quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Santa Maria Teresa Couderc, religiosa e fundadora

           


           2 de fevereiro de 1805 é o dia de seu nascimento. Os sinos de Sablières fazem cantar o ar…frio desse recanto perdido do Alto-Ardèche, saudando a entrada na Igreja de mais uma filha de Deus. É a pequeninca Maria Vitória, a futura Madre Teresa, fundadora da Congregação de Nossa Senhora do Cenáculo. Nascera na véspera, no lar de Claudio Couderc e Ana Méry, a alguns quilômetros acima do Sablières.
            A infância de Maria Vitória decorre no amor duma família modesta mas muito unida, era a segunda dos 10 filhos vivos. Uma afinidade especial a unia a João, o mais velho de seus oito irmãos, que viria a ser padre.
            Tinha 17 anos quando seus pais puderam enviá-la para o colégio em Vans,…sentia sede de conhecer e amar a Deus cada dia mais.
             Na primavera de 1825, o pai veio buscá-la em Vans. Uma missão ia ser realizada em Sablières para estimular a fé e a vida cristã da paróquia. Toda a família deve participar. Os pregadores vinham de La Louvesc centro de Missões diocesanas e de peregrinações, e um deles é o Padre Estevão Terme, apóstolo inflamado da paixão de “fazer conhecer e amar a Jesus Cristo. Maria Vitória confiou-lhe seu desejo de ser toda de Deus. Ele reconheceu nela as disposições naturais e sobrenaturais que a tornavam capaz dum amor absoluto. Esse conhecedor é também um impetuoso: “Dêem-ma e farei dela uma religiosa”. Disse ela a Claudio Couderc,,,Em 1826, porém, Maia Vitória pôde deixar os seus e ingressar, em Aps, no pequeno noviciado onde, sob as direção da Irmã Clara, o Padre Terme reunia as vocações colhidas em andanças apostólicas.
            Maria Vitória recebeu o nome de “Irmã Teresa”. Irmã Teresa será Madre Teresa mas nunca será “mestra  de classe".
           O Padre Terme preocupava-se seriamente. E Deus o guiou na compra de um terreno, na construção duma casa,a fim de acolher com mais dignidade senhoras e moças. As paredes não estavam ainda bem acesas, quando ele chamou de Aps, algumas Irmãs, entre as quais Irmã Teresa. Um pouco mais tarde – ela tinha apenas 23 anos! Ele nomeia a superiora desta casa.
          O sacrifício de Jesus Cristo, indefinidamente renovado, “não é mais do que suficiente para a santificação de um milhão de mundos”.
           Durante esse tempo, que faz a Madre Teresa? Aos olhos dos homens, ela capina os jardins, lava a louça, mergulha no silêncio e na sombra…Como a semente, escondida na terra, morre para virem os frutos.
           Não podiam despedir a Madre Teresa, mas dão crédito aos relatórios redigidos  por uma Irmã intrigante.
            Maria Desgrand conheceu intimamente Madre Teresa, em Lyon, a partir de 1874. A observação dessa jovem de 20 anos passa do olhar ao espírito: “O olhar de Madre Teresa era muito impressionante quando ela erguia os olhos; algo de profundo, calmo e notavelmente inteligente, uma expressão de caridade estampada no seu rosto… "Ela me olha com uns olhos tão bons!” dizia uma meninazinha ao contemplar um desses retratos".
           Porque tudo assumiu no amor, Madre Teresa excluiu todo amargor. Então tudo se transfigurou, e sua fé, que buscava Deus em tudo, encontrou em toda parte a marca de Deus que é bom,  Ele é a Bondade.

Beato Gaspar de Stanggassinger, sacerdote

          


          Gaspar Stanggassinger, nascido em 1871 em Berchtersgaden, sul da Alemanha, era o segundo de 16 irmãos. Seu pai, homem respeitado por todos, era fazendeiro e explorava uma pedreira.
         Desde a adolescência sentiu um crescente desejo de ser sacerdote. Em seus primeiros anos Gaspar brincava de padre "pregando" breves sermões a seus irmãos e irmãs, os quais ele costumava
levar em procissão a uma capela entre as montanhas perto da sua casa.
          Aos 10 anos foi para Freising a fim de continuar os estudos. Achou bastante difíceis os estudos. Seu pai lhe disse que, se não passasse nos exames, teria de deixar a escola. Com uma vontade forte, notável dedicação e fidelidade à oração, fez constantes progressos. Nos anos seguintes, durante as férias, começou a reunir ao seu redor grupos de garotos para formá-los na vida cristã, criar uma comunidade entre
eles e organizar o seu tempo livre. Todo dia o grupo ia à missa, passeava ou fazia uma romaria. Era admirável a dedicação de Gaspar para com eles e chegou a ponto de arriscar sua vida para salvar um garoto em perigo na subida de uma montanha.
          Gaspar entrou no seminário de Munique e Freising em 1890 para começar
o estudo da teologia. Para melhor discernir a vontade de Deus, seguiu voluntariamente um rigoroso programa de oração. Sem tardar teve a certeza de que o Senhor estava chamando-o para a vida religiosa. Com efeito, após uma visita aos Redentoristas, teve a inspiração de seguir sua vocação missionária. Não obstante a oposição do pai, entrou para o noviciado redentorista de Gars em 1892 e foi ordenado sacerdote em Regensburg em 1895. Gaspar Stanggassinger entrou na Congregação do Santíssimo Redentor com a intenção de ser missionário. No entanto, foi nomeado pelos superiores para formar os futuros missionários como vice-diretor do seminário menor de Durrnberg, perto de Hallein. Dedicou-se totalmente a esta responsabilidade.
           Como religioso, fez voto de obediência e viveu-o com transparência e de modo consistente.
           Toda semana passava 28 horas ensinando nas salas de aula e era sempre acessível aos rapazes. Aos domingos nunca deixou de prestar serviços nas igrejas das aldeias vizinhas, sobretudo na pregação. Mesmo com tanta carga de trabalho
, era sempre paciente e compreensivo com as necessidades dos outros, particularmente dos estudantes, que viam nele mais um amigo que um superior. Embora as regras da formação naquele tempo fossem muito rigorosas, Gaspar nunca agiu rispidamente, e cada vez que ele tinha a impressão de ter sido injusto com alguém, pedia desculpas sem demora e humildemente.
            Profundamente devoto de Jesus na Eucaristia, convidava os rapazes e os fiéis aos quais pregava a recorrer ao Santíssimo Sacramento nas horas de necessidade e ansiedade. Exortava-os a ir até Jesus para adorá-lo e falar-lhe como a um amigo. Suas pregações eram contínuos apelos aos fiéis para levar a sério a vida cristã, crescendo na fé por meio da oração e da conversão contínua. Seu estilo era direto e cativante, sem ameaças de castigos como era comum nos sermões da época.
           Em 1899 os Redentoristas abriram um novo seminário em Gars. Pe Stanggassinger foi transferido para lá como diretor. Tinha 28 anos de idade. Apenas teve tempo de pregar um retiro para os estudantes e de participar da abertura do ano letivo.
           No dia 26 de setembro terminou sua jornada terrestre, vítima de peritonite.
           A causa da beatificação começou em 1935, com a trasladação do corpo para a capela lateral da igreja de Gars.
           No dia 24 de abril de 1988 foi proclamado bem-aventurado pelo Santo Padre, o Papa João Paulo II.

