terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Beata Eugênia Maria Smet, religiosa e fundadora

        

          Eugênia Maria Josefina Smet, nasceu na cidade de Loos Lez Lille, na França, no dia 25 de março de 1825. Sua infância foi tranqüila, no seio de uma família burguesa de origem flamenga, recebendo uma educação com sérios princípios morais e cristãos.
         Aos dezessete anos, terminou os estudos e queria seguir a vida religiosa como as irmãs do colégio do Sagrado Coração, onde ficou interna por dez anos. Mas, regressou para a família. Pela inclinação religiosa e com sua sólida formação, caracterizada pela total confiança na Providência Divina, pelo amor dedicado as almas benditas do Purgatório, ela ingressou no apostolado leigo da paróquia. Primeiro comunicou ao seu confessor que havia feito o voto privado de castidade e depois começou a trabalhar nas obras de caridade.
         Nestas obras, ninguém da paróquia, tinha tanta dedicação quanto Eugênia. Distribuía diariamente alimentos aos carentes e para os enfermos. Sua participação ativa e objetiva aumentava cada vez mais os donativos para as obras Missionárias, deixando os padres admirados com seu senso de organização e carisma. "É necessário ajudar bem a Providência", dizia ela, justificando os crescentes donativos e pacotes de alimentos que conseguia.
        Eugênia, aos vinte e oito anos resolveu criar uma associação leiga de fiéis para interceder com orações, pelas almas do Purgatório. Apesar das adesões, tantas foram as dificuldades que decidiu fundar uma congregação de religiosa. Durante três anos, Eugênia pediu conselhos a muitas pessoas influentes da Igreja, inclusive ao papa Pio IX e ao padre Cura d'Arns, que a apoiaram. Mais tarde ambos foram canonizados.
         Em 1856, Eugênia foi para Paris, onde com a orientação espiritual de um padre jesuíta e com mais cinco religiosas, iniciou a congregação das madres Auxiliadoras das Almas do Purgatório. Mas, como ela conheceu o duríssimo "purgatório" que muitos passavam ainda em vida, concluiu que deveriam interceder nas duas frentes: as almas receberiam as orações e os vivos carentes, alimentação, alfabetização e tratamento quando enfermos. Assim, sempre confiante na Providência, seguiu avante serena e decidida.
         Em 1859, o padre jesuíta elaborou o Regulamento da congregação, submetido às Regras da Companhia de Jesus, que foi aceito e adotado. No mesmo ano, as religiosas fizeram o juramento de cumprir as Regras. A fundadora recebeu o nome de madre Maria da Providência. Depois ela fundou novas casas na França e enviou religiosas para a China.
        Madre Maria da Providência, faleceu em paz no dia 7 de fevereiro de 1871 consumida por um câncer. Após a morte seu rosto, crispado pelas dores, voltou a ficar sereno e tranqüilo. O papa Pio XII declarou Eugênia Smet, madre Maria da Providência, Beata, em 1957, com sua celebração litúrgica no dia 7 de fevereiro.