Sepulcro de São Servácio, em Maastricht, Holanda
Basílica de São Servácio em Maastricht
Apesar de ser possivelmente de origem arménia, Servácio tornou-se Bispo de Tongres, na Holanda, e foi o seu primeiro evangelizador. Foi também uma importante figura naquele que foi um dos mais importantes conflitos do seu tempo e que consumiu o Império Romano com um emaranhado de intrigas políticas e eclesiásticas.
Cerca de 319, um sacerdote de nome Ário espalhou a crença de que Cristo não era divino. Para resolver esta questão, o Imperador Constantino convocou o Concílio de Niceia, em 325. Os Bispos no concílio condenaram a chamada heresia ariana ou Arianismo e publicaram o Credo de Niceia em defesa da ortodoxia. Mas a heresia ganhou força e dividiu a Igreja durante várias décadas. Firme no anti-Arianismo, Servácio combateu a heresia e reforçou os ensinamentos ortodoxos da Igreja.
Guardião da ortodoxia – Servácio apoiava Atanásio, Bispo de Alexandria, que recusava qualquer compromisso com os que acreditavam no Arianismo. Quando Atanásio foi exilado da sua sé por Constantino e seus sucessores, Servácio deu guarida ao amigo. Também defendeu corajosamente o Credo de Niceia nos Concílios de Sárdica e de Rimini em meados do século V, mas falharam as suas tentativas de reconciliar os 2 Imperadores em guerra, Magnêncio e Constâncio II.
Servácio preocupava-se com a sua diocese. A sua localização na fronteira do império tornava-a vulnerável a ataques. Diz-se que teria profetizado a invasão da Gália pelos hunos, que inspirou a sua peregrinação a Roma em busca de ajuda. Apesar dos seus jejuns e orações implorando misericórdia divina, os hunos saquearam Tongres durante o último ano de vida de Servácio.