domingo, 11 de dezembro de 2011

São Dâmaso I, papa e confessor

 

         Natural da cidade lusitana de Guimarães, era irmão de Santa Irene.
Possuía grande cultura, era arquivista e poeta, e tinha também gosto pela arqueologia. Ordenou a organização dos arquivos da Igreja, conservando versões fiéis e autênticas dos escritos dos pri­meiros Padres e mandando destruir versões apócrifas e deturpa­das, para que no futuro não pudes­sem ser aproveitadas por hereges.  
Com a mesma profética intenção, quis que houvesse uma única ver­são oficial dos Livros Sagrados, e incumbiu seu secretário, São Je­rônimo, de fazer uma tradução la­tina das Escrituras, diretamente dos originais gregos ou hebraicos, daí nascendo a célebre Vulgata.
Ordenou que fossem feitas esca­vações e obras de conservação nas catacumbas, abandonadas desde que Constantino dera liberdade à Igreja, em 312.
Pessoalmente re­digiu, em versos, os epitáfios dos incontáveis mártires que iam sen­do localizados nas galerias subter­râneas de Roma. Por influência sua foi retirada do Senado roma­no a estátua da deusa Vitória, sen­do assim eliminado esse vestígio do paganismo oficial.  
Foi um dos primeiros Papas a definir explici­tamente o primado do Papa sobre a Igreja Universal, com uma au­toridade que lhe vem de Nosso Senhor Jesus Cristo, e não por delegação dos demais bispos ou de concílios.
Apoiou Santo Atanásio em sua luta contra o arianismo e combateu tenazmente essa, como diversas outras heresias do tempo. Em resumo, pode-se dizer que seu Pontificado, que durou 18 anos, foi dos mais fecundos dos primei­ros séculos da História da Igreja.