Tiago, natural de Lódi, Itália, entregou-se, depois da morte do pai, a toda a espécie de prazeres, em combinação com a mulher, tão frívola como ele. Uma peste, que atacou a sua cidade, obrigou-o a refugiar.-se momentaneamente em casa do sogro. Entrou numa igreja dedicada a S. Marcos e viu-se repentinamente mudado. Com grande pasmo do sogro, Tiago entregou-se desse esse momento a práticas de devoção.
Manifestou o projeto de deixar a esposa para entrar na ordem terceira de S. Francisco, mas opôs-se a mãe dele. Passado todavia algum tempo, ela consentiu, e mais: fez-se também ela terceira com a sua piora. Tiago transformou então a casa num oratório que dedicou a S. Julião, vendeu todos os seus outros bens, distribuiu o preço pelos pobres e juntou a si vários companheiros. as obras que realizou excitaram a inveja dos franciscanos: estes obrigaram-no a afastar-se deles.
Retirou-se para um arrabalde de Lódi, onde se encontrava numa igreja dedicada a S. Bassiano. passou lá uma vida muito austera, mas foi obrigado a aceitar algumas mitigações. No meio das discórdias que agitavam Lódi, anunciou ele que a cidade seria devastada; deu exemplo de fuga, mas voltou para socorrer os prisioneiros, em cuja salvação se interessa.
Contraiu uma doença, negou-se a recorrer a certos feitiços para recuperar a saúde e teve uma santa morte em 1404.
O corpo foi sepultado no oratório de S. Julião. Sete anos depois, foi encontrado sem nenhuma corrupção. Devem-se numerosos milagres à intercessão deste Beato.