sábado, 31 de agosto de 2013

São Raimundo Nonato


       Celebramos a vida do santo que se tornou modelo para todo vocacionado à santidade e ao resgate das almas. Por ter encontrado dificuldades para vir à luz, é invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras. Seu nome significa “não nascido” porque foi extraído vivo das entranhas da mãe já morta.
        São Raimundo Nonato nasceu na Espanha, em Portel, na diocese de Solsona (próximo a Barcelona) no ano de 1200. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotissimo. Conta-se que, durante as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho.
      Desde jovem, Raimundo Nonato percebeu sua inclinação à vida religiosa. Seu pai buscou, sem êxito, impedi-lo de corresponder ao chamado vocacional. Ao entrar para a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, pôde receber do fundador: São Pedro Nolasco, o hábito. Assim, tornou-se exemplo de ardor na missão de resgatar das mãos dos mouros, os cristãos feito escravos.
      Certa vez, São Raimundo conseguiu liderar uma missão que libertou 150 cristãos, porém, quando na Argélia acabaram-se os recursos para o salvamento daqueles que corriam o risco de perderem a vida e a fé, o Missionário e Sacerdote Raimundo, entregou-se no lugar de um dos cristãos. Na prisão, Raimundo pregava para os muçulmanos e cristãos, com tanta Unção que começou a convertê-los e desse modo sofreu muito, pois chegaram ao extremo de perfurarem os seus lábios com um ferro quente, fechando-os com um cadeado.
      Foi mais tarde libertado da prisão e retornou à Espanha. São Raimundo Nonato, morreu em Cardona no ano de 1240 gravemente doente. Não aguentou atingir Roma onde o Papa Gregório IX queria São Raimundo como Cardeal e conselheiro.
       O seu corpo foi descansar na mesma ermida de São Nicolau em que orava nos seus anos de pastor.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Beato Joaquim Ferrer Adell, sacerdote e mártir



Martirológio Romano: Na estrada entre Puebla e Villafamés Tornesa perto Castellon, na Espanha, o Beato Joachim (Joseph) Adell Ferrer, sacerdote da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, através do martírio que tem a recompensa prometida aos que perseveram. (1879-1936).

       Nascido em Albocàsser (Castellón). Profissão na Ordem dos Capuchinhos em 03 de janeiro de 1897 e foi ordenado sacerdote em 19 de dezembro de 1903. Ele era um missionário na Colômbia e no topo de alguns conventos, quando ele retornou à Espanha, foi nomeado Reitor do Seminário Massamagrell seráfico. Promoveu o culto da Eucaristia e da devoção mariana dos Três Ave-Marias.
      Desencadeou a perseguição religiosa, depois de colocá-lo em segurança para os seminaristas, refugiou-se em Rafelbuñol (Valencia) em uma casa particular. Ele foi preso em 30 de agosto de 1936, levado à sua cidade natal e assassinado naquele dia na estrada para Villafamás Tornesa.   
       Suas palavras são estas: "Se estamos aqui na terra, adeus à glória." "Eu vou subir os degraus do altar sagrado para oferecer, com minhas próprias mãos o sacrifício mais adorável, cuja vítima é tão puro e santo".

Beato Ghebra Miguel



Martirológio Romano : Em Cerecca-Ghebaba, povo da Etiópia, Ghebra Beato Miguel, ou seja, "Servo Miguel", sacerdote da Congregação da Missão e mártir, que procurou sempre em seus estudos e orações a verdadeira fé.Tendo abraçado a doutrina da Igreja verdadeira, as prisões sofridas por ele em primeiro lugar, e, em seguida, guardado por soldados e carregado seus pés com correntes, foi forçado a caminhar por 13 meses, até que, exausto pela cílios recebeu, morreu consumido pela sede e a fome .


      Nascido em Mertulé Dibo Mariam, na Etiópia. A criança tinha sido pastor, mas foi capaz de estudar e se tornou um jovem estudioso, teólogo copta e se tornou um monge. Ele ensinou a escola em Gondar, e foi o mais famoso teólogo da Igreja Copta da Etiópia de seu tempo. Nesta fase de aluno e professor se interiormente concebida muitas dúvidas sobre a verdade do monofisismo de sua igreja. 
      Em 1841, a morte do "Abuna" ou bispo copta da Etiópia, tinha que ir para o Egito com o patriarca copta nomear o sucessor do falecido. Enquanto isso, o bispo missionário de Jacobi St. Justin, que era amigo do príncipe Ubie, propôs que o novo bispo foi nomeado a partir de Roma. O príncipe decidiu que os etíopes que havia chegado ao Cairo visitasen também Roma, especialmente o túmulo dos apóstolos e de fazer uma visita de cortesia ao Papa. Ghebra que estava no grupo teve a oportunidade de aprender sobre o catolicismo, e também visitou Jerusalém.
     A viagem levou a uma Ghebra crise espiritual. Patriarcado Copta desapontado, porque ele viu má-fé e ignorância religiosa. Mas Roma e Jerusalém, ele entusiasmado. De volta ao Cairo, o patriarca fez assinar um decreto aceitar a fé de Calcedônia, mas o novo "Abuna" para a Etiópia quebrou, e foi quando Ghebra decidiu mudar-se ao catolicismo em 1844, pelas mãos de São Justino de Jacobi. 
        Na Etiópia, Miguel e Justin lutaram contra a heresia monofisita de coptas da Etiópia, e, neste momento, Michael foi ordenado e entrou nas Paules ou Congregação da Missão.
        Devido à sua grande cultura, a missão que foi confiada foi a de professor no seminário católico, editor de livros na língua etíope e organizador da obra apologética contra o monofisismo oficial, etc.
       Em 1855, o novo "Negus" da Etiópia, Theodore II, iniciou uma perseguição de seus súditos católicos, por iniciativa de "Abuna" Salema, que era contra os missionários. Justin foi preso, torturado e deportado. Michael, passou 13 meses na cadeia e foi julgado e condenado à morte, mas o cônsul britânico teve a sentença foi comutada para prisão perpétua. Quebrei-se que o deixou cego, mas não melhorou a sua perseverança. Ele foi obrigado a seguir o rei na sua caminhada, com fome, com sede, bater, até que ele contraiu disenteria de que ele morreu em verdadeiro campo-Ghebaba Cerecca. 

