domingo, 7 de abril de 2013

Santa Gladys, rainha e eremita


         

          O nome Gladys (ou Gwladys, em galês) etimologicamente significa "lírio, gladíolo"
           A vida desta rainha galesa, do início do século VI, tornou-se conhecida por meio da Vida de seu marido, São Gunleu (ou Gwynllyw), escrita cerca de 1130, e de uma Vida de seu filho, São Cadoc, do século XI. 
          Gladys era a filha mais velha dos 24 filhos de Brychan de Brecknock e foi dada por esposa ao rei de Gales, Gunleu.
          Gladys e Gunleu tiveram os seguintes filhos: Cadoc, Cynidr, Bugi, Cyfyw, Maches, Gladys II e Egwine. Segundo os relatos, os primeiros anos de matrimônio de Gladys estavam longe de serem exemplares. 
         Entretanto, o filho, Cadoc, persuadiu-a a emendar-se. Depois de sua conversão, pelo exemplo e a exortação de seu filho, ela e Gunleu viveram uma vida austera.
        À pedido de seu filho, Gunleu retirou-se para o local chamado hoje Stow Hill (Newport, Gales do Sul), onde existe uma antiga igreja dedicada a São Wooloo. Gladys acompanhou o marido na vida eremítica e por algum tempo eles viveram juntos naquele local, jejuando, alimentando-se de vegetais, banhando-se nas frias águas do Usk para provar sua piedade.
       Embora ambos levassem uma vida de penitência, Cadoc obrigou-os a ficarem completamente separados, e Gladys foi para um local ainda mais solitário em Pencarn, Bassaleg, provavelmente o local hoje da Pont Ebbw, onde construiu uma igreja em honra da Ssma. Virgem.
           Mais tarde, aconselhada por Cadoc, ela mudou-se para Capel Wladus, em Gelligaer. Foram relatados milagres que aconteceram nos tempos de Santo Eduardo o Confessor e Guilherme I.
           A festa de Santa Gladys e de seu esposo foi fixada no dia 29 de março, e ambos são recordados em várias igrejas de Gales.