sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Beato Mateus de Agrigento, frade e bispo

         

          Bispo da Primeira Ordem (1380-1451). Aprovou seu culto Clemente XIII, em 22 de fevereiro de 1767. Mateus de Gallo Cimarra nasceu em Agrigento em 1380 de pais oriundos da Espanha, no mesmo ano em que nasceu São Bernardino de Sena. Sua mãe o educou no santo temor de Deus, na bondade, na pureza da fé mais fervorosa. O jovem correspondeu generosamente aos cuidados maternos. Aos 18 anos se fez franciscano; na Espanha se doutorou em filosofia e teologia, e ordenou-se sacerdote em 1403. Ensinou a seus co-irmãos na Espanha por espaço de quatro anos.
          Quando São Bernardino de Sena começou seu apostolado por toda Itália, Mateus partiu da Espanha e foi a Sena, onde foi escolhido por São Bernardo, como companheiro de apostolado. Os dois trabalharam juntos durante 15 anos na difusão do culto ao Santíssimo Nome de Jesus e na devoção à Nossa Senhora, empenhando-se em volver o primitivo ideal da Ordem Franciscana. Edificou muitos novos conventos, centros de espiritualidade franciscana. Em 1443, foi eleito Provincial de Sicília, que contava com 50 conventos, dos quais, 38 tinham o nome de Santa Maria de Jesus.
           Com o Santo Nome de Jesus, percorreu a Sicília, pregou o Evangelho, recordou aos sacerdotes sua dignidade, reavivou a fé do povo, converteu pecadores; sua pregação foi confirmada por milagres. Foi mestre e formador de futuros santos, o quais quis como colaboradores: Beato João de Palermo, Cristóvão Giudici, Gandolfo de Agrigento, Arcângelo de Calatafimi, Lourenço de Palermo e Santa Eustóquia de Messina.
           São Bernardino de Sena havia sido acusado de herege diante de Martinho V por haver pregado o culto ao Nome de Jesus. O Beato Mateus e São João de Capistrano defenderam energicamente ao grande mestre. E o processo terminou com triunfo.
           Eugênio V, o nomeou bispo de Agrigento, tendo sido consagrado em 30 de janeiro. Desenvolveu uma intensa atividade; transformou o seu rebanho, extirpou os abusos, restaurou a disciplina, destinou aos pobres as rendas de seu bispado e combateu a simonia. Foi injustamente acusado diante de Eugênio IV, quem o chamou a si e reconheceu sua inocência. Depois de três anos de episcopado, renunciou a diocese e obteve permissão do Papa para voltar ao convento de Santa Maria de Jesus de Palermo, onde viveu os últimos anos em oração e solidão, dando exemplo de admiráveis virtudes. Em 7 de janeiro de 1451, passou para o descanso eterno. Tinha 71 anos. Seu sepulcro se fez célebre por freqüentes milagres acontecidos.