São Nilo de Rossano, abade e fundador

Ficheiro:Saint Nilus of Rossano Calabria.JPG


            Nascido de uma família grega de Rossano, ele foi casado (ou viveu junto) por um tempo e teve uma filha. Ele se converteu por causa de uma doença e, daí em diante, se tornou um monge e um propagador da regra de São Basílio na Itália.
           Ele era conhecido por sua vida asceta, por suas virtudes e por sua erudição teológica. Por um tempo, ele viveu como um eremita e, posteriormente, passou algum tempo em diversos mosteiros que ele ou fundou ou reformou. Ele esteve também por um tempo em Monte Cassino e no Mosteiro de Alexius, em Roma.
           Quando o papa Gregório V (r. 996 - 999) foi expulso de Roma, Nilo se opôs ao usurpador Filogato de Piacenza, o antipapa eleito como João XVI. Posteriormente, quando Filogato foi torturado e mutilado, ele repreendeu tanto Gregório quanto o imparador do Ocidente Otão III pelo crime.
           A principal obra de Nilo foi a fundação, em 1004 d.C., do famoso mosteiro grego de Grottaferrata, perto de Frascati, em terras doadas por Gregório, conde de Tusculum, do qual ele se tornou o primeiro abade. A abadia continua até hoje seguindo o rito bizantino.
           Nilo passou os anos finais de sua vida no Mosteiro de Santa Ágata, em Tusculum, e também em  Valleluce, perto de Gaeta, como eremita.
           Ele morreu no mosteiro de Santa Ágata em 1005. Sua festa é celebrada no dia 26 de setembro, tanto no calendário bizantino quanto no martirológico romano.


Ficheiro:Grottaferrata-abbazia01.jpg

Abadia de Santa Maria de Grottaferrata, Itália


São Cosme e São Damião



Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.
Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.
Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.
Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.
Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530.
Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.
Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados.  
Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.


 Ficheiro:Church of Saint Cosma and Damiano in Rome.jpg

Basílica de São Cosme e São Damião em Roma


terça-feira, 25 de setembro de 2012

São Firmino, bispo


Firmino ou Firmin, como foi batizado, nasceu na Espanha, na cidade de Pamplona, na última metade do século III. Era filho de uma família rica, influente e bem firmada nos princípios do cristianismo. Mas foi na França que seu trabalho de evangelização destacou-se, de tal forma que foi considerado uma das figuras mais importantes da Igreja daquele tempo.
Sua pregação era muito apreciada pelos fiéis. Fez tanto sucesso pelo seu conhecimento das verdades da fé que foi eleito pelo povo seu novo bispo. Isso aconteceu quando o sacerdote Honesto, já muito velho e cansado, não podia mais orientar os fiéis. Firmino, então, recebeu o sacramento da ordem e a sagração episcopal, em Toulouse, dando início ao seu apostolado de evangelização, que pretendia acabar com as trevas do paganismo.
Por ser um exemplo de fé e virtude, Firmino conseguiu grande fama e suas peregrinações foram incansáveis nas cidades francesas como Age e Auvergne, Angers, Beuvais e, finalmente, Amiens, onde conseguiu a conversão de milhares e milhares de pagãos, que aceitaram a doutrina do Senhor. Os casos mais incríveis foram de Arcádio e Rômulo, implacáveis perseguidores de Firmino, os quais, diante da santidade e firmeza na fé do bispo, por suas palavras e intercessões prodigiosas, acabaram tocados pela graça de Deus e converteram-se a Jesus Cristo.
Era uma época em que a perseguição contra os cristãos apresentava uma fúria implacável e violência impiedosa. Por isso Firmino despertou a ira de seus opositores pagãos, como o governador romano Valério, que, desejando que o povo voltasse a cultuar os deuses pagãos, mas temendo uma revolta, pois tinham verdadeira veneração pelo bispo, mandou prendê-lo e decapitá-lo sem julgamento oficial.
O bispo Firmino morreu no ano 290. A ele foram concedidas as honras de "Apóstolo das Gálias", por seu trabalho como evangelizador. Seu zelo e sua dedicação pela evangelização na atual França fizeram-no merecedor do título que a Igreja lhe consagrou.
Seu corpo esta repousando na catedral francesa de Amiens. São Firmino é amplamente festejado pelo povo espanhol e francês, motivo pelo qual seu culto foi muito difundido no mundo cristão, que o comemora no dia de sua morte.




