quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Santa Elisabete Ana Bayley Seton, viúva e fundadora




            Elisabete Ana Bayley nasceu em Nova Iorque, onde cresceu e constituiu família dentro do protestantismo anticatólico dos Estados Unidos, no final do século dezoito. Catarina sua mãe, era filha de pastor anglicano e Ricardo seu pai, era um médico famoso e muito bem conceituado na comunidade. A menina veio ao mundo no dia 28 de agosto de 1774.
          A infância de Elisabete foi muito infeliz, perdeu a mãe aos três anos de idade e sua madrasta a maltratou por anos e anos. Ela cresceu solitária pois, seu pai só pensava em seus compromissos profissionais, dando-lhe pouca atenção. Seu consolo era a Bíblia, que lia muito e sobre cujos ensinamentos meditava achando a paz. Enfim, aos dezenove anos casou-se com Guilherme Selton, um rico comerciante nova-iorquino e teve cinco filhos.
         Mas uma grave tuberculose que acometeu o marido mudou sua vida. A família se transferiu para a Itália, onde ele esperava encontrar a cura. Lá ficaram hospedados na casa de uma família italiana, a dos amigos Felicchi. A cura do marido não veio e ele acabou falecendo. Entretanto, durante o tempo em que ficou naquela residência e país, Elisabete conheceu o catolicismo e se converteu. Era o ano 1805.
         Ao voltar para a pátria, viúva e com os filhos para criar, seu calvário só aumentou. Contou sobre sua conversão à família, sendo então desprezada e depois abandonada. O mesmo o fez a sua comunidade. Elisabete, então com vinte e nove anos, passou inúmeras dificuldades materiais, sentindo na pele a marginalização a que era relegada a minoria católica. Até seus filhos deixaram de ter acesso à escola.
         Elisabete, seguindo a orientação do Arcebispo de Baltimore e unindo-se a uma amiga de fé, Cecília da Filadélfia, criou em 1808, apesar de toda a oposição já citada, a primeira escola paroquial nos Estados Unidos. Esta escola de Baltimore é considerada um marco que muito contribuiria nos anos seguintes para a expansão da Igreja Católica naquele país.
         Em junho de 1809, sempre sob a orientação do Arcebispo, ela fundou uma nova instituição religiosa feminina totalmente norte americana, a Ordem das Irmãs de Caridade de São José, para a qual doou todos os seus bens. A instituição, com a finalidade de proporcionar: educação cristã e cura de doentes, progrediu rapidamente. Assim, em 1812 obteve aprovação canônica para seguir as regras de São Vicente de Paulo. Atualmente a Ordem continuam cumprindo com suas funções em todo o território dos Estados Unidos e alguns países da América Latina, contando com milhares de integrantes.
         Ainda jovem, aos quarenta e sete anos de idade, Elisabete Ana Bayley Selton morreu no convento de Maryland no dia 4 de janeiro de 1821. Ela foi a primeira cidadã norte americana a ser beatificada, em 1963, pelo Papa João XXIII. Depois, foi canonizada pelo Papa Paulo VI, em 1975, não por acaso no Ano Internacional da Mulher.


Santuário de Santa Elisabete Ana Bayley Seton em Nova Iorque


Basílica de Santa Elisabete Ana Bayley Seton, em Emmitsburg, no estado de Maryland, Estados Unidos onde se encontram os restos mortais da santa americana.