terça-feira, 30 de julho de 2013

Beata Clara (Sancha de Maiorca), rainha


     
      Segundo a Crônica piniatense, Sancha era a segunda filha do Rei de Maiorca, Tiago II, e foi casada com o Rei de Nápoles, Roberto de Anjou.
     Em 17 de junho de 1304, em Rossiglione, Sancha desposou Roberto de Anjou, o filho mais velho de Carlos II de Anjou e de Maria Arpad da Hungria, herdeiro do trono de Nápoles. Roberto perdera, na idade de 27 anos (1302) a sua primeira esposa, Iolanda de Aragão, filha de Pedro III de Aragão e de Constância de Hohenstaufen.
     À morte de Carlos II, ocorrida em 5 de maio de 1309, Roberto sucedeu-o no trono e Sancha tornou-se assim rainha até a morte do marido. Sancha recebeu do marido o senhorio de Potenza, Venosa, Lanciano, Alessa e San Angelo no dia 2 de agosto de 1311.
     A piedosa rainha mandou construir em Nápoles o convento de Santa Clara com uma esplêndida igreja anexa. Nesta igreja seu esposo, falecido em 20 de janeiro de 1344, foi sepultado. Sucedeu Roberto a sobrinha, Joana de Aragão, enquanto Sancha, por expressa vontade do esposo, foi nomeada tutora da nova rainha, que tinha dezesseis anos.
     Sancha, pouco depois, obrigada a deixar a corte, se retirou no Mosteiro de Santa Maria da Cruz, em Nápoles, onde, em 1344, professou e tomou o nome de Irmã Clara.
     Sancha faleceu em odor de santidade em 28 de julho de 1345 e foi sepultada perto do altar mor da igreja do Mosteiro de Santa Maria da Cruz. Seus despojos foram transferidos posteriormente para a igreja de Santa Clara. Embora não tenha sido oficialmente beatificada, é venerada como beata pelos franciscanos e é celebrada no dia 28 de julho no Martirológio da Ordem.