Catedral de Amiens, França


São Cléofas ou Alfeu



Seu nome, Cléofas, no hebraico antigo, pode ser também Alfeu. A partir daí, temos as informações dos historiadores que pesquisaram as origens dos santos. Segundo eles, a vida de são Cléofas esteve sempre muito ligada à de Jesus Cristo. Primeiro, porque se interpreta que Cléofas seja o pai de Tiago, o Menor; de José; de Simão e de Judas Tadeu, que são primos do Senhor. Maria, mãe de todos eles, no evangelho do apóstolo João, é chamada de esposa de Cléofas e irmã da Mãe Santíssima. E que também fosse irmão de são José, pai adotivo de Jesus. Sendo assim, confirma-se o parentesco. Cléofas, na verdade, era tio de Jesus Cristo.
A segunda graça conseguida por Cléofas, além do parentesco com Jesus, foi ter visto o Cristo ressuscitado. Quando voltava para Emaús, depois das celebrações pascais, na companhia de mais dois discípulos, encontraram, na estrada, um homem, a quem ofereceram hospitalidade. Cléofas e os discípulos estavam frustrados, assim como os outros apóstolos, naquela hora de provação: "Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel, mas..."
Foi então que o desconhecido fez penetrar a luz da Boa-Nova, explicando-lhes as Escrituras e aceitando o convite para ficar, pois a noite estava por cair. Só no momento em que o estranho homem repartiu o pão que os alimentaria perceberam que se tratava de Jesus ressuscitado, pois o gesto foi idêntico ao da última ceia.
Cléofas foi perseguido por seus conterrâneos por causa de sua fé inabalável no Messias ressuscitado. Segundo São Jerônimo, o grande doutor da Igreja, o martírio de são Cléofas aconteceu pelas mãos dos judeus, que o detestavam por sua inconveniente pregação cristã.
Já no século IV, a casa de são Cléofas tinha sido transformada em uma igreja. A Igreja confirmou seu martírio pela fé no Cristo e inseriu no calendário litúrgico o seu nome, no dia 25 de setembro, para ser celebrado por todo o mundo cristão.

Santo Alberto de Jerusalém, bispo


Alberto nasceu no ano 1150 em Parma, na Itália, no seio da rica e nobre família Avogrado, dos condes Sabbioneta. Ainda muito jovem, resolveu deixar a vida mundana da Corte, ingressando no Convento dos Cônegos de Santo Agostinho de Mortara, em Pavia. Em pouco tempo, foi eleito prior pelos companheiros e, em 1184, foi nomeado bispo de Bobbio, cargo que recusou porque não se achava preparado e à altura da função.
Porém essa não era a opinião do papa Clemente III, que nesse mesmo ano o encarregou de assumir o bispado de Vercelli. Assim, Alberto não teve como recusar. Assumiu a missão com tanta vontade de fazer um bom ministério que ficou na função por vinte anos, levando o povo local a uma vida de penitência, oração e caridade. Era sempre tão conciliador e justo na intermediação de causas que o imperador Frederico Barbaroxa solicitou seus préstimos para solucionar uma disputa entre Parma e Piacenza, em 1194. Com sua intervenção junto à Sé, em Roma, a desavença chegou ao fim rapidamente.
Passados mais alguns anos de trabalho, em 1205 Alberto foi nomeado patriarca de Jerusalém, cargo que também só aceitou por insistência do papa Inocêncio III. O argumento usado pelo papa foi definitivo: a Palestina sofria uma pressão fortíssima por parte dos muçulmanos e era preciso ter entre os católicos alguém com carisma e disciplina de "mão forte", pois havia o risco do desaparecimento do cristianismo naquela região.
Alberto não fugiu da responsabilidade, mas como Jerusalém estava sob domínio dos árabes sarracenos, foi para lá em 1206, fixando residência na cidade de Acra. Foi necessário pouco tempo para que ele reconduzisse as ovelhas desgarradas ao rebanho, ganhando o respeito tanto dos cristãos como dos árabes muçulmanos.
Ele foi o patriarca da Palestina durante oito anos. E durante esse período reuniu todos os eremitas de Monte Carmelo, redigindo ele mesmo as Regras para a comunidade. Morreu assassinado pelo professor e prior do Hospital do Espírito Santo, ao qual ele havia primeiro advertido e depois afastado, por suas atrocidades. Quando Alberto conduzia uma procissão, o malfeitor investiu contra ele com um punhal, matando-o na frente de todos os fiéis. Era o dia 14 de setembro de 1214.
Na última mudança no calendário litúrgico feita pela Igreja, o dia 25 de setembro foi escolhido para a celebração do mártir santo Alberto, patriarca de Jerusalém.

