quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Os novos santos espanhóis III: São José María Rubio




         José María Rubio e Peralta nasceu na cidade espanhola de Dalías no dia 22 de julho de 1864. Era o mais velho dos 12 filhos dos camponeses Francisco e Mercedes. Desde muito cedo se destacou entre os irmãos, tanto que seu avô materno disse certa vez: "Eu morrerei, mas quem viver verá que este menino será um homem importante e que viverá muito para Deus". Em sua cidade natal freqüentou a escola e depois das classes gostava de ler sobre as vidas de santos.
          Com dez anos José María foi estudar no Instituto de Bachillerato, mas quando seus professores viram que ele tinha vocação sacerdotal o enviaram para o seminário diocesano de Almería. Em 1879, foi mandado para o seminário de São Cecílio em Granada, onde terminou os estudos filosóficos, os quatro de teologia e dois de direito canônico.
         José María era aluno protegido do cônego don Joaquín Torres e, quando este foi trabalhar em Madri, levou o jovem estudante junto consigo. Na capital ele continuou estudando e, no dia 24 de setembro de 1887, foi ordenado sacerdote, celebrando sua primeira missa no dia 8 de outubro na então catedral de São Isidro, na capela da Virgem do Bom Conselho.

Fama de santo
         Em novembro de 1887 foi nomeado ajudante da paróquia de Chinchón (Madrid), onde em apenas 9 meses já ostentava a fama de santo. Enquanto isto ele continuava dois cursos facultativos de Teologia no Seminário para obter em 1888 a Licenciatura em Teologia em Toledo. Também ali obteve a Licenciatura em Direito Canônico em 1897.
         Depois disto foi administrador paroquial de Estremera, professor de Latim, Filosofia e Teologia pastoral no Seminário de Madri, encarregado dos registros e capelão das religiosas Bernardas, cargo que ocupou por 13 anos. Neste último posto ele pode exercer as funções que mais lhe agradavam: ministrar os sacramentos, ministrar a catequese e se dedicar à caridade. Durante sua vida, organizou pessoalmente diversas missões populares em povoados pequenos.
        Todo este trabalho só fez com que aumentasse sua fama de santo na Madri de seu tempo e seus problemas com a própria Igreja. Certa vez, ao tentar fundar "os discípulos de São João", foi denunciado para polícia e repreendido por seus superiores. Depois disto foi deposto de seu cargo de Diretor das Marias dos Sacrários e de um Boletim do Sagrado Coração.
         No final de abril de 1929, José María Rubio estava muito doente e debilitado. Seus superiores o transferiram então para o noviciado de Aranjuez para que repousasse. Três dias depois de sua chegada, no dia 2 de maio de 1929, ele expirou calmamente. Seu corpo foi sepultado no cemitério do noviciado, mas em 1953 foram trasladados para Madri, onde viveu a maior parte de sua vida.
         O sacerdote foi beatificado em Roma pelo papa João Paulo II no dia 6 de outubro de 1985.