Teresa nasceu na cidade de Aytona (Espanha), no dia 9 de janeiro de 1843, em uma família profundamente cristã, filha de Francisco Jornet e de Antonieta Ibars, agricultores. Desde cedo sentiu o chamado para a vida religiosa.
Aconselhada por seu tio, o Beato Francisco Palau y Quer, carmelita descalço, estudou em Lérida, se formando professora e dava aula na cidade de Argensola. Com grande espírito de piedade, percorria 2 k a pé até Lérida para confessar-se.
O Beato Palau havia pensado em Teresa como uma possível colaboradora de uma fundação que ele havia iniciado. Em 1862 Teresa de associou as Terceiras Carmelitas dirigidas pelo tio, tornando-se diretora da escola.
Nos primeiros dias de julho de 1868, desejando maior perfeição, entrou no convento das Clarissas de Briviesca, perto de Burgos. Lá fez o seu postulantado e noviciado com grande alegria, esperando o dia tão sonhado de sua profissão religiosa. Quando já se preparava para emitir os seus votos, uma ordem do governo republicano proibiu a emissão de votos religiosos e Teresa não pode professar.
Como os desígnios de Deus são outros, um dia surgiu no seu rosto uma ferida rebelde que alarma toda a comunidade; não sabendo se essa ferida era maligna, ou até contagiosa, por prudência a mandaram para casa para se tratar.
Ela sentiu muito a partida do convento, sofreu muito em ver seu grande sonho desvanecer, mais seguiu adiante, confiando na Providência de Deus.
Em junho de 1872, Teresa e sua mãe chegaram de passagem a Barbastro e encontram um amigo de seu tio, o Padre Pedro Llacera, que era muito amigo do Padre Saturnino López Novoa, que nessa época estava com planos de fundar uma congregação para o cuidado dos velhinhos pobres e desamparados. Padre Pedro, conhecendo a vida e o espírito de Teresa, convidou-a a fazer parte dessa fundação que estava marcada para os primeiros dias de outubro.
Teresa, vendo aí a mão de Deus, sem hesitar respondeu o seu sim, e nos primeiros dias de outubro, foi para Barbastro, não sozinha, mas com sua irmã, Maria Jornet, e uma amiga, Mercedes Calzada, frutos de seu apostolado de amor.
No dia 27 de janeiro de 1873, juntamente com as outras 11 aspirantes, vestiu o hábito tendo se iniciado oficialmente a Congregação das Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados.
Foi nomeada Superiora Geral da nascente Congregação e, em 25 anos de mandato, fundou 103 casas e obteve a aprovação da Congregação pela Santa Sé, vivendo uma vida santa e exemplar para todas as suas Irmãs.
Aos 54 anos, depois de uma longa e dolorosa enfermidade, morreu santamente na cidade de Liria, no dia 26 de agosto de 1897, deixando um rastro de santidade em toda a Congregação. Em 1904, seus despojos foram transladados de Liria para a Casa-mãe de Valência.
O seu testamento espiritual foi esse: "Cuidem com interesse e esmero dos anciãos, tenham muita caridade e observem fielmente as Constituições, nisso está a nossa santificação".
Foi beatificada pelo Papa Pio XII no dia 27 de abril de 1958, e canonizada por Paulo VI em 27 de janeiro de 1974, ano centenário da fundação da Congregação. É considerada a padroeira dos anciãos e dos pensionistas idosos.