domingo, 8 de julho de 2012

Santos Áquila e Priscila, discípulos de São Paulo

        


          Na Primeira Epístola aos Coríntios, escrita pelo apóstolo durante sua estada em Éfeso, quando hóspede do casal Áquila e Priscila, lê-se no final: "Áquila e Priscila, bem como a igreja que se reúne na casa deles, saúdam-vos efusivamente no Senhor".
               De fato, o encontro com o casal se dera em Corinto, em 51, no decurso da segunda viagem missionária de Paulo. Fabricante de tendas e de esteiras como eles, o Apóstolo logo encontrou hospitalidade e trabalho na casa dos dois judeus, provavelmente já convertidos ao cristianismo durante o tempo em que estiveram em Roma.
             Áquila, judeu originário de Éfeso, transferiu-se para Roma com a esposa e aí exercia uma pequena atividade comercial. Quando o imperador Claudio baniu da cidade todos os judeus, os cônjuges de refugiaram-se em Corinto.
               Tinham um bom negócio e, graças às economias amelhadas em conjunto, durante a atividade desenvolvida em Roma, conseguiram encontrar casa e trabalho para si e para os outros correligionários. Com efeito, quando Paulo chegou à laboriosa cidade de Corinto, dirigiu-se imediatamente a essas duas generosas pessoas. Ele logo discerniu suas boas qualidades e a ajuda que daí poderia obter na difícil missão de anunciar o Evangelho entre pessoas com múltiplos afazeres e de moral dissoluta.
             Mais tarde, para evitar um excessivo incômodo, Paulo escolheu como loval de reunião da embrionária comunidade cristã a casa do neófito Tísio Justo, embora continuasse a viver do comércio de Áquila e Priscila, que além disso, o proviam de comida e alojamento.
             A veneração dos dois pelo Apóstolo é confirmada pelo fato de que decidiram deixar Corinto e acompanhá-lo a Éfeso. Isso demonstra que já eram partícipes da atividade missionária de São Paulo, com o qual colaboravam; quando Paulo saiu de Éfeso, continuaram a catequese apostólica.
             O neófito Apolo foi instruído e preparado para o batismo pelos dois. Sobre ambos, tudo o mais se ignora. O Sinaxário constantinopolitano denomina-os "apóstolos e mártires".