Beata Bronislava da Polônia


     Nasceu em 1230, no castelo de Kamien, na Silésia, de uma importante família polonesa; seu avô havia fundado o mosteiro premonstratense de Zwierzyniec, perto de Cracóvia, onde a tia de Bronislava, Gertrudes, tinha entrado, tornando-se posteriormente a priora de Imbramowice.
     Bronislava também era prima do dominicano São Jacinto e relacionada com São Jacek e o Beato Czeslaw. Ela cresceu numa atmosfera profundamente influenciada pelas Cruzadas e o amor a Cruz norteou sua vida. Bronislava entrou no convento das religiosas Norbertinas em Zwierzyniec com a idade de dezesseis anos, onde ela foi logo depois eleita prioresa.
     Sua vida espiritual era orientada pela devoção à Paixão de Nosso Senhor e de Sua Santa Cruz. Para poder meditar com maior fruto os mistérios da Paixão de Jesus, Bronislava se retirava em uma colina de Sikornik, não distante do mosteiro, que agora se chama Colina de Santa Bronislava, e onde em 1702 foi erigida uma capelinha em sua honra.
     Quando a peste chegou à Polônia, ela dedicou-se a ajudar os doentes e a confortar os moribundos. Durante a crise política que tomou conta da Polônia, o convento de Zwierzyniec teve de ser abandonado em várias ocasiões, pois ele se situava fora da muralha de Cracóvia e, portanto, era vulnerável a ataques. Nessas ocasiões as religiosas eram obrigadas a procurar abrigo das hordas de saqueadores em outras casas religiosas ou nas profundezas das florestas.
     O pior ataque ocorreu em 1241, com a invasão dos tártaros. Bronislava com algumas de suas Irmãs estavam rezando, com os braços estendidos na forma de uma cruz, quando receberam a notícia de que os tártaros selvagens estavam avançando rapidamente para Cracóvia.
     O convento estava em perigo iminente de destruição. Bronislava pegou um crucifixo, apertou-o contra seu coração e disse às suas Irmãs: "Não temam nada, a cruz nos salvará!" Ela então levou as Irmãs para as passagens subterrâneas do convento onde permaneceram escondidas dos invasores. O convento, no entanto, não foi poupado e ficou em chamas, prendendo as Irmãs no subterrâneo. Conta-se que quando Bronislava bateu três vezes com o seu crucifixo na parede de pedra da prisão escura, uma passagem para a liberdade se abriu para as Irmãs.
     Após a destruição do convento, muitas das Irmãs refugiaram-se nos mosteiros que haviam sido poupados. Bronislava permaneceu nas ruínas do antigo convento com um punhado de Irmãs; construíram pequenas cabanas para dormir e passavam os dias cuidando dos pobres, dos doentes e das inúmeras vítimas da invasão tártara.
     Na biografia de São Jacinto, escrita em 1352 pelo Padre Stanislao, dominicano de Cracóvia, se narra que no dia da morte do Santo (15 de agosto de 1257) Bronislava teve uma visão na qual ele lhe aparecia conduzido ao céu pela Mãe de Deus e pelos anjos.
     Depois de haver vivido quarenta anos entre os trabalhos monásticos e as práticas religiosas, cumpridos com ardente zelo, Bronislava morreu em 1259. Seus restos foram colocados na igreja do mosteiro, onde permaneceram esquecidos por muito tempo; em 1612 foram traslados e colocados no altar de Santa Ana, chamado mais tarde de São Jacinto.
     Os milagres alcançados e as graças obtidas por sua intercessão desencadearam nos fieis uma grande veneração por Bronislava, cujo culto começou a difundir-se no século XVII e dura até hoje, especialmente na região da Cracóvia e na Alta Silésia, onde sua intercessão é invocada contra as epidemias.
     A pedido da Congregação dos Norbertinos, Gregório XVI concedeu, com o decreto de 31 de agosto de 1839, que Bronislava fosse publicamente venerada na diocese da Cracóvia. Pío IX, com o decreto de 7 de dezembro de 1859, estendeu o seu culto à diocese de Wroclaw (Breslavia), e Leão XIII a toda a Ordem dos Norbertinos.
     Os esforços dos bispos poloneses junto ao Papa Pio XII, em 1947, para conseguir a canonização de Bronislava ficaram suspensos por 40 anos de regime comunista. Muitas centenas de devotos continuam a rezar por sua canonização.
     Suas relíquias foram colocadas em um relicário precioso que é levado solenemente em procissão todos os anos no aniversário de sua morte. Ela é considerada padroeira de uma morte feliz e de prevenção de doença.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Beata Joana Maria da Cruz, virgem e fundadora


 Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha.

Aos dezoito anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: "Deus me quer para ele". Aos vinte e cinco anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estêvão. Nesse meio tempo, ingressou na Ordem Terceira fundada por são João Eudes.

Deixou o hospital em 1823 e foi residir e acompanhar a senhorita Lecoq, mais como amiga do que enfermeira, com quem ficou por doze anos. Com a morte da senhorita Lecoq, herdou suas poucas economias e a mobília. Assim, sozinha, associou-se à amiga Francisca Aubert e alugaram um apartamento, em 1839. Lá acolheu a primeira idosa, pobre, doente, sozinha, cega e paralítica. Depois dessa, seguiram-se muitas mais. Outras companheiras de Joana uniram-se a ela na missão e surgiu o primeiro grupo, formando uma associação para os pobres, sob a condução do vigário do hospital Santo Estêvão.

Em 1841, deixam o apartamento e alugam uma pequena casa que lhes permite acolher doze idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento. Ele se tornou a Casa-mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem Hospedeira de São João de Deus, hábito que depois recebeu, tomando o nome de Joana Maria da Cruz. Adotando o voto de hospitalidade, imprimiu seu próprio carisma: "A doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades".

Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase duas mil e quinhentas, com cento e setenta e sete casas em dez países.

Em setembro de 1885, estabeleceram-se na América do Sul, fundando a primeira Casa na cidade de Valparaíso, no Chile, a qual logo foi destruída por um terremoto e reconstruída em Viña del Mar. Atualizando-se às necessidades temporais, hoje são quase duzentas casas em trinta e um países na Europa, América, África, Ásia e Oceania.

Uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, madre Joana Maria da Cruz, que "soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço", para ser festejada no dia de sua morte, como disse o papa João Paulo II quando a beatificou em 1982.

Bem aventurado Francisco Monzón Romeo, sacerdote e mártir


    Um ideal apostólico, prestes a abrir para a vida, tronchado um choque fatal. O jovem Padre Monzón, o entusiasmo missionário, e o lema, fazendo a vontade de Deus. Deus queria mudar o mártir. Uma vida de 24 anos, forjada no seio de uma família cristã e amadureceu na vida monástica ascética adquirido a maturidade necessária, e foi transplantada para o reino do eterno. 
    Em Hfjar (Teruel), em 29 de março de 1912, nasce. Chegou à adolescência, de 1925, ele entrou em Calanda Escola Apostólica. Pegue o hábito de Valência em 3 de Outubro de 1928. Ele estudou teologia em Valência e Salamanca, onde foi ordenado sacerdote em 3 de maio de 1936.
      Enquanto estava de férias com seus pais e irmãos surpreso perseguição anti-religiosa. Vaguear pelos campos de sua aldeia e seu irmão é de 13, Miguel (mais tarde Padre Miguel Monzón) toma leite quente todos os dias.
              No dia 24 de agosto chega e um grupo da milícia vai visitar seus pais e um deles apontando uma arma para sua mãe, disse: "diga onde está seu filho ou eu atiro". A mãe não disse nada. Horas depois voltar para a briga com seus pais assegurando-lhes que seu filho, se ele se entregou, nada iria acontecer. Seu pai acompanha-los olhar e ... prendê-lo. Às seis e meia da tarde de 29 de Agosto convidando-o a dar uma volta e chegou à altura do campo de futebol, enquanto descendente parar e atirar na cabeça dele várias vezes.
        Sua morte, possivelmente intuiu, mudou-se para preparar santo. Nem arriscou nem fraquejou, quando Deus esperava. Dias e noites se escondendo em campo aberto, dias detidos na prisão, com muitas horas de meditação, eram o martírio oportuna prelúdio. Rubricado o sacrifício de Deus de Seu servo, apontando uma luz arco poderoso lugar de sacrifício amigos devotados que ele procurava.
         Parentes do pai deseja recuperar o corpo, mas não são permitidos. Ele foi enterrado em uma vala comum. Atualmente, seus restos mortais estão em Zaragoza.

