Sua família era endinheirada e generosa com os pobres. Nasceu com um sinal particular: tinha uma cruz bem delineada no exterior de sua mão direita, com uma flor de lis em cada ponta. Cursou estudos elementares e depois gramática e latim; no entanto, a pregação dos padres dominicanos inspiraram sua vocação ao sacerdócio. Ingressou em dita ordem (1528), onde praticou a penitência e a mortificação que o caracterizaram. Depois de sua ordenação sacerdotal continuou estudos em Batalha.
Em 1551 assistiu com seu provincial ao Capítulo Geral em Salamanca (Espanha), donde recebeu o doutorado em sagrada teologia. Desempenhou o cargo de prior no convento de Benfica (Lisboa) e anos depois, por obediência, foi bispo em Braga (1559). Seu zelo pastoral infundiu na freguesia o amor a Deus, por meio da oração e da contemplação; mesmo assim, corrigiu com firmeza, os costumes incorretos do clero e do povo.
Participou no concílio de Trento (1561) e, ao regressar a Braga, convocou o IV concílio provincial (1564) para dar a conhecer os decretos de Trento. Renunciou ao arcebispado (1581) e fez vida de retiro no convento de Viana do Castelo (Portugal) até sua morte acontecida em 16 de Julho de 1590. Foi sepultado neste lugar, onde em 1609 colocaram suas relíquias num mausoléu. Sua Santidade, o Papa João Paulo II o beatificou em 4 de Novembro de 2001.