sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Beatas Mártires de 1936


     
     Hermínia Martinez Amigo nasceu na Espanha em 31 de julho de 1887 em Puzol (Valência) e foi batizada na mesma igreja paroquial de Santos Juanes onde se casou em 24 de fevereiro de 1916.
     Ela teve duas filhas que morreram na infância. Tendo nascido em uma família rica, se dedicou às obras de caridade aos pobres. Fundou uma sociedade para o cuidado dos pobres doentes em sua cidade, nela empenhando todos os seus bens. Devido a uma doença do coração, Hermínia não podia assistir a Santa Missa todos os dias, porém recitava sempre o Rosário.
     Ela foi presa com o marido e ambos foram mortos em 27 de setembro de 1936 em Gilet, durante a perseguição religiosa que caracterizou a Guerra Civil Espanhola.
     Hermínia foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 11 de março 2001, junto com outros 232 mártires espanhóis testemunhas da fé, que foram executados em uma tentativa para destruir a Igreja Católica no país ibérico.
     No mesmo dia são celebradas as religiosas da Ordem Terceira das Capuchinhas da Sagrada Família: Irmã Francisca Xavier de Rafelbunol; Irmã Rosária de Soano (Pietra Maria Vitória Quintana Argo) e Irmã Serafina Maria de Ochovi: 
     Maria Fenollosa Alcayna, Irmã Francisca Xavier de Rafelbunol, nasceu em Rafel-bunol, na província de Valência (Espanha), no dia 24 de maio 1901. Ingressou no convento em 1921 e fez sua profissão de temporária em 1924 e perpétua em 1928. Em Masamagrell ocupava o cargo de assistente da mestra de noviças. Ela era respeitada por todos como uma freira devota, fervorosa, humilde, amante do silêncio, sempre sorridente. Voltando para a família por causa do perigo que pairava sobre a sua comunidade, em 27 de setembro de 1936, foi presa com seu irmão José. No dia seguinte, seus corpos foram encontrados em cemitérios diversos. 
     Pietra Maria nasceu em 13 de maio de 1866 em Soano, província de Santander (Espanha). Em 1889 ingressou na Congregação das Irmãs Terceiras Capuchinhas da Sagrada Família, fundada por Luis Amigó y Ferrer (1854-1934). Foi Superiora em diversas casas da instituição, Mestra de Noviças, Superiora Geral e Vigária Geral de 1926 até sua morte. Ao romper a revolução espanhola se encontrava na casa de noviciado de Masamagrell (Valência), junto com a Superiora local, Ir. Serafina Maria de Ochovi.
     Na tarde de 21 de agosto de 1936, Irmã Rosária de Soano e Irmã Serafina Maria da Ochovi foram aprisionadas, porque eram religiosas, e foram assassinadas na noite seguinte. Carmen, Rosa e Madalena eram três jovens que muito cedo se tornaram religiosas no Instituto das Filhas do Ssmo. Coração Imaculado de Maria. Elas tiveram apenas tempo de pronunciar os votos solenes quando iniciou a guerra civil de 1936.
     Como as outras coirmãs, foram obrigadas a abandonar às presas o convento para buscar refúgio onde podiam. As três voltaram para sua terra natal, junto aos pais, vestiram roupas civis e procuraram, na medida do possível, continuar a vida de oração e retiro que haviam escolhido. A observância da regra do seu Instituto e a precária tranquilidade duraram cerca de um mês e meio. No alvorecer do dia 27 de setembro de 1936 foram despertadas por pancadas na porta. Eram os vermelhos, avisados não se sabe por quem, que foram prendê-las e as levaram longe, para um bosque. Os revolucionários pretendiam violá-las, mas as três se defenderam com unhas e dentes. Se bem que homens, em maior número e armados, não conseguiram violentá-las. A ira os levou a torturá-las de mil modos antes de matá-las.
     O "sol do porvir" é sempre tingido de sangue.