Pedro Armengol nasceu na Catalunha em meados do séc. XIII. Recebeu esmerada educação de seus pais, os condes de Urgel, mas, ao invés de permanecer nos bons costumes, foi decaindo e passou a conviver com más companhias. Abandonou a casa paterna, tornou-se ladrão perigoso, assassino e chefe de salteadores de estrada.
Aconteceu porém que, estando ele um dia a vagar pelo mato, ouviu ao longe um toque de clarim, típico de gente da Corte. Imaginando que aqueles nobres traziam riquezas, Pedro ataca com sua quadrilha. Mal os dois grupos se encontram, ele vai atrás do chefe do destacamento e está prestes a desferir um golpe quando... percebe tratar-se de seu próprio pai!
Como que atingido por fulminante raio, o bandido permanece imóvel, detendo no ar seu braço armado. Ele, e não o pai, recebe o golpe fatal: um golpe da graça divina. Por certo, naquele instante, alguém, em algum lugar, devia estar rezando por ele a Nossa Senhora... Como o filho pródigo do Evangelho, lançou-se aos pés do pai e pediu perdão. Confuso e envergonhado, Pedro teve verdadeira contrição de seus pecados.
Convertido, ingressou na Ordem de Nossa Senhora das Mercês (os mercedários), cuja missão era trabalhar pela libertação dos escravos cristãos, tiranizados pelos piratas pagãos. Os heróicos frades mercedários não só se arriscavam a viver em territórios pagãos, como também faziam um voto admirável: por amor às almas, oferecer-se como reféns, para serem trocados por cativos católicos que estivessem no meio dos infiéis, expostos à depravação e ao risco de perderem a fé.
Atendendo à voz da obediência, Frei Pedro passou anos no norte da África, numa arriscada existência. Certa vez, soube que 18 cristãos haviam sido escravizados, e procurou os infiéis, negociando a libertação deles. Mas os pagãos exigiram soma muito alta, que só poderia vir da Espanha. Sem hesitação, Frei Pedro ofereceu-se como refém. Aceitaram, mas estipulando um prazo: se o dinheiro não chegasse, ele seria enforcado.
Assim foi feito. Passou o tempo e, esgotando-se o prazo estipulado, cumpriram a ameaça: enforcaram Frei Armengol. Quando pensaram que ele já havia morrido, abandonaram-no, deixando-o pendente da corda, para que seu corpo apodrecesse ali.
Pouco tempo depois chega o navio com o dinheiro do resgate. Indignados com a crueldade dos infiéis, os frades quiseram ver o corpo de seu irmão de hábito. Ao chegarem junto do patíbulo, grande surpresa: Frei Pedro, ainda pendurado na forca, estava vivo, embora pálido como um cadáver! Era um milagre extraordinário. Afinal, o que havia acontecido ? São Pedro Armengol respondeu ao Superior:
— Nossa Senhora ficou me sustentando o tempo inteiro...
Como sinal deste prodígio, por toda a vida ele conservou no rosto a palidez cadavérica e, no pescoço, bem visível, a marca da corda...
Aconteceu porém que, estando ele um dia a vagar pelo mato, ouviu ao longe um toque de clarim, típico de gente da Corte. Imaginando que aqueles nobres traziam riquezas, Pedro ataca com sua quadrilha. Mal os dois grupos se encontram, ele vai atrás do chefe do destacamento e está prestes a desferir um golpe quando... percebe tratar-se de seu próprio pai!
Como que atingido por fulminante raio, o bandido permanece imóvel, detendo no ar seu braço armado. Ele, e não o pai, recebe o golpe fatal: um golpe da graça divina. Por certo, naquele instante, alguém, em algum lugar, devia estar rezando por ele a Nossa Senhora... Como o filho pródigo do Evangelho, lançou-se aos pés do pai e pediu perdão. Confuso e envergonhado, Pedro teve verdadeira contrição de seus pecados.
Convertido, ingressou na Ordem de Nossa Senhora das Mercês (os mercedários), cuja missão era trabalhar pela libertação dos escravos cristãos, tiranizados pelos piratas pagãos. Os heróicos frades mercedários não só se arriscavam a viver em territórios pagãos, como também faziam um voto admirável: por amor às almas, oferecer-se como reféns, para serem trocados por cativos católicos que estivessem no meio dos infiéis, expostos à depravação e ao risco de perderem a fé.
Atendendo à voz da obediência, Frei Pedro passou anos no norte da África, numa arriscada existência. Certa vez, soube que 18 cristãos haviam sido escravizados, e procurou os infiéis, negociando a libertação deles. Mas os pagãos exigiram soma muito alta, que só poderia vir da Espanha. Sem hesitação, Frei Pedro ofereceu-se como refém. Aceitaram, mas estipulando um prazo: se o dinheiro não chegasse, ele seria enforcado.
Assim foi feito. Passou o tempo e, esgotando-se o prazo estipulado, cumpriram a ameaça: enforcaram Frei Armengol. Quando pensaram que ele já havia morrido, abandonaram-no, deixando-o pendente da corda, para que seu corpo apodrecesse ali.
Pouco tempo depois chega o navio com o dinheiro do resgate. Indignados com a crueldade dos infiéis, os frades quiseram ver o corpo de seu irmão de hábito. Ao chegarem junto do patíbulo, grande surpresa: Frei Pedro, ainda pendurado na forca, estava vivo, embora pálido como um cadáver! Era um milagre extraordinário. Afinal, o que havia acontecido ? São Pedro Armengol respondeu ao Superior:
— Nossa Senhora ficou me sustentando o tempo inteiro...
Como sinal deste prodígio, por toda a vida ele conservou no rosto a palidez cadavérica e, no pescoço, bem visível, a marca da corda...