Santa Aurélia e Santa Neomísia

 

Aurélia nasceu na Ásia Menor, no Oriente e era muito unida à sua irmã Neomisia. Elas costumavam procurar pobres e doentes pelas ruas para fazer-lhes caridade. E assim fizeram durante toda a adolescência, mantendo-se muito piedosas e fervorosas cristãs. Aurélia sempre dizia à irmã que, ao atingirem a idade suficiente, iriam visitar todos os lugares sagrados da Palestina, em uma longa peregrinação.
De fato, Aurélia e Neomísia foram para a Terra Santa e viram onde Jesus nasceu e viveu. Depois, fizeram todo o trajeto percorrido por ele até o monte Calvário, onde foi crucificado e morreu para salvar-nos. Aurélia, envolvida pela religiosidade da região e com o sentimento da fé reforçado, decidiu continuar a peregrinação até Roma. Assim, visitaria o célebre santuário da cristandade do Ocidente, sempre acompanhada pela irmã.
Elas não sabiam que os sarracenos muçulmanos estavam invadindo várias regiões italianas e que, avançando, já tinham atacado e devastado a Calábria e a Lucânia. Quando chegaram a Roma, as duas foram surpreendidas, na via Latina, por um grupo de invasores, que as identificaram como cristãs. Ambas foram agredidas e chicoteadas até quase à morte. Mas um fortíssimo temporal dispersou os perseguidores, que abandonaram o local. Por isso as duas foram libertadas e puderam seguir com sua viagem.
Mas, estando muito feridas, resolveram estabelecer-se na pequena Macerata, situada aos pés de uma colina muito perto da cidade de Anagni. Lá, elas retomaram a vida de caridade, oração e penitência, sempre auxiliando e socorrendo os pobres, velhos e doentes. Aurélia também tinha os dons da cura e da profecia. Assim, a fama de santidade das duas irmãs cristãs difundiu-se entre a população. Diz a tradição que Aurélia salvou os fiéis da paróquia daquela diocese. Foi num domingo de chuva, ela correu para avisar o padre que parasse a missa, pois iria cair um raio sobre a igreja. O padre, inspirado pelo Espírito Santo, ouviu seu conselho e os fiéis já estavam a salvo quando o incidente aconteceu.
Aurélia e a irmã adoeceram e morreram no mesmo dia, 25 de setembro, de um ano não registrado. Os seus corpos foram sepultados na igreja de Macerata. Mais tarde, o bispo daquela diocese, aproveitando a visita do papa Leão IX à cidade, preparou uma cerimônia solene para trasladar as relíquias das duas irmãs para a catedral de Anagni. Outra festa foi preparada quando a reconstrução da catedral terminou. Então, as relíquias de Aurélia e Neomísia foram colocadas na cripta de são Magno, logo abaixo do altar dedicado a ele.
O culto a santa Aurélia é um dos mais propagados e antigos da tradição romana. Ao longo dos séculos, Aurélia deu nome a gerações inteiras de cristãs, que passaram a festejar a santa de seu onomástico como protetora pessoal. De modo que a festa de santa Aurélia, no dia 25 de setembro, foi introduzida no calendário litúrgico da Igreja pela própria diocese de Anagni. O único texto que registrou esta tradição faz parte do Codigo Chigiano C.VIII. 235, escrito no início do século XIV.
Somente em 1903 o culto obteve a confirmação canônica. Assim, as urnas contendo as relíquias das irmãs são expostas aos devotos e peregrinos durante a celebração litúrgica. Contudo há um fato curioso que ocorre nesta tradição desde o seu início. É que a maioria dos devotos só lembra que é o dia da festa de santa Aurélia, e apenas a ela agradecem pela intercessão nas graças alcançadas.


Catedral de Santa Maria, em Anagni, Itália

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

São Francisco Jaccard, sacerdote e mártir

 
 
 
Francisco Jaccard nasceu no dia 6 de setembro de 1799 em Onnion, Haute-Savoie (França). Morreu estrangulado no dia 21 de setembro de 1838 no Vietnam. É um santo celebrado no dia 21 de setembro.

Os pais de Francisco esperaram vinte anos após o casamento até que nascesse seu primeiro filho. Eles viram nesse nascimento um “sinal de Deus”: este menino iria se tornar padre.
Francisco entrou no Seminário das Missões Estrangeiras de Paris em 1821 e foi ordenado sacerdote dois anos depois. Pediu então para ser enviado a evangelizar em países longínquos. Esteve em Chandernagor, depois em Macau e escolheu, como destino final, a Conchinchina, no Vietnam.
Ali Francisco foi preso, torturado e condenado à pena capital, sendo estrangulado em 21 de setembro de 1838. Seu corpo foi transladado para o Seminário das Missões Estrangeiras de Paris somente em 1946.
Francisco Jaccard foi declarado venerável em 19 de junho de 1840, beatificado pelo Papa Leão XIII em 7 de maio de 1900 e canonizado pelo Papa João Paulo II, em 19 de junho de 1988. Ele é um mártir do Grupo dos 117 Mártires do Vietnam.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Santo Alonso de Orozco, sacerdote e fundador

            
Alonso de Orozco (1500-1591)