Beato Domingos Jedrzejewski, sacerdote e mártir


    Martirológio Romano: No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, na Baviera, Alemanha, Bendito Domingos Jedrzejewski, sacerdote e mártir, que, no calor da guerra, expulsos da Polônia e mantido em uma prisão estrangeira, pois Cristo morreu torturados. (1886-1942).
   Nascido em Kowal. Sua primeira vocação era a de professor, mas depois de três anos de estudo os professores escolheram o sacerdócio e entrou para o seminário da diocese de Wloclawek, onde foi ordenado em 1911. 
   Foi vigário das paróquias de Zadzim, Poezesna e Kalisz, e depois foi diretor do Instituto de Turek. Teve grande compromisso do trabalho social e da educação.
    Em 1925, ele teve que deixar o ensino por problemas de saúde e mudou-se para a paróquia Kokanin rural, quando sua saúde melhorou, foi nomeado pároco de Gosławice.
   Em 1940, a Gestapo prendeu-o e levou-o para o campo de concentração de Sachsenhausen e depois para Dachau, na Alemanha. Dois anos depois ele morreu exausto pelo trabalho forçado.Nunca se queixou ou amaldiçoado ninguém. Ele sofreu com humildade e paciência.



Beato Constantino Fernandez Alvarez, sacerdote e mártir

          Nascido em 7 de fevereiro de 1907 em La Vecilla de Curuenyo (Lion). Em setembro de 1917, ele ingressou na Escola Apostólica de Solsona (Lleida) atraídos pelo conselho eo exemplo de seu tio Tascon Padre Ramon Fernandez e seu irmão, Ramon.
      O tempo passa, e no verão de 1924, ele foi transferido para o convento dos Pregadores de Valência para continuar a sua carreira eclesiástica no Levantamento Geral da Província, com inteligência clara e disposição para estudar.
         Ele foi ordenado sacerdote em 10 de novembro de 1929, e terminou a sua carreira eclesiástica é para o Pontifício Ateneu "Angelicum" de Roma, onde obteve o doutorado em teologia e lecionou lá. Ele voltou para Valencia dedicado ao ensino da teologia moral e o apostolado da penitência.
         Poucos dias antes da eclosão da revolução estava em sua cidade natal e determinado a voltar para Valencia, onde chegou em 16 de julho. A 19 de tarde deixou o convento e se refugiou em um apartamento de um amigo da família.
       Mais tarde, no mês de agosto foi preso na varanda de uma casa onde estava a celebrar a Missa e levou-o para a cadeia Modelo. Lá, um sacerdote diocesano, que escapou da morte, responsável pela biblioteca da prisão, deu-lhe livros de direito e, em 29 de agosto, ele recebeu uma hóstia consagrada e ... às onze da noite ele foi morto.
         Seus restos mortais foram depositados no lado da cripta do altar de São Domingos, na Basílica de São Vicente Ferrer Valencia.

Basílica de São Vicente Ferrer, em Valencia, Espanha

Santa Beatriz de Nazaré, cisterciense


     Beatriz era a mais nova de seis irmãos e nasceu em Tirlemont, Bélgica, no ano 1200. Seu pai, o Beato Bartolomeu, ingressou na Ordem de Cister como leigo cisterciense ao falecer sua esposa. Ele ajudou a construir outros três mosteiros de monjas, como o de Oplinter e o de Nazaré.
     Aos 17 anos Beatriz ingressou neste último, próximo de Lier, sendo depois eleita superiora durante muitos anos, não porque fosse filha do fundador do mosteiro, mas porque brilhava acima de tudo pela virtude, piedade egenerosidade sem limites.
     Conta-se que nos primeiros anos ocorreu com Beatriz o que aconteceu com São Bernardo: ao meditar a Paixão de Cristo, que deu a vida por nós na cruz, entregava-se a penitências excessivas na ânsia de se imolar por amor dEle. São Bernardo lamentaria mais tarde tais excessos da juventude, pois teve que lutar toda a vida para manter-se em pé. Tal se passou com Beatriz, que se entregou a severas austeridades e mais tarde sentiu o peso daquelas penitências indiscretas.
     Logo após professar, enviaram-na ao mosteiro de La Ramee para se aperfeiçoar na caligrafia e na confecção de iluminuras de manuscritos, tornando-se uma excelente mestra na arte de fazer pergaminhos ilustrados. Em La Ramee encontrou-se com Santa Ida de Nivelles, que lhe serviria de mestra e como mãe espiritual, graças a sua experiência nas vias de Deus. Beatriz percebeu que esta religiosa se esmerava em atendê-la e ao lhe perguntar por que dedicava tanto tempo em ajudá-la espiritualmente, a Santa religiosa respondeu que era porque via claramente que Deus a havia eleito para grandes coisas. Tais palavras proféticas se cumpriram inteiramente.
     Beatriz procurou empenhadamente seguir os passos de sua mestra, vivendo uma espiritualidade centralizada toda no amor entendido como meio pelo qual Deus se manifesta às criaturas e a quem estas podem corresponder. Como resultado de sua experiência mística, escreveu uma preciosa obra intitulada Dos sete modos de praticar o amor, a qual, segundo aqueles que a estudaram a fundo, é um tratado de uma beleza ímpar.
     “Seu estilo é sóbrio e suas frases elegantes; sua exposição límpida e clara; a prosa é doce e ágil com lindas rimas muito naturais. A autora possui uma inteligência excepcional, consegue expressar magistralmente, no plano da forma e do pensamento, suas experiências místicas extraordinárias. O tratado é muito sintético, cada palavra tem seu peso e seu valor... deixando-nos seduzir por sua mensagem através da beleza literária do texto que, mais do que outra coisa, expressa a beleza de sua alma e é testemunha de sua busca absoluta do amor”.
     A obra é escrita em flamengo medieval e resume as sete maneiras de amar santamente. Ela escreveu ainda outras obras. Suas leituras preferidas eram as Sagradas Escrituras e os tratados sobre a Santíssima Trindade.
     Numa aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo a ela, Ele perfurou seu coração com uma flecha incandescente.
     Beatriz faleceu em 29 de agosto de 1268. Seus restos mortais tiveram que ser escondidos para que os calvinistas não os profanassem e se acredita que seu corpo foi transladado por anjos para Lier. 

