“É só pela compreensão do papel da dor e do mistério da Cruz que a humanidade pode salvar-se da crise tremenda em que está afundando” - Plinio Corrêa de Oliveira
Senhor Jesus, estas considerações [sobre problemas do mundo moderno] me levam aos pés de vossa Cruz. Homem das dores, em vossa alma e em vosso corpo sofrestes tudo quanto é dado a um homem sofrer.
Contemplo vosso cadáver descido do patíbulo, vossa humanidade como que aniquilada, e vosso sangue infinitamente precioso derramado ao longo da Paixão.
Enquanto o mundo for mundo, representareis a dor no horizonte de nossas almas. A dor, com tudo quanto ela tem de nobre, de forte, de grave, de doce e de sublime. A dor elevada do simples âmbito das considerações filosóficas para o firmamento infinito da fé. A dor compreendida em sua significação teológica, como expiação necessária, e como meio indispensável de santificação.
Pelo mérito infinito de vosso preciosíssimo sangue, dai à nossa inteligência a clareza necessária para compreender o papel da dor, e à nossa vontade a força necessária para amá-la com todas as veras.
É só pela compreensão do papel da dor e do mistério da Cruz que a humanidade pode salvar-se da crise tremenda em que está afundando, e das penas eternas que aguardam os que até o último momento permanecerem fechados ao vosso convite para trilharmos convosco a via dolorosa.
Maria Santíssima, Mãe das Dores, multiplicai sobre a Terra as almas que amam a Cruz.
É a graça de valor incalculável que Vos pedimos, no crepúsculo de nossa civilização, nesta Semana Santa.
Considera como Jesus, depois de três horas de agonia, consumido de dores e exausto de forças seu corpo, inclina a cabeça e expia na Cruz.
Oh! morto Jesus meu: Beijo enternecido essa Cruz em que por mim haveis morrido.
Eu, por meus pecados, teria merecido um má morte, mas a vossa é minha esperança.
Eu, por meus pecados, teria merecido um má morte, mas a vossa é minha esperança.
Eis, pois Senhor, pelos méritos de vossa Santíssima morte, concedei-me a graça de morrer abraçado a vossos pés e consumido por vosso amor.
Em vossas mãos encomendo minha alma.
Amo-vos, Oh! Jesus meu mais que a mim mesmo, e me arrependo de todo coração de haver-vos ofendido; não permitais que volte a separar-me de Vós outra vez; Fazei que vos ame sempre e dispõe de mim como Vos agrade. Amém. (Santo Afonso Maria de Ligório)
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Excertos de artigo publicado na Revista Catolicismo, nº 76, abril/1957
Excertos de artigo publicado na Revista Catolicismo, nº 76, abril/1957