quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Santos Evaldo, o Branco e Evaldo, o negro, sacerdotes e mártires


        É por meio de Beda, o Venerável, seu compatriota e contemporâneo, que temos conhecimento destes dois irmãos. Tomou-se o hábito, escreve o mesmo, de os designar pela cor do cabelo. 
         Entre si amavam-se profundamente e nunca se separaram. Juntos se fizeram monges na Irlanda, e juntos seguiram São Vilibordo quando este se lançou a converter os Frisões; mas depois separaram-se dele para irem, por seu lado, levar o Evangelho aos Saxões. Estes Alemães da Renânia, diz Beda, eram então governados por «sátrapas». cada tribo tinha o seu, que era independente e senhor na sua terra. 
        Exceto em tempo de guerra, quando todos obedeciam a um dentre eles, que voltava ao seu posto logo que a paz se restabelecia. Foi a um destes sátrapas que os irmãos Evaldo pediram audiência, pouco depois de entrarem no país. Foi-lhes concedida para a semana seguinte. 
       Quando o souberam, os notáveis da tribo recearam que o chefe se convertesse e os forçasse a abraçar a religião nova: «Que será de nós, diziam, quando os nossos deuses deixarem de nos proteger e se vingarem de os termos abandonado?» Apoderaram-se dos missionários, mataram-nos e lançaram-nos ao rio. Isto a 3 de Outubro de 365. Mas os corpos foram recolhidos abaixo, na margem, por um cristão que os sepultou. Alguns anos mais tarde, Pepino d’Herstal mandou-os levar para São Cuniberto de Colônia, onde ficaram a ser honrados. 
         Quanto ao sátrapa, com cuja bondade os dois apóstolos tinham contado, vingou-lhes a morte, escreve Beda, mandou exterminar todos os que tinham, tomado parte no crime e queimar a aldeia onde ele se realizara. Como se tratava duma povoação da Westfália, os dois irmãos Evaldo são os patronos dela.