sábado, 27 de abril de 2013

Santa Zita



Natural de  Montesegradi (Itália), filha de  pais pobres mas honestos e piedosos, nasceu Zita em 1212 e, graças à sólida educação que recebeu na casa paterna, bem cedo seguiu o caminho da  virtude e da  perfeição cristã. Zita era uma menina,  por sua mansidão e modéstia de  todos querida.  Educada no santo temor de Deus, pouco falava, tanto mais trabalhando  e conservando sua alma em constante recolhimento. Tendo doze anos, se empregou na casa  de  um nobre, senhor de  nome Pagano di Fatineli, que residia perto da igreja de São Fridigiano, na cidade de Luca. Bem cedo, antes dos outros levantarem-se, ia à igreja assistir à missa. À hora marcada infalivelmente se  achava  no seu trabalho. 48 anos serviu Zita àquela família, sempre com a  mesma pontualidade e dedicação. 
"Quatro são as principais qualidades, que uma  empregada deve ter - costumava ela dizer : temor de Deus, obediência, fidelidade e amor ao trabalho".  Zita possuía  todos estes predicados no mais alto grau. 
O que  nela mais se admirava, era a paciência e o bom humor, que a acompanhavam  em toda a  parte, e a submissão a seus  patrões, mesmo nas condições mais difíceis. O tempo que lhe restava de seus afazeres, empregava-o com orações e boa leitura, não deixando nunca de elevar seu espírito a  Deus também no meio do trabalho.  
Zita fugia dos divertimentos profanos;  tanto maior  era  seu amor  à oração e à penitência. O jejum e as  esmolas faziam parte de sua vida.   O cilício o tinha em uso constante, e para dar descanso ao corpo, o leito era substituído por umas duras tábuas. Pessoas  que a conheciam de perto, testemunharam terem-na visto  freqüentes vezes em  estado de êxtase. 
Fatos admiráveis e  extraordinários em grande número provam com quanto agrado Deus olhava para as  obras  de sua serva Zita. Certa vez, um mendigo pediu a esta um copo de vinho. Zita, não dispondo de  nenhuma  gota desta bebida para servir ao pobre, foi com o cântaro à fonte, e cheio deu-o ao mendigo. Este não pouco se admirou quando, levando-o à boca, provou um vinho delicioso.  
As frutas  no celeiro, a farinha na  dispensa multiplicavam-se nas mãos de Zita todas as vezes que, com licença  dos patrões, tirava um tanto para seus pobres. Certa ocasião, quando todos  iam assistir  à missa do galo na noite de Natal, fazendo um frio intensíssimo, o patrão de Zita ofereceu-lhe  sua pelúcia. Zita aceitou-a, mas  para dá-la a  um pobre que tiritava de frio.  Disse-lhe, porém, que  no fim da missa, devia restituir. Terminada a missa o pobre não apareceu e Zita teve de voltar para casa sem a pelúcia  e que lhe importou forte censura do patrão.  Pelo meio dia à hora do jantar, veio o  pobre, e com muitos agradecimentos entregou a  pelúcia retirando-se. O patrão ao ver isto, começou a  formar conceito mais  elevado de sua empregada. 
Jamais  alguém a viu encolerizada. Só se  em sua presença alguém se  atrevia a  dizer uma palavra que ofendesse  a virtude angélica, Zita não continha  sua indignação.  A um jovem que menos respeitosamente se atrevera a aproximar-se de  sua pessoa com malícia , aplicou-lhe uma forte bofetada, pondo imediato fim aos  seus intentos. 
Quanto Zita chegou a completar sessenta anos, quiseram seus amos aliviá-la em seu trabalho, a que  a santa empregada  se  opôs. 
Deus, porém,  mandou-lhe sinais indubitáveis de sua próxima  morte.  Zita preparou-se então santamente para a última recepção dos santos sacramentos. No dia  27 de  abril de1272, sua alma voou  para o Céu.   Neste  dia, apareceu sobre sua morada uma estrela de brilho extraordinário. As crianças do lugar,vendo-a , exclamaram:  "De certo morreu a  Santa Zita, vamos vê-la".  Seu corpo foi depositado na igreja de São Fridigiano. 
No ano de  1580 foi aberto o  túmulo e o corpo encontrado intacto. Muitos  milagres foram  registrados  no lugar de sua sepultura. Santa Zita foi canonizada pelo Papa Inocêncio XII.