quinta-feira, 18 de abril de 2013

Santo Apolônio de Roma, mártir


         Santo Apolônio, o Apologista ou Santo Apolônio de Roma foi um mártir crisão e um apologista (não deve ser confundido Apolinário Cláudio, que foi um apologista contemporâneo), que foi martirizado em 185 d.C sob o imperador romano Cômodo (161-192 d.C).
            Quatro diferentes fontes falam sobre Santo Apolônio de Roma:
  • Um relato de um julgamento incorporado na História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia;
  • No capítulo 40 de De Viris Illustribus, de São Jerônimo;
  • Duas versões de Passsio, de Apolônio, uma grega e outra armênia, que foram descobertas no final do século XIX.
         Estas fontes apresentam Apolônio como um romano ilustre e até mesmo um senador, e um homem excepcionalmente talentoso, versado em filosofia. Ele foi denunciado como cristão ao prefeito pretoriano Perennius. Convocado a se defender, ele leu ao Senado - segundo São Jerônimo - "um admirável volume" em que, ao invés de negar, ele defendeu sua fé cristã. Como resultado, ele foi condenado à morte com base na lei outorgada pelo imperador Trajano. 
        As fontes dizem que ele foi submetido à duas investigações, a primeira pelo prefeito Perennius, a segunda, três dias depois, por um grupo de senadores e juristas. As audições foram conduzidas com calma e de maneira cortês. Foi permitido que Apolônio falasse, com raras interrupções cujo objetivo era fazer com que ele diminuísse o tom de suas afirmações e que o faziam parecer cada vez mais passível de punição.
       Apolônio não estava com medo de morrer, pois, disse ele: "Há algo melhor esperando por mim: vida eterna, dada à quem viveu bem na terra". E ele argumentava em favor da superioridade dos conceitos de vida e morte do Cristianismo.
       As fontes discordam sobre como ele morreu. Passio afirma que ele morreu após ter suas pernas esmagadas, uma punição também infligida sobre o escravo que denunciou. Na versão armênia, ele foi decapitado.
    Apolônio não foi mencionado nos primeiros martirológios cristãos, não sendo inicialmente objeto de veneração. Na idade Média, ele foi confundido com dois outros santos, Apolo de Alexandria e um Apolônio que foi martirizado juntamente com São Valentim e cuja festa é no dia 18 de abril. Como resultado, esta data acabou atribuída também a Santo Apolônio de Roma, mesmo em edições do Martirológio Romano, em cuja última edição, porém, a data já havia sido corrigida para 21 de abril.
       As primeiras edições do Martirológio Romano (21 de abril) relatam o seguinte:

"Em Roma, comemoração de Santo Apolônio, filósofo e mártir. Sob o emperador Cômodo, ele defendeu perante o prefeito Perennius e o Senado a causa da fé cristã em um discurso muito fino e, então, após ter sido condenado à morte, confirmou-o pelo seu testemunho de sangue."
       Versões anteriores da obra tinham, no verbete de 18 de abril, o seguinte texto:

"Em Roma, o abençoado Apolônio, um senador sob o imperador Cômodo e o prefeito Perennius. Ele foi denunciado como cristão por um de seus escravos e, tendo sido comandado a dar um relato de sua fé, ele compôs uma hábil composição que ele leu perante o Senado. Ele foi mesmo assim condenado a ser decapitado por Cristo por sua sentença".