sábado, 3 de dezembro de 2011

Santa Bibiana, Virgem e Mártir


 No século III época em que Roma estava sob o poder o imperador Juliano o Apóstata, aconteceu um dos últimos focos de perseguição fatal contra a vida dos cristãos, entre 361 e 363. O tirano, que já tinha renegado seu batismo e abandonado a religião, passou a guerrear pela eliminação completa do cristianismo.  
Iniciou substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, tentando colocar os primeiros no esquecimento. Mas não parou por aí. Os mais populares e os mais perseverantes eram humilhados, torturados e até mortos.
No ano 363, a família de Bibiana foi executada na sua presença, porque não renunciou à fé cristã. Flaviano, seu pai, morreu com uma marca na testa que o identificava como escravo. Defrosa, sua mãe foi decapitada. Ela e a irmã Demétria, antes, foram levadas para a prisão.  
A primeira a morrer foi Demétria, que perseverou na fé após severos suplícios na presença da irmã. Após, foi o martírio de Bibiana, para a qual, conforme a antiga tradição, o governador local usou outra tática. Foi levada a uma casa de prostituição de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam aproveitar-se de sua beleza, pois a um simples toque eram tomados por um surto de loucura. Bibiana, então, foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.
Sem renegar Cristo, foi entregue para ser chicoteada até morrer. Outro milagre aconteceu nesse momento, pois os cães não o tocaram. Ao contrário, mantiveram uma distância respeitosa do corpo da mártir. Os seus restos, então, foram recolhidos pelos demais cristãos e enterrados ao lado dos familiares, num túmulo construído no monte Esquilino, em Roma.  
Por último, a perseguição sangrenta acabou. A história do seu martírio ganhou a devoção dos fiéis. Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males de cabeça e as doenças mentais e a epilepsia. Seu túmulo tornou-se meta de peregrinação e o seu nome escolhido para os recém nascidos na hora do batismo. Também uma variação de seu nome, chamado de Viviana se tornou popular entre os cristãos.
A veneração era tão difundida que o papa Simplício mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada a ela, no ano 407. O culto ganhou mais força ainda quando, por volta de 1625, foi erguida sob as ruínas da antiga igreja uma basílica. Nela, as relíquias de santa Bibiana se encontram guardadas debaixo do altar-mor.
 Além de ser padroeira da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, santa Bibiana é, também, padroeira da diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos. É celebrada no dia 2 de dezembro, considerado o dia de sua morte pela fé em Cristo.


Basílica de Santa Bibiana em Roma