Carauno, também conhecido como Cheron, terá nascido na Gália (França) no seio de uma família de ascendência romana, no século V. É provável que os seus pais fossem cristãos. Após a morte dos pais, Carauno, ainda jovem, tornou-se eremita. A notícia da sua santidade depressa se espalhou e chamou a atenção de um Bispo local que o nomeou diácono de uma igreja.
Carauno mostrava talento para o trabalho missionário e foi ordenado padre. Incumbido de criar uma comunidade cristã na Gália, Carauno pregou em diferentes províncias. Mas atravessavam-se tempos difíceis. A presença romana na Gália sofrera um rude golpe com as brutas invasões de tribos germânicas.
Em 475, porém, a situação começou a melhorar, em especial após as vitórias de Clóvis, rei dos Francos, que se convertera ao Cristianismo. Juntamente com Remígio, Arcebispo de Reims, Clóvis tentou converter os francos. A missão final de Carauno levou-o à região de Chartres.
Carauno prosseguiu a obra anteriormente levada a cabo por Potêncio e Altino. Diz-se que obteve grande êxito na conversão dos francos. Após o período de anarquia do início do século V, as comunidades cristãs eram pequenas, mas Carauno acabou por atrair mais interessados.
Um certo dia, numa viagem a Paris, foi assaltado por um bando de foragidos. Vendo que ele nada tinha para roubar, os bandidos decapitaram-no. Os seus restos mortais foram guardados numa abadia de Chartres, entretanto destruída.
Vida de São Caruano, nos vitrais da Catedral de Chartres, França