sábado, 27 de julho de 2013

Santa Bartolomea Capitanio, fundadora


     Bartolomea Capitanio nasceu em Lovere, Bérgamo, na região da Lombardia no norte da Itália, no dia 13 de janeiro de 1807, filha de Modesto e de Catarina Canossi.


     Desde menina, Santa Bartolomea se mostrou precoce e esperta, e com grande interesse por ensinar. Com todo seu afã por aprender, aos 11 anos ingressou no Mosteiro das Clarissas de Lovere, e em 1822 obteve o diploma de educadora. Naquele educandário, graças à direção de uma superiora culta e piedosa, Irmã Francisca Parpani, Bartolomea fez grandes progressos nos estudos e na via da perfeição. Dois anos depois voltou para casa, onde abriu uma pequena escola para meninas pobres.
     Rica de dons e naturalmente expansiva, Bartolomea não tardou a voltar sua atenção para outro campo de apostolado: a juventude feminina, na qual as ideias péssimas da Revolução Francesa tinham deixado sinais de ruína e falta de orientação moral.
     Devido sua atividade pedagógica manteve contato com outra pessoa também original de Lovere, e que como ela atingiria a santidade. De fato, Santa Bartolomea Capitanio entrou em contato com Santa Vicência Gerosa (1784-1847) (28 de junho), a qual seria sua amiga, companheira e com quem executaria seus planos. Em 1829, Santa Bartolomea começou a trabalhar como diretora no hospital para pobres que tinha sido fundado pelas irmãs Gerosa na mesma cidade de Lovere.
     Durante os exercícios espirituais feitos em Sellere, em 1829, Bartolomea escreveu a Regra de uma nova Instituição, para a qual havia conquistado a adesão de Vicência Gerosa. Quando estas duas amigas se conhecem mais intimamente e trocam ideias, ambas contemplam a grandiosa possibilidade de trabalharem juntas pela juventude, principalmente pelas jovens.
     Assim, fundam a Congregação das Irmãs de Maria Menina, em 1832, instalando-se em um antigo edifício abandonado que tinha o nome de Casa Gaya, e que as pessoas começaram a chamar "o Conventinho".
     Após terem feito os votos solenes de pobreza, obediência e caridade, ofereceram a si mesmas ao serviço dos pobres. Na nova casa se concentraram as obras já iniciadas por Bartolomea: a escola gratuita para as filhas do povo, o orfanato com dez alunas, as reuniões festivas, as pias uniões e a assistência a quantos buscassem ajuda moral e material.
     Em 22 de junho de 1833, Bartolomea e Vicência apresentam o Capítulo Jurídico em catorze artigos, declarando unir-se em sociedade legal, que foi reconhecida pelo governo austríaco (a região então fora anexada a Áustria).
     A obra de ambas foi crescendo com uma rapidez assombrosa, acolhendo cada vez mais discípulas. Entretanto, Bartolomea somente pode dedicar-se à sua fundação por pouco tempo: no dia 26 de julho de 1833, a morte interrompia sua existência breve de anos, mas rica de obras.
     Santa Bartolomea Capitanio destacou-se na perfeição do serviço ao próximo. Foi canonizada junto com Santa Vicência Gerosa em 1950 pelo Papa Pio XII.
     Com a morte de Bartolomea o Instituto parecia que iria naufragar, mas foi se desenvolvendo lentamente, e sem interrupção. Em 21 de novembro de 1835 teve lugar a vestição solene das primeiras Irmãs e a eleição de Vicência Gerosa como superiora. Em 21 de maio de 1837 fundou-se o orfanato de Santa Clara em Bérgamo; em 29 de junho de 1840 o Instituto recebeu a aprovação da Santa Sé e em fevereiro de 1841 a aprovação definitiva da Corte de Viena. Em 12 de março de 1842 foi criada a primeira fundação em Milão; em 7 de fevereiro de 1860 as quatro primeiras Irmãs missionárias partiram para a Índia (Bengala), chamadas por Mons. Marinoni. As Irmãs de Maria Menina são hoje cerca de dez mil, compreendendo setecentas casas.

Martirologio Romano: Em Lovere, da Lombardía, Santa Bartolomea Capitanio, virgem, fundadora junto com Santa Vicência Gerosa do Instituto das Irmãs da Caridade de Maria Menina. Morreu aos vinte e sete anos, atacada pela tuberculose ou melhor consumida por sua caridade (1833).


Lápide comemorativa afixada na casa em que a Santa nasceu em Lovere