Etimología: Beatriz = a que faz feliz, do latim.

Vista de Lier, Bélgica

Santa Teresa Bracco, mártir


Teresa era uma jovem extremamente reservada, modesta, delicada no relacionamento com as pessoas, sempre pronta a dar a sua ajuda. E bela: dois grandes olhos escuros e aveludados sobressaíam num rosto sereno e pensativo, emoldurado por grandes tranças castanhas. Bela, dizia, mas sem qualquer vaidade. Sabia atrair a admiração respeitosa dos conterrâneos: “Uma garota assim, eu nunca tinha visto antes e jamais vi depois”, afirmou um deles. “Havia nela algo de diferente das demais garotas”, recorda uma amiga. “Era a melhor de nós todas”, confia sua irmã Ana.

Nascera em 24 de fevereiro de 1924, penúltima de sete filhos, em Santa Giulia di Dego (Savona). Mãe e pai foram para ela um exemplo de fé e fortaleza cristã: em 1927, sepultaram em apenas três dias dois filhos de nove e quinze anos. Uma fé, a deles, submetida ao cadinho da prova. Teresa só pôde freqüentar até o quarto ano do primeiro grau, pois com o seu trabalho de pastorinha procurou contribuir para o sustento da família. Trazia o Terço sempre consigo e, no campo, nunca parava de rezar. Ginin – como era chamada – sacrificava de boa vontade preciosas horas de sono desde que pudesse comungar. A igreja, de fato, não era tão perto de casa, e a missa era ali celebrada ao alvorecer. Mesmo assim, Teresa jamais renunciava a participar da santa celebração, por nada no mundo. A Eucaristia, a devoção a Nossa Senhora e a espiritualidade das obrigações, eis o segredo da sua santidade.
Na casa da família Bracco chegava regularmente o Boletim Salesiano. Do número de agosto de 1933, Teresa cortou a terceira página que trazia a figura de Domingos Sávio, filho de camponeses como ela, há pouco declarado venerável, que havia feito o seguinte propósito: “A morte, mas não o pecado”. A pequena – tinha apenas nove anos – ficou fascinada por ele, e colocou a página na cabeceira da cama. Desde então, o mote de Domingos foi também seu. Declarou guerra ao pecado: “Antes, eu me deixo matar”, escreveu. E manteve o propósito.
Seqüestrada em 1944 por um militar alemão, tentou inicialmente fugir às suas atitudes brutais; depois, vista a inutilidade de seus esforços, preferiu renunciar à vida a perder a virtude tão ciosamente conservada. Encontraram-na com o corpo torturado no dia 30 de agosto. O seu sacrifício não foi senão o último de uma vida inteiramente vivida pelo Evangelho.
João Paulo II beatificou-a em Turim no dia 24 de maio de 1998, memória de Maria Auxiliadora, durante sua peregrinação à Síndone. O Papa, naquela ocasião, afirmou: “Dedico esta jovem aos jovens [...] para que aprendam dela a límpida fé, testemunhada no empenho quotidiano, a coerência moral sem compromissos, a coragem de sacrificar, se necessário, até a vida, para não trair os valores que dão sentido à vida”.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

800 Mártires de Otranto



Os Mártires do Islã em Otranto foram beatificados em 14 de dezembro de 1771, pelo Papa Clemente XIV, e canonizados em 12 de maio de 2013, pelo Bispo de Roma, Francisco I.


Em 1480, a Itália celebrava a festa da Assunção com liturgias espetaculares, procissões e, claro, banquetes.

Com a exceção de Otranto, uma pequena cidade da Puglia, na costa do Adriático, onde 800 homens ofereceram suas vidas a Cristo.

Eles foram os Mártires de Otranto.

Poucas semanas antes, a frota turca atracara em Otranto. Sua chegada era temida há muitos anos.

Desde a queda de Constantinopla, em 1454, era apenas uma questão de tempo até que os turcos otomanos invadissem a Europa.

Otranto está mais próxima do lado leste do Adriático controlado pelos otomanos.

São Francisco de Paula reconheceu o perigo iminente para a cidade e seus cidadãos cristãos e pediu reforços para proteger Otranto.

Ele predisse: “Ó, cidadãos infelizes, quantos cadáveres vejo cobrindo as ruas? Quanto sangue cristão vejo entre vocês?”

A 28 de julho de 1480, 18.000 soldados turcos invadiram o porto de Otranto. Eles ofereceram condições de rendição aos cidadãos, na esperança de ganhar sem resistência este primeiro ponto de apoio na Itália e completar a conquista da costa adriática. 

O sultão Mehmed II havia dito ao Papa Sisto IV que levaria seu cavalo para comer sobre o túmulo de São Pedro.

Monumento aos heróis e muralhas de Otranto
Monumento aos heróis e muralhas de Otranto
O Papa Sisto, reconhecendo a gravidade da ameaça, exclamou: “pessoas da Itália, se quiserem continuar se chamando de cristãos, defendam-se!”

Apesar de suas advertências terem-se esquecido nos ouvidos da maioria das cabeças coroadas da península –estavam muito ocupadas brigando entre si– o povo de Otranto escutou.

Pescadores, não soldados; eles não tinham artilharia. Eram menos de 15 mil, incluindo mulheres, crianças e idosos. Mas, por comum acordo, eles decidiram guardar a cidade, lançando-se ao combate das forças turcas.

A sofisticada artilharia turca danificava as muralhas de defesa, mas os cidadãos consertavam rapidamente os estragos.

Detrás dos muros, os turcos encontraram cidadãos impávidos, determinados a defender as muralhas com óleo fervendo, sem armas, e às vezes usando as próprias mãos.

Os cidadãos de Otranto frustraram o plano do Sultão de um ataque surpresa e deram à Itália duas semanas de tempo precioso para organizar e preparar suas defesas para repelir os invasores. Mas a 11 de agosto os turcos venceram os muros e açoitaram a cidade.

O exército turco foi de casa em casa, promovendo saques, pilhagens e, em seguida, ateando fogo. Os poucos sobreviventes refugiaram-se na catedral.

O arcebispo Stefano, heroicamente calmo, distribuiu a Eucaristia e sentou-se entre as mulheres e crianças de Otranto, enquanto um frade dominicano conduzia os fiéis em oração.

Capela com as relíquias dos 813 mártires na igreja de Santa Caterina a Formiello, Otranto
Capela com as relíquias dos 813 mártires na igreja de Santa Caterina a Formiello, Otranto


O exército de invasores arrombou a porta da catedral e a posterior violência contra mulheres, crianças e o arcebispo –que foi decapitado no altar– chocou a península italiana.

Os turcos tinham tomado a cidade, destruído casas, escravizado o povo e transformado a catedral em mesquita.

Cerca de 14.000 pessoas morreram na tomada de Otranto, na maior parte seus próprios cidadãos, mas um pequeno grupo de 800 sobrevivera, então os turcos tentaram o domínio completo, forçando a conversão.

