quinta-feira, 17 de maio de 2012

Beata Antonia Mesina, virgem e mártir


        Antonia, segunda de dez filhos de Agostinho Mesina e de Graça Rubanu, nasceu a 21 de junho de 1919, em Orgosolo, na província de Nuoro. Foi batizada na paróquia de São Pedro, originária do século XIV, e, como era uso então, foi crismada a 10 de novembro de 1920, quando tinha menos de dois anos de idade. Aos sete anos fez a Primeira Comunhão.
          A família, de condição modesta, era sustentada pelo pai que era guarda campestre, o que já era alguma coisa na carente economia de Orgosolo, região das colinas da Barbagia (alt. 620m), ao norte dos montes do Gennargentu, com as suas características casinhas, e cujas principais fontes de renda dos habitantes eram o pastoreio e a exploração dos bosques circunstantes.
       Antonia Mesina se formou na escola da Juventude Feminina da Ação Católica e de 1929 a 1931 fez parte dela como ‘benjamina’, e de 1934 a 1935, como sócia efetiva. Era de uma piedade simples e fervorosa, generosa na dedicação à sua família, respeitosa e caridosa com todos.
        De caráter reservado, típico da personalidade das mulheres da sua região, evitou tudo aquilo que pudesse ofuscar o seu bom nome e a sua modéstia. Participou com espontaneidade dos eventos de Orgosolo: uma foto a retrata usando o belíssimo traje usado pelas senhoras nas tradicionais festas da Assunção (15 agosto) e de S. Ananias (primeiro domingo de junho).
         No dia 17 de maio de 1935, após ter assistido a Santa Missa na paróquia de São Pedro e ter recebido a Santa Comunhão, foi ao bosque dos arredores para recolher lenha, segundo o costume, para atender às necessidades da família. Acompanhava-a uma amiga, Ana Castangia.
       Encontrava-se na localidade “Obadduthal” quando um jovem da sua região a abordou tentando-a e convidando-a a cometer pecado, mas ela não aceita e resiste à sua paixão insana. O jovem, cego diante da recusa, a agride com violência, massacrando-a com golpes de pedra. Foram contadas 74 feridas.
        Assim morre Antonia Mesina, defendendo a sua pureza, com apenas 16 anos, impregnando aquela nobre e antiga terra da Barbagia com o seu sangue inocente, tornando-se uma flor a ser admirada pelo povo de Orgosolo, que participou em massa, no dia 19 de maio de 1935, dos solenes funerais.
       A 22 de setembro de 1978, a Santa Sé aprovou o início do processo para a sua canonização. O papa João Paulo II beatificou esta filha da Sardenha no dia 4 de outubro de 1987.

Beata Antonia Mesina