O beato Antônio Patrizi, chamado também Antônio de Monticiano, nasceu, segundo algumas fontes um pouco tardias, na cidade de Siena, Itália, na primeira metade do século XIII.
Do seio da nobre família Patrizi, Antônio ingressou no convento agostiniano de Lecceto. No convento de Monticiano veio a falecer a começos do século XIV.
Levou uma vida de santidade dedicado ao serviço de Deus e dos irmãos. Dois anos depois de sua morte foram exumados seus restos e colocados em um altar. Em 1313 criou-se uma fraternidade que levou seu nome. Seu culto foi confirmado por Pio VII.
Uma breve vida de alguns frades eremitas. obra composta por Antônio Florentino antes de 1336, oferece a seguinte informação a respeito do beato Antônio:
"Frei Antônio foi venerado na cidade de Siena, mas sua glória está na cidade abençoada por sua morte. Frei Antônio estava viajando a Camerata para visitar um amigo, o frei Pedro de Florence, quando teve que parar de noite no mosteiro Agostiniano de Monticiano.
Na mesma noite, naquele lugar estranho, o Senhor chamou seu servo à vida eterna. Na hora em que ele morreu, ninguém no mosteiro havia percebido o ocorrido. Mas ficaram sabendo logo de sua morte e de sua santidade.
Por perto estava a residência de um cavalheiro e sua esposa, ambos muito doentes. Exaustos pelos constantes cuidados requeridos pelos seus patrões, os criados estavam descansando, apoiados numa janela que dava vista para o mosteiro.
De repente, eles viram uma grande luz sair do mosteiro e tocar o céu. Os criados imediatamente chamaram o casal e todos da casa viram a luz maravilhosa.
A princípio alguns pensaram que o mosterio estivesse em chamas. Mas quando eles consideraram o fenômeno mais de perto, concluíram que devia ser alguém no mosteiro cuja santidade tocou os céus. Pelo desejo de Deus, o casal doente acreditou nos méritos do santo cuja luz tinham visto.
Com grande devoção, encomendaram sua enfermidade à sua intercessão e imediatamente lhes foi restaurada a saúde. Com todos os empregados eles foram, ávidos, ao mosteiro. Lá, eles recontaram as maravilhas que tinham acontecido, a saber, a grande luz que tocou os céus, e suas conclusões acerca da presença do santo cujos méritos os livrou da enfermidade.
Eles, logicamente, queriam ver o santo homem. Os frades, atônitos, então descobriram que o convidado deles, frei Antônio, havia morrido. Os frades sabiam da doença dos vizinhos. A partir deste mesmo dia o corpo do santo permanece fresco e incorrupto e exala uma fragrância muito agradável. O Senhor trabalha por muitos e inumeráveis meios, sinais de sua parte, como está evidente em Monticiano."
O beato Antônio, também conhecido como "o beato de Lecceto", é lembrado pela Família Agostiniana no dia 9 de outubro.