A opção era o Islã ou a morte. Oito centenas de homens, acorrentados, sem casa e família, pareciam totalmente subjugados aos turcos vitoriosos.

Um dos 800, um trabalhador têxtil chamado Antonio Primaldo Pezzula, passou de artesão humilde a líder heróico nesse dia.

Antonio voltou-se para seus companheiros de Otranto e declarou: “Vocês ouviram o que vai custar salvar o que resta de nossas vidas! Meus irmãos, lutamos para salvar nossa cidade, agora é tempo de lutar por nossas almas!”

Os 800 homens com idades acima dos 15, de forma unânime, decidiram seguir o exemplo de Antonio e ofereceram suas vidas a Cristo.

Os turcos, que esperavam por um momento de propaganda triunfante, tentaram evitar o massacre. Eles ofereceram o retorno das mulheres e crianças que estavam prestes a ser vendidas como escravos, em troca da conversão dos homens, e eles ameaçaram com a decapitação em massa se isso não fosse aceito. Antonio recusou, seguido pelo resto dos homens.
Altar representando o martírio e o milagre, Santa Caterina a Formiello
Altar representando o martírio e o milagre,
Santa Caterina a Formiello
Na vigília da Assunção, os 800 foram levados para fora da cidade e decapitados. A tradição conta que Antonio Pezzula foi decapitado em primeiro lugar, mas seu corpo sem cabeça permaneceu de pé até que o último otrantino estivesse morto.

Um dos carrascos, um turco chamado Barlabei, ficou tão impressionado com esse prodígio que se converteu ao Cristianismo, e também foi martirizado.

Os restos foram cuidadosamente recolhidos, e são mantidos até hoje na Catedral de Otranto. No aniversário de 500 anos de sacrifício dos otrantinos, o Papa João Paulo II visitou a cidade e prestou homenagem aos mártires.

Bento XVI reconheceu oficialmente o martírio em 2007, trazendo Antonio Pezzula e seus companheiros um passo mais perto da canonização.

Esta “hora dos leigos” em Otranto, separados de nós por meio milênio, ainda ressoa como exemplo de testemunho do amor a Cristo.

Poucos de nós serão chamados ao mesmo sacrifício de Antonio Pezzuli e seus companheiros, mas como poderíamos responder a sua exortação: “Permanecei fortes e constantes na fé: com esta morte temporal nós ganharemos a vida eterna”.

Beato Domingos da Santa Mãe de Deus



              Duplamente órfão aos oito anos de idade, Domingos se entrega aos cuidados da Mãe do Céu. E Maria o recebe sob seu manto...Domingos Barberi foi o sétimo e ultimo filho do casal José Barberi e Maria Antonia Pacelli, humildes camponeses de Palanzana, nas proximidades de Viterbo; foi lá que ele nasceu no dia 22 de Junho de 1792. A família trabalhava a meias num sitio das cônegas de Santo Agostinho, viviam uma situação financeira estável, porém logo após o nascimento de Domingos, morreu o Sr. José Barberi, o seu pai, e a Sra. Maria Antonia teve que trabalhar dobrado para sustentar a família e educar os filhos como verdadeiros e bons cristãos, o que ela fez com bom êxito pois dos sete filhos do casal, dois entraram na vida religiosa e os outros se casaram e formaram famílias exemplares.
             O menino Domingos experimentou a presença de Maria Santíssima em sua vida desde muito cedo; primeiro através de sua Mãe que foi curada milagrosamente de uma ruptura no braço após ter invocado a intercessão da virgem; segundo através de um Padre capuchinho o qual lhe ensinou as primeiras letras e também a devoção a Maria e a Eucaristia e por ultimo, aos oito anos de idade quando se tornou duplamente órfão, vendo sua mãe morrer diante dos seus olhos e nada podendo fazer, na dor, na angustia e na impotência ele se entregou e se consagrou por inteiro como filho da Virgem Maria, dizendo as seguintes palavras:-Já não tenho mais Papai e nem Mamãe nesta terra! Ó Maria, sede vós de agora em diante minha Mãe e velai por mim! Insaciável de leituras, Domingos passa horas e mais horas da noite, à luz do candeeiro, lendo tudo o que lhe cai nas mãos. Quanta falta lhe faz o olhar vigilante da Mãe!...Seu tio Materno Bartolomeu Pacelli, o acolheu em sua casa e o adotou como filho. Como não tinha filhos queria torná-lo seu herdeiro. 
            Com medo de que o religioso capuchinho o seduzisse à vida religiosa, o tio proibiu Domingos de estudar obrigando-o a trabalhar no campo. Mesmo assim o menino aproveitava as noites e os domingos para fazer leituras e ele leu muitos livros, bons e maus livros, tudo o que lhe caía nas mãos,começou então uma vida de pecados.Como o tio queria a todo custo que ele se casasse ele começou a gosta da mossa que esse lhe arranjou como namorada. E aqui começou suas tremendas lutas: por uma parte a atração que sentia pela vida sacerdotal, por outra essa ternura tão natural que começava a sentir pela namorada. Um mau companheiro arrastando-o para a taberna, já o levava para muito mau caminho. Mas Domingos não deixava a oração e os sacramentos. Foi o que lhe valeu.O que mais o prejudicou nessa idade foi um companheiro, que o induzia ao mau caminho, embora se confessasse mensalmente, não deixava esse companheiro, mas um dia o confessor para afastá-lo desse caminho , que o poderia leva à ruína, lhe negou a absolvição. Domingos chorou abundantemente... Refletiu ...Pareceu-lhe ver-se não apenas a beira do precipício, mas já no inferno! Tomou então a decisão de abraçar a vida religiosa. Aqui mais uma vez ele sente a presença de Maria o protegendo como Mãe. Ao completar 18 anos sua classe estava sendo chamada para se incorporar ao exercito napoleônico. Diante da ameaça de ter que partir para a guerra lembrou-se de sua mãezinha e lhe suplicou que viesse em seu auxilio. Esta lhe apareceu em sonho e lhe garante que ficará livre do serviço militar, mais que leve a efeito a promessa de ingressar para a vida religiosa.
             Aqui mais uma vez ele sente a presença de Maria o protegendo como Mãe. Ao completar 18 anos sua classe estava sendo chamada para se incorporar ao exercito napoleônico. Diante da ameaça de ter que partir para a guerra lembrou-se de sua mãezinha e lhe suplicou que viesse em seu auxilio. Esta lhe apareceu em sonho e lhe garante que ficará livre do serviço militar, mais que leve a efeito a promessa de ingressar para a vida religiosa.Domingos ficou livre do serviço militar. Aberto aos desejos do tio e esquecendo suas promessas, Domingos noivara. E quão duro lhe era agora romper esse amor humano! Mas seu irmão Salvador, o salva da delicada situação.Domingos estava tão apaixonado pela noiva que chegou a dizer ao seu irmão Salvador, que lhe lembrava a promessa feita, que de nada se importava em ir para o inferno se fosse ao lado dela. Mas a SS. Virgem não o abandonou. 

