São Pio V, nascido Antonio Ghisleri, Michele O.P., em 7 de janeiro de 1504, na cidade de Bosco, na Itália.
Austero, reformador da disciplina eclesiástica, foi para muitos um papa incômodo. É fácil imaginá-lo lançando um olhar à lista das reformas que promoveu com energia e severidade: a obrigação da residência fixa para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a sobriedade dos padres, a obrigação das visitas pastorais, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos, a censura das publicações.
Tinha sido inquisidor em Como e Bérgamo, antes de ser bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal e bispo de Mondovi, no Piemonti. É provável que o título de inquisidor o tenha feito antipático para muitos. Entretanto, era um papa condescendente com os humildes, paterno com as pessoas simples, trazendo na pompa dos palácios pontifícios o ideal do frade mendicante dos anos juvenis passados entre os dominicanos. Cabe-lhe o mérito de ter lutado contra o costume inveterado da simonia e do nepotismo.
Não era um papa belicoso; não obstante, ao pôr fim às rixas internas dos Estados europeus, lançou-os contra o inimigo comm, os turcos, aos quais a frota cristã infligiu a derrota definitiva nas águas de Lepanto, em 7 de outubro de 1571. A data é recordada com a instituição da Festa do Santo Rosário.
Morreu seis meses depois desse evento, no dia por meio do qual é recordado nos textos da história. Foi beatificado no dia 27 de abril de 1672 e canonizado no dia 22 de maio de 1712. Seu túmulo está na Capela do Santíssimo da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
Corpo do Papa São Pio V, na Basílica de Santa Maria Maior