Paulo I foi papa entre 29 de maio de 757 a 28 de junho de 767 e irmão do papa Estêvão I. Outro caso encontraremos entre os irmãos Bento VIII e João XIX. Através de um acordo com Desidério, rei dos lombardos, conseguiu manter os Estados Papais. Salvou relíquias das catacumbas e combateu o iconoclasmo, abrigando os monges do Oriente que eram perseguidos pelos iconoclastas.
Eleito papa, Paulo I escreveu logo ao rei Pepino, dos francos, comunicando sua nomeação "por unânime escolha do povo". Pepino respondeu com palavras encomiásticas e lhe enviou um cacho de cabelos de sua filhinha Gisela, irmã do futuro Carlos Magno, pedindo ao Papa que aceitasse ser padrinho da pequena princesa. Os duques e condes romanos acolheram com entusiasmo a proteção do rei franco, que de longe os deixava tranquilos sob o governo pontifício, e, lhes dava garantias contra a barbárie dos lombardos. O novo rei destes, Desidério, saqueava as cidades e os campos. Somados aos ataques bizantinos, a devastação foi enorme. Paulo I deu provas de grande habilidade e muita paciência, conseguindo abrandar Desidério. O grego de nome Constantino Coprônimo, destruidor de imagens, espalhava boatos de terríveis esquadras e ingentes exércitos que estava preparando para ocupar Roma.
Paulo I celebrizou-se por sua caridade sem alarde. Visitava à noite os cárceres, libertando, com seu direito de indulto, os condenados à morte. Fazia pagar às escondidas os débitos dos que jaziam presos por insolvência, e colocar víveres e roupas à porta das casas dos pobres. Em 761, fundou com monges gregos o convento de São Silvestre, ainda hoje existente no local dos antigos e famosos jardins de Lúculo. Terminou a capela de Santa Petronila (erroneamente tida como filha de São Pedro), iniciada por seu irmão, e chamada capela dos reis francos. São Paulo I morreu santamente em 28 de junho de 767 e por isso é venerado santo no mesmo dia de sua morte.