segunda-feira, 8 de agosto de 2011

São Gilberto de Sempringham e a fidelidade à Igreja


          Uma das maiores virtudes dos santos é a fidelidade à Igreja. Cada um em seu tempo, na sua realidade histórica foi um instrumento do Senhor para a continua reforma que a igreja necessita para responder com maior alegria ao seu chamado de ser no mundo a presença amorosa de Jesus Cristo.
          Assim, não foi diferente na vida de São Gilberto de Semprinham; ele soube unir o seu amor à Cristo através de sua fidelidade à Igreja. Foi capaz de colaborar a pedido de seu bispo para servir com gratuidade na missão de sua diocese nos seus dias, depois, ao voltar para sua paróquia, ali continuou a manifestar sua fidelidade  pelos caminhos da direção espiritual dos seus paroquianos, incitando-os ao compromisso de seu batismo na vivência cristã com maior coerência entre a fé e a vida.
          Alguns pontos que podemos enumerar de sua fidelidade são:
  1. Uma fidelidade ao Romano Pontífice que, como sucessor de Pedro, recebe a mesma missão de confirmar na fé os irmãos. São Gilberto tinha um apreço muito forte e especial para com a figura e a missão do papa na vida da Igreja. Conheceu pessoalmente o Papa Beato Eugênio III;
  2. O trabalho pastoral em comunhão com o seu bispo diocesano, sua obediência ao bispo local quando foi convocado para sua missão especial morando no palácio episcopal e servindo à diocese quanto a formação do clero e no zelo pastoral;
  3. A abertura à ação do Espírito Santo que o levou a conduzir seus paroquianos à uma profunda intimidade com Jesus Cristo, e, pelos ares reverencias que aprenderam ao entrar e estar na igreja, eram reconhecidos por todos como os filhos de São Gilberto;
  4. A acolhida dos fiéis à uma profunda comunhão com o mistério de Cristo, chamando muitos à vida religiosa, tanto masculina quanto feminina, tornando assim a Igreja fecunda nos mais variados ministérios;
  5. O zelo e a preocupação para com os mais pobres de seu tempo, tinha uma caridade pastoral para com todos e para isso mantinha em todas as casas religiosas um trabalho de acolhida aos pobres e até lugares específicos para com os doentes;
  6. Sua fidelidade quanto ao seu estado de vida, comprometendo-se radicalmente através dos conselhos evangélicos para que a igreja pudesse ser acreditada quando ela anuncia os valores evangélicos como caminho de santificação;
  7. O espírito de silêncio e de humildade diante das perseguições que sofreu, diante de seu amigo, São Tomás Becket, que depois foi assassinado na Catedral de Cantuária, quando o protegeu e defendeu das perseguições políticas;
  8. Quando ao avançar em idade, soube serenamente renunciar ao seu cargo de superior da ordem e eleger seu sucessor, mostrando assim que a missão pertence à Cristo e que a Igreja é o lugar do servir com generosidade e gratuidade.
          Assim, vemos claramente que sua vida cristã foi fortemente marcada pelo seu amor à Igreja e seu ministério, um serviço para o Reino de Deus ser estabelecido em nosso meio.