            Nasceu em Ortopesa, Toledo (Espanha). Era o ano de 1500 e seus pais, católicos fervorosos, puseram-lhe o nome de Afonso ou Alonso em honra de Santo Ildefonso, que tinha sido defensor da virgindade de Maria. Estudou em Talavera de la Reina e serviu como menino de coro na Catedral de Toledo. Teve a música como grande paixão ao longo da sua vida.
            Enviado a Salamanca para continuar os seus estudos, sentiu-se atraído pelo ambiente de santidade do convento dos Agostinianos, tendo entrado na Ordem, onde fez os primeiros votos em 1523, sendo prior do convento São Tomás de Vilanova.
           Depois de ordenado sacerdote, foi nomeado pregador da Ordem, ocupando ainda vários cargos como os de prior e definidor da Província de Castela, a que pertencia. Era duro consigo mesmo, mas cheio de compreensão para com os outros. Pretendeu ser missionário no México, mas o seu estado de saúde não lho permitiu, apesar de ter começado a viagem, em 1547.
           Quando era superior do convento de Valladolid, foi nomeado pregador real do imperador Carlos V, depois também de Filipe II, tendo, por esse motivo, transferido a sua residência de Valladolid para Madrid, pois a sede da corte também fora transferida para esta Cidade. Estava-se em 1560. Passou a viver no convento agostiniano, conhecido com o nome de São Filipe, o Real.
           Dotado de uma extraordinária popularidade mesmo nos ambientes mais diversos, conseguia aproximar-se de todos, sem distinção. Mereceu a estima do Rei, dos nobres e de grandes personagens da época. A Infanta Isabel Clara Eugénia deixou o seu testemunho favorável no processo de canonização; os escritores Francisco de Quevedo e Lope de Vega fizeram o mesmo.
            O conjunto das cartas que escreveu e recebeu mostra a amplitude das suas relações sociais; mas também o povo simples e humilde o estimava e admirava o seu estilo de vida; ele a todos ajudava nas suas dificuldaes materiais e morais; gostava ainda de visitar os doentes nos hospitais, bem como os encarcerados.
            Apesar de ter fama de uma vida de santidade, pelo que o chamavam "o santo de São Filipe", ele não se sentia confirmado na graça, nem experimentou a vida como um mar de rosas. Com os escrúpulos a atormentarem-lhe o espírito, sentiu fortemente a tentação de abandonar a vida religiosa no período da sua formação; sentiu os atractivos do amor natural, da liberdade, a dificuldade da solidão e o temor das asperezas da vida religiosa.
            Escreveu várias obras em língua latina e na castelhana, distinguido-se:  Vergel de oración e monte de contemplación, (1544), Desposorio espiritual (1551), Las siete palabras de la Virgen (1556), Bonum certamen (1562), Arte de amar a Dios e al próximo (1568), La corona de Nuestra Señora (1588). Os seus escritos de carácter ascético-místico ressentem-se da sensibilidade da contra-reforma, própria da época, e neles são abundantes as expressões afectivas. Grande devoto de Maria, sentia-se impelido por Ela a escrever.
           Dedicou-se, de modo particular, a espalhar o seu amor pela Ordem em que professara, interessou-se pela sua história e espiritualidade, compondo várias obras sobre esses temas:  "Intruções para os religiosos", um "Comentário à Regra" e a "Crónica do Glorioso padre e doutor Santo Agostinho, dos santos e beatos e dos doutores da Ordem" são exemplos disso.
            Renunciou a todos os privilégios que podia auferir da sua posição de pregador régio, participando assiduamente nos actos da comunidade e tendo o comportamento de um simples frade. Fundou ainda dois conventos de agostinianos e três de monjas agostinianas de clausura, transmitindo a todos um testemunho de amor pela vida contemplativa.
             Morreu em Madrid a 19 de Setembro de 1591, no Colégio de D. Maria de Aragão, que ele próprio fundara. Foi beatificado por Leão XIII em 1882. Os seus restos mortais conservam-se no Mosteiro das Agostinianas em Madrid, chamado do Beato Afonso de Orozco.
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Beato José Kut, sacerdote e mártir

Nasceu em Slawin, Polônia, em 21 de janeiro de 1905. Fez seus estudos em Ostrowo, entrando posteriormente para o seminário de Poznan. 
Seguiu sua formação em Gniezno e, após sua ordenação, tornou-se  sacerdote da diocese de Poznan, em 1929.
Em 1936, foi nomeado pároco da paróquia de Santo Estanislau, em Goscieszyn-sur-Obra. Em outubro de 1941, Padre Joseph Kut foi preso pela Gestapo durante a ocupação da Polônia pelo III Reich (durante a II Guerra Mundial), sendo deportado, em seguida, para o campo de concentração de Dachau.
As condições durante o cárcere acabaram com o Padre Joseph. As autoridades nazistas propuseram-lhe, então, a liberdade, sob a condição de que renegasse a sua fé e renunciasse ao sacerdócio. Ele recusou.
Seus companheiros de cativeiro viram-no morrer como um santo”, aos 37 anos, em conseqüência dos maus tratos sofridos, pouco mais de um ano após sua prisão.
Padre Joseph (José) Kut está entre os cento e oito mártires da Polônia, vítimas da perseguição nazista, beatificados pelo Papa João Paulo II em Varsóvia, em 13 de junho de 1999.

Santo Eumênio de Gortina, bispo e mártir

            


            Desde a juventude, Eumênio seguia ao Cristo de todo o coração, libertando-se de dois pesados fardos: o fardo da riqueza e o fardo da carne. Ficou livre do primeiro fardo distribuindo toda seu patrimônio aos pobres e necessitados; e do segundo jejuando com rigor. Deste modo, ele primeiro curou a si mesmo, e depois começou a curar os outros. Livre das paixões e cheio da graça do Espírito Santo, Eumênio brilhava com uma luz que não podia ser escondida.
            Conforme está escrito, não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte (Mateus 5:14), assim o santo Eumênio não podia ser escondido do mundo. Testemunhando sua bondade, o povo o elegeu Bispo de Gortina e ele governou o rebanho do Cristo como um bom pastor. Era um pai para os pobres, riqueza para os necessitados, consolação para os aflitos, médico para os enfermos e um prodigioso taumaturgo.
             Por suas orações, operou muitos milagres: dominou uma serpente venenosa, expulsou demônios e curou muitos doentes – e isso ele o fez não somente em sua própria cidade, mas também em Roma e na Tebaida. Numa época de seca na Tebaida, obteve de Deus a chuva pelas suas orações. Ali na Tebaida terminou a sua vida terrena e tomou posse de sua morada na casa eterna de seu Senhor. Viveu e labutou no século VII.

São Domingos Trach, presbítero e mártir

             São Domingos Trach, presbítero e mártir (†1840). Preso durante a perseguição religiosa no Vietnã, logrou, no cárcere, a conversão de São Tomé Toán, que apostatara por debilidade. Superando ameaças e torturas, recusou-se a pisotear a cruz e foi decapitado.

