Fundadora do Instituto das Irmãs de Santa Mariana de Jesus, viu a luz do dia em Baba, na província de «Los Rios» (Equador), no ano de 1828. Ignoram-se o dia e o mês, devido a um incêndio que devorou os documentos. Aos 15 anos perdeu os pais e em seguida entregou-se durante anos a uma vida despreocupada dos deveres religiosos. Todavia, a queda de um cavalo despertou-lhe a consciência e voltou a um regime de piedade e de penitência, de tal forma que em 1849, estando a ponto de contrair matrimônio, renunciou a ele e decidiu consagrar-se totalmente a Deus.
Fez em particular os três votos de pobreza, castidade e obediência e entregou-se a cuidar de raparigas abandonadas. Favorecida de dons místicos e submetida às provações da noite escura, em 1863 tomou por director espiritual o Padre Domingos Garcia, S. J. Em 1867 abandona a casa da irmã, vende todos os seus bens e distribui o dinheiro pelos pobres.
Permaneceu três anos à frente de um asilo para moças. Depois, partiu com duas alunas para Guadalaquiza, na cordilheira dos Andes, a fim de cooperar com os jesuítas na evangelização dos índios Jíbaros. Partindo os jesuitas de Guadalaquiza, ela viu-se obrigada a fazer o mesmo e, depois de trabalhar algum tempo em Cuenca, estabeleceu-se definitivamente em Riobamba. Ali, com a aprovação do bispo, no dia 14 de Abril de 1873 dá início a uma Comunidade religiosa, sob a protecção de Beata Mariana de Jesus de Paredes (1618-1645), virgem natural de Quito e que fora beatificada a 20 de Novembro de 1853.
O novo Instituto destinava-se à instrução e educação da juventude, à reeducação das jovens desviadas e das encarceradas. Financeiramente foram auxiliadas pelo presidente da república equatoriana, Gabriel Garcia Moreno. Depois do assassinato deste em 1875, surgiram tantas dificuldades que a Fundadora se achou incapaz de confirmar como Superiora.
Entregou o governo à Irmã Maria Uquillas (1910), tomando para si o encargo de Mestra de Noviças. O instituto desenvolveu-se não só no Equador, mas também na Colômbia, Venezuela e Estados Unidos.
Em 1986. contava 73 casas e 533 membros. A bem-aventurada faleceu a 12 de Junho de 1883 e foi beatificada no dia 1 de fevereiro de 1985.