segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Santa Margarida Rainha e Padroeira da Escócia




            No Castelo de Edimburgo, no ano de 1093, Santa Margarida, rainha da Escócia. Com grande consciência, dirigiu a educação humana e cristã de seus muitos filhos, sem negligenciar os deveres de soberana que a levaram, juntamente com o marido, a sustentar a expansão cultural de seu reino.
         Nascida em 1045 na Hungria, filha do Príncipe Edward d’Outremer e de uma princesa alemã de nome Agatha foi criada na corte do Rei Stephen da Hungria (997-1038). Com a idade de 12 anos ela foi para a corte do Rei Edward (1042-1066) mas fugiu para a Escócia em 1066 em seguida a batalha de Hasting.
             Na Escócia, o Rei Malcolm III (1057-1093) deu a ela um abrigo e uma família. Ela se casou com Malcolm em 1070 no castelo de Dumfermline. Diz a tradição que ela construiu uma espécie de casa-hospital no sopé da montanha na qual o seu castelo ficava e cuidava ela mesmo dos doentes. Diz ainda a tradição que ela curava certos doentes apenas com suas preces e sua benção. Sua família se opunha a isto, mas ela insistia que deveria seguir os ensinamentos de Cristo.
            Margarete fundou Abadias e Mosteiros e usou sua posição para trabalhar pela justiça e melhorar as condições dos pobres. Margarete manteve amizade com o seu confessor Prior Turgot, e ela com as suas diretrizes, construiu uma linda Catedral em Durham. Ele havia sido um dos prisioneiros de Willian, o Conquistador, mas fugiu para a Noruega onde ele ensinou musica sacra na corte real. Ele escreveu a história de Santa Margarete em Latim.
            Margarete sempre pregava a oração e a benção à sua família e à sua nação. Ela fazia severa autodisciplina. Repetia o Breviário diariamente, atendia a Missa também diariamente, nos dias de festa de manhã e a noite, e diariamente dava comida a 24 pessoas pobres, antes de tomar o seu café da manhã. Até hoje a oração de benção após as refeições é chamada , na Escócia, de Benção de Santa Margarete! Margarida era uma rainha “piedosa e varonil ao mesmo tempo. 
            Cavalgava gentilmente entre os magnatas, tecia e bordava entre as damas, rezava entre os monges, discutia entre os sábios, e entre os artistas planejava projetos de catedrais e de mosteiros”. Deus abençoou seu matrimônio com oito filhos, seis homens e duas mulheres, todos tendo seguido a senda da mãe. Dois deles –– uma filha, também Margarida, casada com o rei da Inglaterra, e um filho, Davi I, rei da Escócia –– foram elevados à honra dos altares. Salientou-se também pela caridade para com o próximo. Em nossa época, em que tanta demagogia e pouco de concreto realmente se faz pelos pobres, o exemplo de Margarida da Escócia é paradigmático. 
          Diariamente servia com suas próprias mãos a comida a nove meninas órfãs e a 24 anciãos. Durante o Advento e a Quaresma, atendia com o rei –– ambos de joelhos, por respeito a Nosso Senhor Jesus Cristo em seus membros padecentes –– a 300 pobres, servindo-lhes comida da mesa real. Também diariamente a rainha saía pelas ruas, sendo rodeada então por inúmeros órfãos, viúvas e necessitados de toda espécie, que clamavam:“Rainha santa, socorrei-nos”, “Ó nossa mãe, assisti-nos”. 
          Morreu em 16 de novembro de 1093 e foi enterrada no altar em Dunfermline, Escócia. Suas relíquias foram mais tarde, trasladadas para um santuário lá perto, mas a maioria das suas relíquias foram destruídas durante a Reforma protestante e a Revolução francesa. Ela foi canonizada em 1250 e declarada padroeira da Escócia em 1673. Sua festa é celebrada no dia 16 de novembro.