              O jovem adoeceu a ponto de receber o sacramento da extrema unção, nesse momento ele caiu em si, viu o perigo no qual se encontrava e jurou fidelidade a promessa. Pouco a pouco volta a saúde e, com ela, o esquecimento das promessas. Como é grande a miséria humana! Depois de muita oração ele decide desfazer o noivado. Mas quer ir pessoalmente despedir-se da noiva e... Acaba por jurar-lhe que jamais a abandonará! Até que o seu irmão Salvador mais uma vez intervém e o ajudar a livrar do noivado.
            Nos momentos vagos sente Domingos suas delicias nos doces colóquios com a Mãe do céu. E Maria lhe revela sua futura missão na Inglaterra.Em uma noite de Natal Domingos tem uma visão, se depara novamente com a presença de Maria e dessa vez de forma mais forte, estava refletindo sobre o grandioso mistério de um Deus feito criancinha quando uma voz interna se fez ouvir em sua alma:-Serás padre e reconduzirá ao bom caminho muitos transviados!Nessa época esta acontecendo a perseguição napoleônica, os conventos estavam fechados e os religiosos dispersos. Mas perto da casa do tio do Jovem, viviam disfarçados dois passionistas, com os quais pode conversar. Enquanto esperava melhores dias para poder entrar no seminário, dedicou-se ao estudo da língua latina, servindo-se de uma Bíblia, que procurava traduzir. 

              Com fim da Guerra as casas religiosas se reabriram. Domingos foi recebido como irmão coadjutor no Retiro de Santo anjo de Vetralla, e para provar que tinha vocação teve que viver ali três meses realizando serviços domésticos antes de ir para o noviciado.Um dia, enquanto rezava diante da imagem da SS. Virgem, ouviu claramente em seu espírito essas palavras:
              -Serás Missionário e levará a fé à Inglaterra!Como aconteceria isso se os padres o receberam como irmão coadjutor? Domingos não se preocupou. A providencia se encarregaria de realizar o que Maria anunciara. Depois de tantas lutas, ei-lo, enfim, a caminho do altar. Duros e longos são os estudos, mas Domingos tudo supera com o pensamento da beleza do seu ideal!Já no noviciado Domingos recebe a encargo de traduzir um trecho latino da Bíblia, o que ele fez maravilhosamente e por isso os superiores determinaram que ele iniciasse o noviciado na condição de Clérigo. E no dia 15 de novembro de 1815, fez sua profissão religiosa.Aprofundou-se nos estudos superiores, com o único objetivo de tornar instrumento hábil nas mãos de Deus, para a salvação das almas, ao mesmo tempo em que ia aperfeiçoando o seu espírito na pratica de todas as virtudes religiosas.Chegou, afinal, o dia esperado! A mão do Sr. Bispo pousou sobre sua cabeça, transmitindo-lhe os sagrados poderes no dia 01 de março de 1818. Com quanta alegria e comoção, celebra Domingos sua primeira Missa!, e no dia ele sentiu novamente em sua alma o anuncio de Maria que seria missionário na Inglaterra.
           Embora professor interno dos seminaristas da congregação, não perde Domingos nenhuma oportunidade de exercer o apostolado nos seus encontros com os humildes.Em seu apostolado, além de professor dos seminaristas Domingos se dedica a missões, retiros espirituais e cartas de direção.O Jovem Padre não perdia de vista a sua missão, a Inglaterra, embora trabalhando de corpo e alma nos ministérios que tinha em mãos. Parecia que os caminhos eram totalmente diferentes. Foi eleito superior, depois provincial... Mas era isso tudo preparação para a grande meta. Com a humildade não apenas de um irmão coadjutor, mas de simples criado, serve Domingos aos doentes, vendo neles o próprio Cristo!Como superior não modificou em nada o seu modo de agir, sempre humilde, atencioso, serviçal.Sua caridade para com o próximo não media sacrifícios, expondo-se as vezes até ao perigo de perder a vida, como aconteceu por ocasião da peste que assolou a diocese de Veroli em 1837. Mas Deus velava pelo seu servo, salvando-o muitas vezes milagrosamente. Seu corpo todavia, não era de ferro. Assim, quando chegou à hora de partir para a Inglaterra, mais parecia que ele devesse recolher-se a um asilo de velhos.
            Deus escreve direito por linhas tortas, diz a sabedoria popular. Depois de tantas reviravoltas, chega, enfim o momento marcado pela providencia. Domingos parte para a sua esperada missão na Inglaterra.Chegou, enfim, o momento marcado por Deus. Maio de 1840. Uma turma de missionários ia partir para a Inglaterra. Por incrível que pareça, apesar de todas as promessas de Nossa Senhora, Domingos não constava na lista dos que partiriam... Mas “o homem propõe e Deus dispõe!” Na ultima hora falha o que devia chefiar a Missão e Domingos é chamado urgentemente para substituí-lo.A 22 de Junho de 1840 chegaram a Ére na Bélgica, onde se abre um convento, que servirá de Trampolim para a passagem para a Ilha. 

             Em Novembro Domingos vai pela primeira vez a Inglaterra, mas volta amargurado por nada poder fazer por lá.Volta novamente no ano seguinte e dessa vez com Mais êxito e em Fevereiro de 1842 fixa sua morada em Astton-Hall e começa seu apostolado, que bem de pressa é posto a prova pela dificuldade com a língua e pelas diversas rejeições da sociedade. Mesmo com todas as dificuldades abre uma nova casa em Stone.
            A recepção não foi muito lisonjeira! As crianças mais atrevidas o agrediam a pedradas quando passava pelas ruas, enquanto os adultos se riam... Mas seu sorriso amável os desarmava...Conselhos, promessas,ameaças, zombarias, calunias, insultos e, mesmo, emboscadas: de tudo fizeram para impedir o sucesso Da missão dos Passionistas. Até as crianças, quando o viam, aproveitando da semelhança, na língua inglesa das Palavras “demônio” e “ Domingos”, corriam-lhe atrás gritando: “padre demônio, padre demônio”!Deus estava com ele e por vezes o livrou das emboscadas dos inimigos subtraindo-o aos seus olhares. Dentro em breve a vitória foi tão completa que pode mesmo realizar uma procissão eucarística. Quanto vale uma amável paciência!A contradição é o adubo fecundo com que Deus faz crescer e frutificar as suas obras. 

            Em Junho de 1844 na festa de São Jorge, patrono da Inglaterra, é inaugurado uma igreja católica em Stone.Para por um dique aos progressos do “papismo” reúnem-se em Oxford os magnatas do anglicanismo. Mas o resultado foi apenas mais um passo para Roma. As orações e os sacrifícios de Domingos conseguiram de Deus, logo após essa reunião, à volta à Igreja católica de mais de sessenta ministros e professores da grande universidade. Entre eles estava o que se tornou mais tarde o celebre Cardeal Newman, bem como Lord Spencer, que foi depois sacerdote passionista.
           Em breve mais três casas se abriram para a congregação. Curta foi sua vida terrena, as cheia de merecimentos, pois não perdeu um instante e morreu no combate! Deus o glorificou desde logo fazendo com que até uma criada protestante, desconhecida, se ajoelhasse diante de seu cadáver, atraída por força sobrenatural!Domingos já estava cansado, não agüentava mais de tantos trabalhos, em um só ano ele chegou a realizar 36 sagrados ministérios entre missões e retiros espirituais. As conversões já não se contavam mais. Bem poderia descansar enquanto outros religiosos dariam continuidade aos trabalhos, mas Domingos preferiu prosseguir sempre na luta, enquanto lhe restasse um fio de vida.

