em milagres e, sobretudo, a ciência infusa. Apesar de ser analfabeto, dava respostas sobre as Sagradas Escrituras e sobre qualquer outro tema da doutrina católica que faziam admirar os altos teólogos. A esse objetivo, Humilde foi experimentado em uma reunião de sacerdotes seculares e regulares, com propostas de dúvidas e objeções, às quais respondeu de maneira muito satisfatória.  
Frei Humilde obteve a confiança dos sumos pontífices Gregório XV e Urbano VIII, que o chamaram ao Vaticano e se beneficiaram com suas orações e conselhos. Permaneceu em Roma por muitos anos, sendo hospedado no Convento de São Francisco, em Ripa, e, durante alguns meses, no de Santo Isidoro.
As orações do Frei Humilde eram simples, porém suas preces eram sempre dedicadas ao bem da humanidade e à paz universal. Apesar de ser muito estimado por todos, ele se humilhava, continuamente, perante Deus, por considerar-se um grande pecador.
Num dia declarou ao papa Gregório XV: "Enquanto todas as criaturas louvam e bendizem ao Senhor, eu sou o único que o ofende".
Faleceu no dia 26 de novembro de 1637, na sua cidade natal, onde passou os seus últimos anos de vida.
Beatificado em 1882, foi somente em 2002 que o papa João Paulo II declarou Santo Humilde de Bisignano, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


São Leonardo de Porto Maurício, 1676-1751



 
O santo da via-sacra e da Imaculada Conceição, o frade que salvou o Coliseu de ruína total, o pregador inflamado da Paixão de Cristo. São esses os títulos de são Leonardo de Porto Maurício.
Paulo Jerônimo nasceu em 1676, em Porto Maurício, atual Impéria, Itália. Filho do capitão da marinha Domingos Casanova, ficou órfão ainda muito pequeno. Foi, então, levado a Roma para concluir os estudos no Colégio Romano. Depois, foi para o Retiro de São Boaventura, onde entrou para a Ordem Franciscana e vestiu o hábito tomando o nome de frei Leonardo.
Atuou como sacerdote a maior parte da vida em Florença. Era um empolgante pregador, principalmente quando escolhia como tema a Paixão de Cristo. Percorreu toda a Itália exercendo esse ministério e, com isso, escreveu muitas obras de grande valor para os pregadores e para os fiéis. O Santo Afonso de Ligório, seu contemporâneo, contava que ele era o maior missionário daquele século.
O papa usou para a Igreja os dons de Leonardo, quando o enviou para uma delicada missão na ilha de Córsega. Tinha de restabelecer a concórdia entre os cidadãos. Apesar das graves divisões entre eles, Leonardo conseguiu um acordo de paz.
É considerado o salvador do Coliseu, ao promover pela primeira vez a liturgia da Via-Sacra naquele local que definiu como santificado, pelos martírios dos cristãos. Por esse motivo, a interpretação da Paixão de Cristo foi reproduzida, no jubileu de 1750, no Coliseu, cujas ruínas eram dilapidadas e suas pedras arrancadas para servirem em outras construções.
A celebração da Via-Sacra em seu interior tornou-se tradição e a histórica construção passou a ser conservada. A tradição permanece, pois até hoje o próprio pontífice, toda Sexta-Feira da Paixão, faz a Via-Sacra no Coliseu, em Roma.
São Leonardo foi devoto de Nossa Senhora e queria que a Igreja assumisse o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Lutou muito pelas suas idéias doutrinais e convenceu o papa Bento XIV de que era necessário convocar um concílio para discutir o assunto e depois proclamar esse dogma.  
Não conseguiu ver este dia, mas deixou uma célebre carta profética, onde previa que isso iria acontecer, como de fato ocorreu, em 1854. Frei Leonardo morreu, em 1751, no seu Retiro de São Boaventura de Palatino, Roma.
Na ocasião, tal era sua fama de santidade que o próprio papa Bento XIV foi ajoelhar-se diante de seu corpo.
Papa Pio XI o declarou padroeiro dos sacerdotes que se consagram às missões populares no mundo.
São Leonardo de Porto Maurício é celebrado, no dia de sua morte, também como padroeiro da sua cidade de origem, atual Impéria.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ladainha dos Santos Mártires

          Nós te rendemos graças, ó Deus Pai onipotente, por ter-nos dado Irmãos, que testemunharam o próprio amor por Ti com uma vida santa, e muitos até à efusão do sangue. O seu exemplo ilumine e sustente a nossa caminhada até o dia em que chegaremos à Jerusalém celeste. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Senhor, piedade............... Senhor, piedade.

