A que havia de ser a fundadora das Oblatas do Coração de Jesus, veio ao mundo em Le-Havre-de-Grâce, na França a 14 de maio de 1820, no seio de uma nobre família. Desde os seus 7 anos de idade começa a ser educada por religiosos, primeiro em Châteauroux e a seguir em Paris, no colégio "des Oiseaux", onde lhe incutem a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, característica de sua vida.
Em 1830 foi para a casa de uma tia, a condessa de Raffin, que tratou de dar-lhe uma educação adequada ao seu nível social, sem descurar a formação espiritual. Sentindo-se chamada à vida de perfeição, aos 17 anos e meio fez voto de virgindade. Impressionada com a decadência dos costumes, a condessa de Raffin pretendeu fundar uma associação para difundir a devoção ao Coração de Jesus, que aceitaria pessoas, casadas ou solteiras, dispostas a organizar obras de apostolado em favor do próximo, inclusive um seminário de estudos superiores para jovens chamados à vida sacerdotal. Luísa Teresa entusiasmou-se com o projeto da tia e, em 1843, na capela do colégio «des Oiseaux», fez voto de difundir a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Todavia, um fato doloroso e inesperado lhe bateu à porta no fim desse ano: a 4 de Dezembro morreu a condessa de Raffin. Ficou ela herdeira do projeto da tia e de todos os seus bens. Pouco depois da revolução de 1848, acompanhou a família, que deixou Paris e se estabeleceu em Montluçon. Lá foi nomeada presidente da congregação das Filhas de Maria.
Quando decidiram dedicar-se a obras de caridade, caiu sobre ela o peso do trabalho e das despesas com o atendimento a órfãos, provimento de igrejas pobres, instrução religiosa de crianças de famílias indigentes, etc., . Desejosa de levar por diante o projecto da tia, tentou por todos os meios uma congregação religiosa já existente que quisesse encarregar-se da incumbência.
Vendo baldados os seus esforços, fundou a Pia União das Oblatas do Sagrado Coração de Jesus, cujas regras foram aprovadas pelo Bispo de Moulins, a 21 de Dezembro de 1874. O que foi a vida interior desta bem aventurada, que faleceu em Montluçon no dia 27 de Junho de 1885, é-nos revelado por ela mesma quando diz: «Desde a minha primeira comunhão, permaneci sempre sob a ação divina».