Beato Carlos Eraña Guruceta, mártir

           


              O beato Carlos nasceu em Aozaraza-Arechavaleta (Guipuzcoa) em 2 de novembro de 1884, no seio de uma família profundamente cristã. Entrou paro o postulantado Marianista de Escoriaza em 1899. Emitiu seus primeiros votos como marianista em 19 de setembro de 1903. Desde 1904 se encarregou da educação cristã dos meninos nos diversos centros da congregação na Espanha. Foi professor de ensino primário em Escoriaza, Villafranca de Oria e Madri. E logo desempenhou exemplarmente o cargo de diretor dos Colégios de Ciudad Real (1916-1927), Tetuán-Marrocos (1927-1933), e Madri no Colégio de Nossa Senhora do Pilar, de 1933 até a sua morte.
                 Como educador conseguiu a estima e o afeto tanto dos alunos como de suas famílias, conseguindo que cada colégio fosse uma comunidade educativa. Como diretor cuidou especialmente da formação dos professores marianistas, a maioria muitos jovens.
             Carlos Eraña é considerado justamente como um dos mais pedagógicos da primeira geração de marianistas espanhóis.
              Em 24 de julho de 1936, o Colégio de Pilar, onde residia, foi invadido por um grupo de milicianos, com a disposição de dispersão da comunidade religiosa. Carlos Eraña foi detido duas vezes e logo posto em liberdade. Quando viu que em Madri sua vida corria perigo e que ali não podia fazer nada de útil para o colégio ou para a comunidade, decidiu ir para Ciudad Real pensando que algum antigo aluno poderia protegê-lo.
             Deposi de uma viagem bem acidentada e de um nova detenção em Alcazar de San Juan chegou a Ciudad Real em 29 de julho. Lá encontrou as comunidades marianistas dispersars e os colégios fechados, imperava um clima de violenta perseguição religiosa contra sacerdotes, religiosos e católicos. Viveu neste ambiente de prova por um mês, conservando sempre a serenidade de espírito. Apenas dizia: "Seja o que Deus quiser". Movido pela caridade e manifestando-se sempre como religioso, tratou valentemente de ajudar aos marianistas escondidos em diversos lugares da cidade. Em 6 de setembro foi preso pelos milicianos e foi levado para a "Casa do Povo", onde permaneceu 12 dias em completo isolamento.
              Consciente do perigo que corria, viveu esses momentos em completa paz, totalmente entregue a vontade de Deus. Um dia antes de sua morte manifestou o desejo de confessar-se. E na madrugada de 18 de setembro foi tirado de sua improvisada cela e fuzilado em Alarcos, a poucos quilômetros da capital, Madri.







 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Santo Emanuel Trieu, sacerdote e mártir

            

           Santo Emanuel, mártir do Vietnã, foi um sacerdote católico que junto com milhares de fiéis deram a sua vida por causa de Cristo e de sua Igreja. Esse nativo vietnamita alistou-se no exército mas depois foi ordenado padre e trabalhou sob as normas da Congregação dos Missões Estrangeiras de Paris. Enquanto estava visitando sua mãe, ele foi preso pelo regime de perseguição aos cristãos e foi martirizado por decapitação. Foi canonizado em 1988.


São Pedro de Arbués, sacerdote e mártir

           

            Pedro de Arbués, nasceu em 1441 em Epila, de uma nobilíssima familia. Estudou em Huesca, logo após terminados seus estudos básicos, foi para uma das mais brilhantes universidades da época: Bolonha. Lá recebeu o grau de doutor.
            Foi eleito membro do capítulo da Sé de Saragoça, como cônego regular, seguindo a regra de Santo Agostinho. Logo foi escolhido à ocupar o cargo de Primeiro-Inquisidor.
           A partir de 1484 começou a sofrer muitos atentados de Judeus pseudo-convertidos, todo o povo que o amava, alertava-o sobre o perigo, mas dizia: "mal Padre que sou, devo ser pelo menos um bom mártir".
            Na madrugada de 14 para 15 de setembro, dirigiu-se para a Catedral de Saragoça para rezar o Oficio Divino.
            Ajoelhado e rezando as orações preparótarias, não percebeu a presença de dois judeus, um deles o golpeou com sua espada na garganta, e outro pelas costas, caindo ao solo, exclamou: “Morro por Jesus Cristo. Louvado seja seu nome".

Santa Sofia e suas três santas filhas, mártires

            