              Durante uma viagem para fundação de um novo convento Domingos passou mal e teve que apear na primeira estação, chegou assim a Reading, onde poucas horas depois falecia numa pensão protestante, assistido pelo sacerdote que o acompanhava na viagem. Era o dia 27 de agosto de 1849 ás três horas da tarde.Nessa mesa casa, uma criada protestante, ao contemplá-lo morto, caiu de joelhos... a quem lhe perguntava porque procedia assim respondeu:-eu mesmo não sei dizer! Uma força estranha me obriga a ajoelhar diante desse servo de Deus!Sepultado provisoriamente em Astton-Hall, mais tarde foi transladado para o convento de Sutton, onde até hoje repousa. “Será seu sepulcro glorioso” diz a Santa Escritura com relação a Cristo. Os milagres operados por Deus por intercessão de seu servo levou a Igreja a decretar a suprema honra dos altares a Domingos, em pleno o Concílio Ecumênico Vaticano II.
              Só depois de 114 anos após a morte de Domingos, recolhidos e examinados minuciosamente os processos instalados em todos os lugares onde ele viveu e aprovados como verdadeiros os milagres atribuídos à sua interseção, foi que a Igreja, pela boca do seu chefe supremo, o santo padre Paulo VI, no dia 27 de outubro de 1963 lhe conferiu o titulo de Bem Aventurado.

Beato Junípero Serra


         O Beato Junípero Serra nasceu em Petra (Maiorca) Espanha, aos 24 de novembro de 1713, e se chamou Miguel José. Seus piedosos pais o enviaram a estudar com um cônego de Palma, que lhe despertou o germe da vocação religiosa. Com 17 anos ingressou na Ordem Franciscana, e após o ano de noviciado pronunciou os votos trocando seu nome pelo de Junípero, em memória do companheiro de São Francisco de Assis. Dedicava-se à leitura das vidas dos santos que tinham sido martirizados nas Missões. Ensinou filosofia por 15 anos em Palma, sendo ainda bom teólogo e excelente pregador. Em 1749, foi enviado ao México. 
        Acompanharam-no seus irmãos em religião : Francisco Paulo (seu discípulo, amigo e mais tarde seu biógrafo), Crespi, Vicente e Verger. Passou alguns anos catequizando índios e outros no Colégio de S. Fernando, na capital mexicana. Contando 56 anos, realizou o sonho de sua vida : levar a fé de Cristo a regiões longínquas. Como superior de um grupo de franciscanos, estabeleceu em 1769 a primeira missão na Califórnia, dando-lhe o nome de San Diego "pedra angular da civilização na Califórnia" São nove as missões por ele fundadas : S. Diego, S. Carlos de Monterrey, Santo Antonio de Padua, S. Gabriel Arcanjo, S. Luiz O Bispo, S. Francisco, S. João Capistrano, Santa Clara e S. Boaventura. Seu quartel general era Monterrey, visitando a pé todas as missões, que deram origem a tantas importantes cidades. 
        É considerado um dos primeiros colonizadores da região, e reverenciado como santo. Em 1884 ficou constituída oficialmente na Califórnia, a festa periódica de seu centenário. Sua estátua figura na Galeria da Fama do Capitólio, em Washington. Diversos monumentos perpetuam sua memória: Em Petra, Monterrey, S. Francisco de Califórnia e no alto da montanha Robidoux. O capuchinho malhorquim é digno de grato reconhecimento pelos homens. Durante os trinta e cinco anos como missionário, percorreu a pé 10.000 milhas, apesar de uma úlcera na perna. Seu martírio foi uma longa vida de trabalho, solidão e sacrifício. 
       Para tornar-se santo canonizado, o candidato deve ter praticado as tres virtudes divinas e as quatro virtudes cardeais, em um grau heróico. A Fé de Junípero Serra vê-se na sua vida apostólica; a Esperança no seu espírito de piedade; e a caridade, em ambos. Sua Prudência pode ser discernida especialmente nas sábias medidas que adotou a favor dos índios. Estes índios freqüentemente tornavam seu trabalho difícil, devido às suas idéias supersticiosas. Por exemplo: assim que ele levantava suas mãos para derramar água sobre a primeira criança trazida para ser batizada, os pais amedrontados, arrebatavam-na e fugiam. 
         O fiel cumprimento dos seus deveres apesar dos desapontamentos, das oposições e dos sofrimentos corporais, evidenciavam sua fortaleza. Energicamente defendeu os índios e os direitos da Igreja através de toda a sua dura vida de Missionário. Sua temperança manifestava-se na sua vida de mortificação. Já na sua viagem para a América ele havia manifestado heroísmo fora do comum. A viagem durou mais de noventa dias, durante os quais os viajantes sofriam por falta de água. Ele considerou a escassez de água, como treinamento para o futuro e ingenuamente observou quando foi perguntado se não sentia sede: "é preciso comer pouco e falar menos, para não desperdiçar saliva". Outra prova de sua virtude heróica encontra-se na sua recusa em beneficiar-se do transporte disponível de Vera Cruz para a Cidade do México. Ele e mais um companheiro iniciaram essa longa e estafante caminhada de 100 léguas, confiados unicamente na Providência Divina e na bondade do povo que encontrassem. 
        Junípero Serra morreu na missão de são Carlos, também chamada Carmelo, a 28 de agosto de 1784, e foi enterrado na Igreja da Missão. Em 1934, estudos preliminares foram feitos para apresentá-lo como candidato a canonização, e os procedimentos legais, iniciados na Califórnia, foram despachados para Roma em 1950. Finalmente em 25 de setembro de 1988, foi Beatificado por S.Santidade João Paulo II., restando aos seus admiradores, principalmente os membros do Serra, continuarem rezando para que logo a Santa Igreja, possa torná-lo Santo Canonizado e elevado à honra dos altares. Como nosso patrono o Serra adotou o lema : "SEMPRE EM FRENTE, JAMAIS RETROCEDER"

