quinta-feira, 12 de julho de 2012

São João Jones, mártir

 
 
            O condado de Carnarvon encontra-se a noroeste do País de Gales. Foi muito tempo o reduto da independência galesa, mas no fim do século XIII teve de ceder diante dos ingleses. Foi neste campo de resistência que nasceu, duma boa família católica, João Jones, que dispôs que o chamassem Buckley enquanto desempenhava a sua missão apostólica.
           Entrou nos Franciscanos conventuais e depois transferiu-se para Roma, vivendo entre os Franciscanos de observância, que trabalhavam em Santa Maria do Capitólio, a Ara Coeli.
           Em 1592 foi enviado, a seu pedido, para a missão inglesa e residiu algum tempo em Londres. Em 1596, foi preso por ordem do caçador de padres Topaliffe e torturado cruelmente. Esteve encarcerado dois anos e teve a alegria de reconduzir à Igreja romana João Rigby, supliciado em 1600.
           A 3 de Julho de 1598 foi o beato João julgado; acusavam-no de ter recebido ordens do estrangeiro e ter entrado indevidamente no reino. Afirmou que não cometera nunca traição e formulou o voto de que o seu caso fosse entregue à consciência dos juízes e não a um júri ignorante e brutal. Citaram-lhe um artigo de legislação de Isabel, a que responde nobremente: «Se é crime, devo eu ser o primeiro a acusar-me ; porque sou padre e vim à Inglaterra para ganhar o maior número de almas possível para Cristo». O local da execução foi fixado nos bebedouros de S. Tomás onde antigamente os peregrinos de S. Tomás Becket faziam a primeira paragem e levavam os cavalos a um vau. O mártir foi arrastado para esse local numa grade. Mas o algoz esquecera-se da corda, e foi precisa uma hora para a trazer.
           O Beato João falou entretanto ao povo e afirmou que todos os dias rezava pela rainha. A cabeça do franciscano veio a ser exposta em Southwark, bairro meridional da cidade; e os membros foram colocados ao lado das duas estradas de Lambeth e de Newington. Isto no ano de 1598. João Jones foi beatificado em 1929 por Pio XI