terça-feira, 14 de junho de 2011

Santa Germana

           A sua biografia é constatemente marcada por desgraças, a partir de seu nascimento até sua morte. Não chegou a conhecer sua mãe, que faleceu pouco tempo depois de tê-la trazido ao mundo. Não tinha características físicas muito favoráveis, possuindo uma má-formação em uma das mãos e uma enfermidade crônica originada da subnutrição, a qual prejudicava sua visão e movimentos faciais. O pai não a amava e a madrasta a maltratava demasiadamente.
          Devido a seu físico, não se cogitou casamento para ela. O pai sequer permitiu que freqüentasse a escola do vilarejo, colocando-a exclusivamente para realizar os serviços domésticos e cuidar dos rebanhos da família. Muitas vezes dormia na estrebaria para amenizar seu sofrimento.
          Só lhe era permitido sair de casa para ir à Igreja. Ninguém a acompanhava, pois seu pai a tinha como motivo de vergonha, apesar de não ser muito notada. Muitos habitantes do vilarejo a chamavam de “Germana aleijada” ou “Germana imprópria”. Mas sua fé e capacidade de aprendizagem eram enormes e suportava tudo.
         Tornou-se uma amável pregadora da palavra de Deus e uma catequista espontânea dos mais pobres. Tentou converter seu pai e sua madrasta, mas tudo foi em vão. Vivia acompanhada, em suas campanhas de pregação, de crianças e pobres.
         Suas atividades religiosas eram muito variadas: um dia ia à missa, outro dia recitava o Rosário e o Angelus. Faleceu silenciosamente em 15 de junho de 1601, na estrebaria que tanto freqüentava.

Saint Germana the shepherdess



Relicário de Santa Germana



Basílica de Santa Germana, em Pibrac, França