quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Beato Honorato de Biala, sacerdote e fundador



          Venceslau Kozminski nasceu a 16 de outubro de 1829, na Polônia, filho duma família fervente na fé cristã, que deu o filho uma sólida formação católica, desenvolvia progressivamente durante a carreira de estudos, que culminaram no curso de arquitetura.
           Entretanto ia também crescendo e amadurecendo nele a vocação para o sacerdócio, que o levou a deixar a casa paterna e entrar no noviciado dos capuchinhos. Depois de ter feito em Lublin os estudos de filosofia e teologia, transferiu-se para Varsóvia, onde a 27 de dezembro de 1855 foi ordenado sacerdote com o nome de Honorato de Biala.
          Em Varsóvia lançou-se de imediato ao ministério da pregação e direção espiritual, desempenhou diversos cargos dentro da ordem, e ao mesmo tempo dava aulas de religião em escolas, colégios e pensionatos. Tomou a seu cargo a associação do santo Rosário da terceira ordem franciscana. Mas o carisma mais notável de Honorato aparece sobretudo na fundação de associações e congregações religiosas: entre 1874 e 1896 foram mais de vinte as instituições fundadas por ele.
          Na qualidade de comissário geral da província capuchinha, desenvolveu intensa atividade, vendo-se por vezes constrangido a transgredir leis civis injustas de perseguição contra conventos. Ainda hoje é impressionante o trabalho apostólico realizado por Honorato, apesar das restrições imposta pelo regime.
      Por meio do confessionário e correspondência epistolar, fundou 26 associações religiosas, das quais surgiram numerosas congregações. Das 16 ainda hoje existentes, apenas 2 delas têm hábito religioso próprio; as outras 14 (2 masculinas e 12 femininas) não: pode por isso considerar-se o precursor dos institutos seculares. Dessa forma contribui decisivamente para a sobrevivência da fé na Polônia.
        A sua atividade apostólica não se limitou à de notável pregador e judicioso diretor espiritual: deixou também escritos, com o fim de dar a conhecer o povo o amor de Deus, como ele mesmo diz “Manual Espiritual”.
         Foi um exemplar filho de São Francisco na forma de sentir e viver o amor de Deus em Cristo e o mistério da Igreja. Em 1906 organizou uma peregrinação nacional ao santuário mariano de Czestochowa, em que participaram mais de meio milhão de pessoas.  Em 1908, em consequência da reorganização das suas congregações, decidida pela conferência episcopal, retiraram-lhe a direção das mesmas: aceitou com docilidade as determinações das autoridades, reservando-se apenas a sua direção espiritual, de sacerdotes e confessor.
            A 16 de dezembro de 1916, com a venerável idade de 87 anos, passou o exílio da terra à pátria celeste. No testamento tinha manifestado o desejo de se esconder “nas chagas de Jesus” e de “entregar a alma ao Criador com a mesma disposição com que Cristo entregou o espírito nas mãos do Pai”.