domingo, 7 de julho de 2013

Santa Darerca de Killeavy, abadessa


Killeavy

     Um dos mais importantes e antigos conventos da Irlanda foi fundado por Santa Darerca (ou Moninna) no século V. Ela construiu o Convento em Killeavy ao pé do Gullion Slieve e foi enterrada ali sob uma laje de granito no adro da igreja. Ainda hoje existe um poço dedicado a ela nas encostas do Gullion Slieve. Apesar de saqueado pelos vikings em 923, a vida monástica continuou no local e foi ocupado por freiras Agostinianas até 1542. A grande pedra de granito no cemitério arborizado marca o túmulo desta Santa para que os seus devotos o visitem em peregrinação para rezar pelos enfermos.

A Santa

     Santa Darerca (ou Moninna) de Killeavy foi uma das primeiras santas da Irlanda. Uma tradição diz que ela ganhou o nome "Moninna" quando curou um homem mudo e a primeira palavra que ele pronunciou foi "Ninna, Ninna"; diz-se também que quando ela era um bebê a primeira palavra que ela disse foi Ninna. Há versões do nome desta Santa, por exemplo, Darerca, Blinne ou Moninna, que significa em irlandês "minha filha".
     Após instrução na vida religiosa, Darerca fundou uma comunidade inicialmente composta por oito virgens e uma viúva com um bebê, em Sliabh Gullion, Armagh. Elas levavam uma vida eremítica baseada na de Santo Elias e de São João Batista.
     Moninna nasceu por volta de 432. Seu pai era Machta, rei do território de Louth de Armagh, e sua mãe era Comwi ou Coman, filha de um dos reis do norte. Diz-se que ela foi batizada e confirmada por São Patricio. Quando este Santo estava passando pelas terras de Machta, ele parou na casa de seus pais e previu que o nome Moninna iria ser lembrado ao longo dos tempos. É tradição também que ela teria sido consagrada a Deus por São Patricio. Ela trabalhou com Santa Brígida de Kildare por um tempo e elas se tornaram amigas íntimas
     Moninna tinha um irmão mais novo, Ronan, também um missionário. Ele tornou-se bispo e foi abade de Luncarty, perto de Dundeein, Escócia. Após Moninna ter trabalhado por sete anos em Staffordshire, São Patricio a enviou para a Escócia. Ali ela fez uma visita ao seu irmão, e então continuou seu trabalho de difusão do Evangelho fundando comunidades de freiras, que atendiam os doentes e os pobres.
     Na Escócia ela construiu igrejas em nome de Cristo. Um escritor do século 12 nos dá uma lista, ele escreve: "Ela também foi para a Escócia, onde ela construiu igrejas em nome de Cristo Estes são os seus nomes: Chilnecase (agora Whithorn) em Galloyway; outra sobre o cume da colina, que é chamado Dundeneval (agora Dundonald); uma terceira em outro morro, Dumbarton; uma quarta em uma fortaleza chamada Stirling; ainda uma quinta em Dunedin, que em Inglês é chamado Edeneburg; uma sexta na colina de Dunpeleder, e de lá ela cruzou o mar, em Albainn, a Santo André. Depois disto ela foi Alyth, onde há ainda uma bela igreja que ela construiu".
     No fim da vida ela se retirou para Killeavy, onde fundara um convento. Ela morreu por volta do ano 518. Santa Moninna foi sepultada em Killeavy e uma placa de granito foi colocada sobre seu túmulo.
     Nas encostas do Slieve Gullion há um poço sagrado chamado de Poço de Santa Moninna. É marcado por uma grande cruz branca. Em 1928, um santuário foi colocado sobre o poço com uma imagem da Virgem Maria. Na inscrição do poço se lê "Tobhar Naoimh Blathnaidh".
     Na região de Killeavy há ainda hoje uma grande devoção a Santa Moninna e as pessoas visitam o seu poço sagrado e sua sepultura, e a água desse poço cura problemas dos olhos e outras doenças. Santa Moninna é uma santa cujo carinho feminino cuida de todos e, como disse São Patricio, seu nome ainda é lembrado até os dias atuais.
     Moninna é celebrada em 6 de julho que é marcado por peregrinos que visitam o seu santuário em Killeavy.