Nada se sabe sobre os primeiros anos de Santa Sofia. Casou-se com um dos primeiros senadores de Milão. Passados alguns anos, ficou viúva com três filhas, das quais a mais velha tinha apenas doze anos.
Distribuiu os seus bens pelos pobres e partiu para Roma, a fim de prestar aos mártires daquela capital os serviços que pudesse. Levou consigo suas três filhas: Fé, Esperança e Caridade. ia com elas visitar os cristãos prisioneiros, levando-lhes o sagrado Viático. depois de martirizados, sepultava-os.
Suas filhas, instruídas por exemplo tão nobre, tornaram-se dentro em breve verdadeiros apóstolos e, por mais que uma vez, com suas palavras inflamadas, reanimaram irmãos desfalecidos.
Tanto heroísmo mereceu-lhes serem chamadas ao tribunal de Décio (249-251), que as interrogou, mandando-as em seguida para o cárcere, visto permanecerem fiéis a Jesus. Passado algum tempo foram novamente interrogadas e ameaçadas. Santa Fé respondeu: «O meu desejo é sofrer e morrer por confessar a Cristo». Fizeram-lhe a vontade, açoutando-a e degolando-a.
Santa Esperança,depois de muitas torturas, foi degolada no mesmo lugar que sua irmã. Santa Caridade, depois de lhe deslocarem todos os membros, foi condenada ao mesmo suplício, sendo acompanhada por sua mãe, Santa Sofia, que a exortava a permanecer constante na fé.
Esta mãe heroica preparava-se paras ser também imolada, a fim de se juntar a suas filhas no céu. Mas Décio, levado por suma crueldade, preferiu deixar-lhe a vida, pois sabia que lhe era mais custosa que a morte. Ordenou que levassem, a Sofia os cadáveres mutilados de suas filhas.
A generosa mãe sepultou-os ao lado dos outros mártires, não se afastando mais desta sepultura e pedindo constantemente a deus que lhe concedesse a graça de se ir juntar àquelas que tinha perdido por amor d’Ele. Por último, depois de um martírio de dois meses, entregou sua alma ao Criador sobre o túmulo de suas filhas.