Cristo, piedade................. Cristo, piedade.

Senhor, piedade................ Senhor, piedade.

Santa Maria Mãe de Deus e Rainha dos Mártires, ........... Roga por nós.

São José, "homem justo", esposo da Mãe de Deus e guarda de Jesus,

Santos Pedro e Paulo, mártires de Cristo, colunas e fundamento da Igreja de Roma

São Calisto I, papa e mártir, guarda dos irmãos de fé aqui sepultados,

São Ponciano, papa e mártir, condenado às minas,

São Fabiano, papa e mártir, organizador da Igreja romana,

São Cornélio, papa e mártir, "modelo de humildade, paciência e bondade",

São Sisto II, papa e mártir, morto por Cristo na área destas Catacumbas,

Santo Eusébio, papa e mártir, misericordioso para com os lapsos, necessitados de perdão

Santos Diáconos: Januário, Magno, Vicente, Estêvão, Felicíssimo e Agapito, companheiros no martírio do Papa Sisto II

Santo Tarcísio, adolescente de fortes ideais e intrépido defensor da Eucaristia,

Santia Cecília, jovem corajosa, que ofereceu a Cristo a própria vida,

Santo Sótere, nobre romana, morta pela sua fidelidade ao Evangelho,

Santo Polícamo, glória e decoro da Santa Igreja,

Santos Calógero e Partênio, fiéis a Cristo a ponto de perder a vida por Ele,

Santos Marcos e Marceliano, irmãos de sangue e inseparáveis no martírio,

Santos Cereal, Salústia e 21 Companheiros, defensores da fé contra a heresia novaciana,

Santos Mártires Gregos: Maria, Neone, Hipólito, Ádria, Paulina, Marta, Valéria, Eusébio e Marcelo, dom da Igreja Oriental ao Cemitério de São Calisto,

Santos e Santas Mártires, sepultados nas Catacumbas de São Calisto,

Santo Antérote papa, que viveste todo o teu breve pontificado na prisão,

São Lúcio I papa, obrigado ao exílio porque Vigário de Cristo,

São Estêvão I papa, guarda da pureza da fé,

São Dionísio papa, pai amorável dos irmãos em dificuldade,

São Félix I papa, zeloso na obra da evangelização,

São Eutiquiano papa, apóstolo da ortodoxia,

São Caio papa, amigo dos pobres,

São Milcíades papa, defensor da fé contra a heresia donatista,

São Marcos papa, pastor da Igreja de Roma e promotor do seu calendário litúrgico,

São Dâmaso I papa, "piedoso cultor dos Mártires",

Todos os santos Papas, que vigiais sobre "o altar de Cristo"

Santos Bispos: Optato e Numidiano, evangelizadores das terras africanas,

Santos Bispos: Urbano, Laudiceu, Policarpo e Mano, continuadores da missão dos Apóstolos,

Vós todos, Santos Bispos, sepultados nas Catacumbas de São Calisto,

Santos Sacerdotes, que viveram e morreram "na longa paz",

Jovens e Crianças, que quisestes conservar a vossa pureza por Cristo,

Vós, também, pecadores, convertidos à bondade do Pai, lavados no sangue de Cristo e santificados pelo Espírito Santo,

Vós todas, Almas Santas, cujo corpos repousam no cemitério de São Calisto,

Santas Brígida e Catarina da Suécia,

SS. Carlos Borromeo e Filipe Neri,

S. João Bosco e Beato Miguel Rua,

Santas Maria Mazzarello e Terezinha do Menino Jesus,

Todos os santos peregrinos às Catacumbas de São Calisto e admiradores da fé dos primeiros Cristãos,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ........ perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ........ ajudai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ...... tende piedade de nós.

Oremos:

Ó Deus, nosso Pai, que fecundaste com o sangue dos Mártires e abençoaste com a presença de tantos Santos o solo das Catacumbas de São Calisto, pelo luminoso exemplo de tão corajosas Testemunhas conserva-nos na fé, para que possamos recolher e degustar com alegria o fruto do seu sacrifício. Por Cristo nosso Senhor. Amém!












 Sete Beatas Mártires