             Santa Sofia, nobre matrona romana cujo nome significa “Sabedoria Divina” teve por filhas as três virgens: Fé, Esperança e Caridade, nomes estes que ela escolheu no batismo pelo amor que dedicava a essas virtudes cristãs.  Santa buscou sempre a perfeição evangélica, sendo agraciada por Deus com o Dom de contemplar as grandezas celestiais, educando suas filhas num reto amor pelas virtudes, numa época de intensas perseguições ao Cristianismo, por volta do século 130 d.C., sendo discípulas incondicionais de Nosso Senhor Jesus Cristo, viveram na época da perseguição do Imperador Romano Adriano e seu prefeito Antíoco, que martirizou as filhas em presença de sua mãe, visto que estas pregavam por toda cidade de Roma e arredores a mensagem do crucificado. Santa Sofia, cuja fé e fortaleza eram inabaláveis, animava suas filhas a perseverarem na virtude mesmo diante dos bárbaros tormentos que lhe foram infligidos pelo imperador, que fazendo sofrer as filhas, tencionava fazer à renegar sua fé cristã.
            Santa Fé foi a primeira martirizada, sendo despida, atada de mãos e pés, cruelmente chicoteada tendo seus cotovelos e tornozelos esmagados à marteladas, em meio aos sorrisos e injúrias do Imperador, sua irmã Santa Esperança, também despida, foi lançada lentamente numa caldeira de betume derretido e por fim, Santa Caridade, de apenas 9 (nove) anos de idade, foi decapitada, seu corpo retalhado e lançado ao fogo. Santa Sofia, a tudo assistiu, elevando os olhos ao céu na certeza de que suas filhas já contemplavam a visão beatífica concedida aos mártires da fé, consumida pela dor, continuou sua vida de intensas penitências e virtudes exemplares, arrastando milhares de pessoas ao Cristianismo, nem mesmo a violência e a tirania contra os cristãos faziam-na desistir, estava também disposta a dar sua vida por Cristo Rei, por sua Igreja!  Por amor a Jesus Cristo, Santa Sofia perdeu seus bens, sua liberdade e a própria família, dois meses se passaram em completa agonia, quando Jesus, o grande mestre, sentindo piedade de sua serva fiel a fez tombar sem vida sobre o túmulo de suas filhas, ali estava encerrada a vida desta heroína da Cruz, entrava agora na glória eterna acompanhada dos anjos em festa, recebendo do Senhor singulares dons, entre os quais o de curar pústulas venenosas, enfermidades e toda sorte de males.  
             Em resumo, sua vida é modelo de fé e de virtudes colocadas em prática, Santa e venerada, faleceu aos 30 de setembro do ano 130, em cujo dia voou a mansão celestial, tornando-se uma das santas mais populares na Igreja do Oriente, sendo à ela dedicada a magnífica basílica de Santa em Istambul na atual Turquia, hoje dominada pelos muçulmanos que a transformaram em museu nacional, seu Santuário na Itália localiza-se na cidade de Poderia-Salerno, e no Brasil na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Cosmos, Igreja esta construída pelo então comendador Serafim , grande devoto desta santa.

São Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igreja



Roberto Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita fé. Tiveram doze filhos, dos quais seis abraçaram a vida religiosa, tal foi a influência do ambiente cristão que proporcionaram a eles com os seus exemplos.
O menino Roberto nasceu franzino e doente. Talvez por ter tido tantos problemas de saúde nos primeiros anos de existência, dedicou atenção especial aos doentes durante toda a vida.
Embora constantemente enfermo, Roberto demonstrou desde muito cedo uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar retórica no Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já muito conhecido em todo o país como excelente pregador.
Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos: "As controvérsias cristãs sobre a fé", um tratado sobre todas as heresias.
Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano, que contava com duzentos e dois professores e dois mil estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período, produziu outra obra famosa: "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi traduzido para mais de cinqüenta idiomas.
Com a morte do papa Clemente VIII, o seu sucessor, papa Leão XI, governou a Igreja apenas por vinte e sete dias, vindo a falecer também. Foi assim que o nome de Roberto Belarmino recebeu muitos votos nos dois conclaves para a eleição do novo sumo pontífice. Mas, no segundo, surgiu o novo papa, Paulo V, que imediatamente o chamou para trabalharem juntos no Vaticano. Esse trabalho ocupou Belarmino durante os vinte e dois anos seguintes.
Morreu aos setenta e nove anos de idade, em 17 de setembro de 1621, apresentando graves problemas físicos e de surdez, conseqüência dos males que o acompanharam por toda a vida. Com fama de santidade ainda em vida, suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja, sendo depois beatificado, em 1923. A canonização de são Roberto Belarmino foi proclamada em 1930.  
No ano seguinte, recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão.


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Restos mortais de São Roberto em Roma

