sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Beato Tomás Reggio, arcebispo







          Descendente de nobres, Tomás nasceu na cidade de Gênova, na Itália, em 9 de janeiro de 1818. Aos vinte anos, decidiu dedicar-se à vida religiosa, deixando para trás o luxo e uma carreira brilhante. Escolha essa definitiva, pois, ao receber a ordenação sacerdotal, fez voto de pobreza.
            Apesar da pouca idade, foi nomeado vice-reitor do seminário de Gênova, aos vinte e cinco anos, e logo depois assumiu a titularidade da reitoria. Sua dedicação na formação dos futuros sacerdotes era para que realmente eles estivessem dispostos a um compromisso pleno e total de suas vidas, sem receios, com Deus e com Igreja.
            Em 1877, foi consagrado bispo de uma diocese genovesa muito pobre, chamada Ventimiglia, onde foi um pastor visionário e verdadeiro guia espiritual do seu rebanho. Convocou três sínodos em quinze anos, criou novas paróquias, renovou a liturgia e trabalhou para aumentar a atuação da assistência social aos pobres e doentes da diocese.
          No primeiro ano de seu bispado, fundou a Congregação das Religiosas de Santa Marta, com o objetivo de acolher os mais pobres entre os pobres. Essas religiosas aprenderam com ele a adorar a Deus em silêncio, a alimentar-se da oração, a encontrar, de joelhos, as razões de uma fé que faz descobrir Cristo nos mais necessitados. Mais tarde, dom Tomás direcionou a Congregação das Religiosas de Santa Marta para servir como enfermeiras nos asilos, orfanatos e hospitais de misericórdia.
            Apesar da idade avançada, quando um terremoto devastou a região dom Tomás agiu rapidamente. Pedindo ajuda financeira aos nobres locais, imediatamente construiu um orfanato e um hospital, que foram entregues aos cuidados de suas religiosas. Também conseguiu verba para reconstruir sua diocese, recuperando todas as igrejas e paróquias atingidas pela catástrofe.
            O papa Leão XIII nomeou dom Tomás arcebispo de Gênova quando ele já contava com setenta e quatro anos de idade. Apesar das dificuldades, entrou em ação e criou a Pontifícia Faculdade Católica de Direito e a Escola Superior de Religião.
            Foi ele também que celebrou em Roma o ritual religioso para o sepultamento do rei Humberto I, assassinado em Monza em 1900. No ano seguinte, aceitou o convite para a festa de inauguração da estátua do Redentor instalada no alto do monte de uma cidade de sua diocese. Quando viajava, como sempre na terceira classe de um trem, passou mal e não conseguiu chegar ao destino. Morreu, na cidade de Triora, em 22 de novembro de 1901.
           O papa João Paulo II proclamou-o bem-aventurado no ano jubilar de 2000. As suas filhas, Religiosas de Santa Marta, hoje se encontram servindo em muitos países de todos os continentes, até no Brasil. Por isso a festa que celebra a sua lembrança, e que ocorre no dia de sua morte, é muito comemorada pelos fiéis.