domingo, 7 de abril de 2013

Beata Francisca Théhet, religiosa e mártir

       

       Francisca nasceu em Saint-Mars-sur-la-Futaie no dia 8 de abril de 1756, em uma nobre família proprietária de terras. Professou os votos religiosos na Congregação das Irmãs da Caridade de Nossa Senhora de Evron, dedicada à educação das jovens e à várias obras de caridade. Devido ao hábito característico de cor cinza, as religiosas deste Instituto eram chamadas de “as irmãzinhas cinza”.
     Em 1783 Francisca foi enviada a Saint-Pierre-des-Landes para abrir uma escola paroquial e logo conseguiu uma auxiliar na pessoa da Irmã Jeanne Véron. As duas religiosas ensinavam e se dedicavam também ao atendimento dos doentes.
     Francisca tinha um caráter muito forte e com a sua vivaz inteligência pressagiou os males que logo viriam com a Revolução Francesa, não apenas para a Igreja, mas para toda a nação.
     Embora não houvesse denúncia ou reclamação contra as duas Irmãs, elas foram inseridas em uma lista de condenados a guilhotina, e por isso foram aprisionadas do final de fevereiro até os primeiros dias de março de 1794. Ambas foram detidas em Ernée: Francisca na prisão e Jeanne no hospital.
     No dia 13 de março Francisca foi chamada a comparecer diante do tribunal dito “Comissão Clément”, onde foi acusada de ter ajudado a monarquia. Ela respondeu que tanto os vandeanos fieis ao soberano como os revolucionários eram todos seus irmãos em Jesus Cristo e consequentemente ela não recusava a nenhum a sua generosa ajuda. Foi-lhe então mandado que gritasse: “Longa vida a República!”, mas a religiosa recusou fazê-lo e foi então definitivamente condenada. O veredito da comissão a acusou de ter “escondido sacerdotes refratários e ajudado os revoltosos vandeanos”.
       A trágica execução ocorreu no mesmo dia e Francisca subiu o patíbulo cantando a Salve Regina. Tinha 37 anos. Sete dias depois Jeanne Véron também foi guilhotinada.
        Seus despojos são venerados na igreja de Saint-Pierre-des-Landes desde 1814. Ambas foram beatificadas em 19 de junho de 1955, junto com outros mártires da Diocese de Laval.