sábado, 15 de setembro de 2012

Corpos de santos incorruptíveis


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         Um corpo Incorrupto é o corpo humano que possui a propriedade, considerada miraculosa, de não se decompor após a morte, sem que tenham sido utilizados métodos de embalsamamento. Alguns desses corpos permanecem conservados mesmo depois de transcorrido um período de 1.500 anos desde a data do óbito.
         O fenômeno da incorruptibilidade pode ocorrer com todo o corpo ou com apenas parte dele. Outra característica importante é a de que os corpos incorruptos emanariam um odor agradável.
         A incorruptibilidade não é mumificação. Os corpos mumificados são rígidos e secos. Cientistas, médicos e cirurgiões analisaram alguns corpos incorruptos e declararam que a preservação é humanamente inexplicável, que não poderiam, em condições normais e naturais, serem encontrados em tão perfeito estado de conservação depois de tanto tempo.
         Dentre as mais incríveis relíquias religiosas estão os corpos de santos e beatos que supostamente permaneceram incorruptos – ou seja, não sucumbiram à decomposição orgânica. Contudo, em muitos casos a investigação revelou uma explicação natural bem mais plausível.
          Por exemplo, quatro anos após São Felipe Néri (1515-1595) ser enterrado sobre a nave de uma pequena capela, seu corpo foi encontrado tão bem preservado – segundo os médicos – que foi considerado “indubitavelmente miraculoso”. Este caso simplesmente indica o estado de credulidade dos médicos da época (ou então a pressão que eles sofreram para atestar o milagre) uma vez que sempre se soube que as vísceras de Felipe haviam sido removidas e o corpo embalsamado de maneira simples logo após a autópsia do santo em 1595. Também uma referência recente ao “último embalsamamento” sugere que o corpo tenha sido repetidamente preservado (Cruz 1977, 210-12).
           Em muitos casos os corpos devem ser classificados, na melhor das hipóteses, como antes incorruptíveis. Por exemplo, o corpo de Santo Eduardo o Confessor (1004-1066) foi exumado 36 anos após sua morte e achado “perfeitamente” incorrupto; contudo quando a urna funerária foi reaberta em 1685 os restos mortais haviam sido reduzidos ao esqueleto. Também, quando o corpo de Santa Inês de Montepulciano (1268-1317) foi colocado entre as paredes do altar principal da igreja, o túmulo infelizmente estava bem úmido, provocando a decomposição do corpo.
         Ainda outros corpos “incorruptíveis” são mais acuradamente descritos como mumificados; isto é, o corpo está dessecado – uma condição que pode ocorrer naturalmente sob certas condições (tais como ser mantido num túmulo seco ou catacumbas), ou ser induzido por embalsamamento. Por exemplo, 45 anos após a morte de São João Maria Batista Vianney (1786-1859) seus restos mortais foram achados “secos e escurecidos” mas as vísceras foram removidas como medida de conservação e a face coberta com uma máscara de cera (como é comum nesses casos).
          Em outros casos, o corpo aparentemente saponificou – um estado natural no qual os tecidos do corpo essencialmente transformam-se em sabão por debaixo da pele endurecida. A substância amoniacal, semelhante a sabão, é chamada “adipocere” e ocorre em alguns casos de enterro em solo úmido. Enquanto que casos de saponificação podem resultar em alegações de incorruptibilidade em culturas católicas, em certos países eslavos realimenta-se a lenda do “morto-vivo” espetando uma estaca afiada de pau no coração do “vampiro”. Na América do Norte rural tais casos são conhecidos como exemplos de pessoas “petrificadas”.
           Um dos casos mais intrigantes de incorrupção é o de Santa Zita (1218-1278), que viveu em Lucca, na Itália. Quando morreu, foi sepultada numa cova comum. Exumado três séculos depois, seu corpo estava completo e intacto. Sem nenhum sinal de manipulação. Permanece assim até hoje, passados mais de 700 anos. "É uma bela múmia", diz o legista italiano Gino Fornaciari, da Universidade de Pisa, que já examinou vários "incorruptíveis".
Como Santa Zita, os corpos de santos como Ubaldo de Gubbio e Savina Petrilli se mantêm conservados. Especialistas acreditam que as condições ambientais existentes no interior das igrejas, onde a maioria dos "incorruptíveis" foi sepultada, podem explicar o fenômeno. "A temperatura nas igrejas é baixa e há pouca variação entre o inverno e o verão", observa o médico Ezio Fulcheri, legista da Universidade de Gênova.
            Afinal, o que concluir acerca da incorruptibilidade? A morte de todo o ser vivo é seguida pela sua inexorável decomposição e reciclagem em elementos simples e, por outro lado, não existem evidências fortes para sustentar que algumas centenas ou milhares de santos e beatos constituam uma exceção às leis da natureza. Assim como muitos outros “milagres”, a incorruptibilidade é aceita pelo fiel com pouca ou nenhuma investigação para ver se existe ou não uma explicação mais plausível do que a intervenção divina.
            Não tenho dúvida que estes santos, cujos corpos estão incorruptos, tiveram um amor e um respeito tão grande  a Jesus Eucarístico e comungaram tanto que é o próprio Cristo que mantém seus corpos intactos até hoje.
Vejamos alguns casos
          Primeiro São Vicente de Paulo, nasceu em uma terça-feira de Páscoa, em 24 de abril de 1581, Faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mãe da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado pelo Papa Clemente XII em 16 de junho de 1737. Em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.
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           Agora Santa Bernadette Soubirous, nasceu em 7 de janeiro de 1844 em Lourdes, França. A mais velha de seis filhos de uma família muito pobre chefiada por Francois e Louise Casterot.Ela serviu como empregada de 12 aos 14 anos.Depois foi pastora de ovelhas. Em 11 de fevereiro de 1858, mais ou menos na época de sua primeira comunhão ela recebeu uma visão da Virgem; sua descrição de como foi pode ser lida abaixo. Ela recebeu 18 novas visões nos próximos cinco meses e foi levada a uma fonte de água que curava. Ela mais tarde mudou-se para uma casa do Convento das Irmãs de Nevers em Lourdes onde ela vivia, trabalhava, aprendeu a ler e a escrever. As irmãs cuidavam dos doentes e indigentes e quando Bernadete fez 22 anos foi admitida na Ordem. Sempre muito doente ela morreu enquanto orava a Virgem Maria.
          Faleceu em 16 de abril de 1879 em Nevers, França.
          O corpo de Maria Bernadete permanece incorruptível.
          Foi canonizada pelo Papa Pio XI em 1933.
          Desde que apareceu a Santa Bernadete em 1858 mais de 200 milhões de pessoas visitaram o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes.
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CORPO DE SANTA BERNADETE
(FRANÇA - MORREU EM 16 DE ABRIL DE 1879)
ESSE É SEU CORPO ATUALMENTE INTACTO
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CORPO Santo Cura d'Ars, Ars, França (FRANÇA - MORREU EM 1859)
            São João Maria Batista Vianey, o padroeiro dos sacerdotes, conhecido como o Cura D'ars, nascido em 8 de maio de 1786 em Ars, França, e morreu em 4 de agosto de 1859.
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Santa Verónica Guiliani, Clarissa - ANO DE MORTE 1727
 
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Padre Pio
            Padre Pio nasceu em 25 de maio de 1887 na localidade de Pietrelcina, muito próxima à cidade de Benevento e morreu em 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a cruz do Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu
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Beata Ana Maria Taigi - Igreja S. Crisogono, Roma, Itália
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Beato Estéfano Bellesini, Santuário de Nossa Senhora de Genazzano, Itália
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Santa Catarina Labouré - Rue de Bac, Paris, França
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Santa Narcisa de Jesus
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Santa Catarina de Bolonha, com um detalhe, o corpo se encontra na posição sentada até hoje, lá se vão mais de 5 séculos
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