Santa Isabel Bichiers des Ages



     Santo André Humberto Fournet nasceu em Saint Pierre de Maillé, no Poitou, França, no ano 1752. Santa Joana Isabel Bichiers des Ages, sua compatriota, nasceu no castelo de Ages, em 5 de julho de 1773. Estas datas são de importância, pois se ambos não tivessem enfrentado os perigos da Revolução Francesa, suas vidas teriam sido totalmente diferentes. Ele teria sido um bom sacerdote, mas que logo seria esquecido por não ter deixado um traço marcante; ela seria uma esposa fiel ou uma boa religiosa, mas seus méritos não ultrapassariam os limites do seu povoado ou os muros de um claustro. Eles, todavia, se tornaram conhecidos por uma obra esplêndida.
     A família de Joana Isabel era profundamente católica; seu pai era empregado do governo. Joana Isabel foi educada em Poitiers, nas religiosas Hospitalárias, cuja superiora, a Sra. de Bordin, era sua parente.
     Quando menina, ela se impressionava muito ao ver os doentes e os mendigos abandonados, e fazia tudo que podia para ajudá-los. Um dia encontrou na rua uma pobre mulher tiritando de fome e de frio, e com uma criança nos braços. Levou-a para sua casa e lhe deu de comer e a presenteou com um manto de lã para se preservar do frio. Sua diversão favorita era ir à praia e construir castelos de areia. Mais tarde ela construiria muitos edifícios para gente pobre. E exclamaria: "Desde muito pequena eu tinha inclinação para construir edifícios". Era uma inclinação dada por Deus para que fizesse um grande bem para a humanidade.
     Isabel tinha 19 anos. Vários jovens lhe propõem casamento, mas ela declara à sua mãe que seu maior desejo era dedicar-se totalmente à vida espiritual, buscando o reino de Deus e a salvação das almas.
     Foi então que a Revolução Francesa se iniciou e os revolucionários passaram a matar todos os proprietários. O irmão de Isabel teve que fugir do país para que não fosse morto e seu pai corria o risco de perder sua herança. A jovem teve então uma ideia luminosa: aprender economia e especializar-se em defender a propriedade diante das autoridades. Após vários meses conseguiu aprender as técnicas de como administrar os bens e se tornou muito hábil em fazer a defesa da propriedade diante de juízes.
     Com tais recursos, se apresentou diante dos tribunais e defendeu brilhantemente o direito que sua família tinha de herdar os bens que haviam sido de seu pai. Os juízes, que haviam despojado muitas pessoas de sua herança, tiveram que reconhecer os direitos de Isabel, que assim recuperou todos os bens da família, passando depois a administrá-los com êxitos surpreendentes.
     Tais estudos feitos em sua juventude foram enormemente proveitosos quando fundou seu instituto religioso e teve que defendê-lo nas perseguições dos inimigos, e administrá-lo para que não fracassasse economicamente. Deus prepara as almas fieis desde tenra idade para os trabalhos e triunfos no futuro.
     A Revolução Francesa havia encarcerado centenas de sacerdotes porque não quiseram ser infiéis à Santa Religião. Isabel passou a visitar os cárceres e tratava com tanta bondade os carcereiros, e era tão generosa nos presentes que lhes levava, que eles começaram a tratar bem os sacerdotes e até lhes permitiam celebrar a Missa na prisão.
     A boa administração da propriedade de seu pai resultava em ganhos que ela repartia com os pobres. As famílias pobres recebiam ajuda e as mães pobres eram presenteadas com vasilhas de leite para seus filhos. Aos doentes supria com medicamentos. Repartia alimentos e roupas com muitos. Era amada e estimada por todos.
     Ainda se conserva uma estampa de Nossa Senhora do Socorro onde ela escreveu: “Eu, Joana Isabel, me consagro e dedico desde hoje e para sempre a Jesus e Maria”, 5 de março de 1797. Pouco tempo depois de ter escrito estas palavras, Isabel soube que a 15 quilômetros de onde ela vivia um sacerdote católico celebrava à noite (às escondidas do governo, que proibia qualquer manifestação religiosa) em um depósito de grãos. Ela para lá se dirigiu, porque lhe disseram que esse sacerdote era um santo. Foi assim que ela conheceu o Padre André Fournet.
       Após a Missa, Isabel procurou-o, mas eram muitas as pessoas que desejavam falar com ele. Ela abriu passagem entre as pessoas, porém o sacerdote ao vê-la tão elegante, colocou a prova sua humildade dizendo: “A Senhora aguarde, pois antes devo atender a estas pessoas pobres que são mais importantes”. Ela aceitou isto com muita boa vontade e amabilidade, e aproximou-se somente depois que todos se foram. Confessou-se com o sacerdote, que ficou encantado com sua grande humildade. Desde aquele momento nasceu uma santa amizade entre estes dois apóstolos; amizade que os levou a ajudar-se mutuamente na fundação do Instituto.
     Joana Isabel manifestou-lhe seu desejo de tornar-se monja, mas ele a aconselhou a permanecer no mundo ajudando a juventude pobre sempre tão desprotegida. Ela aceitou. O Padre Fournet mandou que ela vestisse uma túnica negra de tecido ordinário, o que a princípio desgostou muito seus familiares ricos, que desejavam que ela se vestisse com luxo e elegância. Depois entretanto aceitaram o fato, pois viam que era proveitoso para sua santificação.
     A jovem e o sacerdote começaram a reunir jovens piedosas de boa vontade e em 1807 fundaram o Instituto das Filhas da Cruz, para atender a juventude pobre e abandonada, e a Santa se dedicou a fundar casas de seu Instituto em diversos locais da França. As vocações às vezes escasseavam, porém ela redobrava as orações e Deus lhe enviava novas e numerosas pretendentes.
     Em 1820 a casa-mãe foi instalada na antiga Abadia de La Puye; em 1821 outra casa foi aberta em Paris. Depois, outras casas foram abertas na região basca com a ajuda de São Miguel Garicoits.
     O grande escritor Luis Veulliot dizia desta Santa: “É um dos temperamentos mais ricos que encontrei. Bondosa, resoluta, séria e amável; inteligente e muito compreensiva; muito trabalhadora e verdadeiramente humilde. Não desanima diante de nenhuma dificuldade. Nenhum obstáculo nem contratempo é demasiadamente grande para obrigá-la a desistir de suas boas obras. As angústias interiores não a fazem perder a alegria exterior, e os triunfos não a tornam orgulhosa. Chegam dificuldades muito grandes: injúrias, incompreensões, problemas enormes, e nada a faz perder sua serenidade e sua paciência, porque confia imensamente em Deus”.
     Ela fundou mais de 60 colégios para meninas pobres e parecia uma segunda Santa Teresa por sua grande fortaleza para viajar, dirigir e ajudar em tudo. Depois de 1815, uma operação mal feita a deixou inválida. Viveu assim uma espiritualidade fundamentada na contemplação da Cruz e de sua grande devoção a Eucaristia.
     Além de suas numerosas e penosas viagens e de seus esgotantes trabalhos, fazia jejuns e penitências, e rezava muito e sem se cansar. Nas últimas semanas de vida sofreu dores agudíssimas que a ajudaram a ainda mais se santificar.
     Quando faleceu, no dia 26 de agosto de 1838, Joana Isabel deixava noventa e nove casas, distribuídas em vinte e três dioceses, que contavam com seiscentas e trinta e três religiosas. Foi beatificada em 13 de maio de 1934 por Pio XI e canonizadas em 6 de julho de 1947 por Pio XII.

Casa-mãe do Instituto em Lapuye, França