segunda-feira, 23 de abril de 2012

Beata Teresa Maria da Cruz, virgem e fundadora

 
Em Campo Bisenzio,Toscana, na Itália, faleceu a beata Teresa Maria da Cruz Menetti, religiosa carmelita, fundadora da Congregação das Carmelitas de Santa Teresa (1910). 
Teresa Adelaida Cesina Manetti nasceu numa família humilde em San Martinoem Campo Bisenzio (Florença, Itália), em 2 de março de 1846.
Chamavam-na familiarmente de “Bettina”. Ficou órfã de pai muito cedo e logo conheceu a dureza da vida. Apesar disso, ajudava aos pobres, privando-se até do que lhe era mais necessário.
Em 1872, juntamente com algumas amigas, retirou-se numa casinha no campo onde “oravam, trabalhavam e reuniam algumas jovens para educá-las com boas leituras e ensinar-lhes a doutrina cristã”.
Em 16 de julho de 1876, foram admitidas na Ordem Terceira do Carmelo Teresiano, e mudou seu nome para Teresa Maria da Cruz.
Em 1877, recebeu as primeiras órfãs, cujo número foi crescendo dia a dia. Aquelas meninas abandonadas eram seu “maior tesouro”.
Em 12 de julho de 1888, as 27 primeiras religiosas vestiram o hábito da Ordem das Carmelitas Descalças, às quais se haviam juntado em 12 de junho de 1885.
Em 27 de fevereiro de 1904, o Papa Pio X aprovou o Instituto de nome “Carmelitas Terceiras de Santa Teresa”.
Madre Teresa Maria viu, com grande alegria, o Instituto estender-se até a Síria e o Monte Carmelo, na Palestina.Sua saúde sempre foi muito frágil, e também foi duramente provada em seu espírito; por isso, o sobrenome “da Cruz” lhe assentava muito bem. Subiu corajosamente até o seu “Calvário” e, freqüentemente, dizia: “Tritura-me, Senhor, espreme-me até a última gota!”
Sua caridade não tinha limites. Entregava-se a todos e em tudo, esquecendo-se sempre de si mesma. O bispo Andrés Casullo, que a conhecia muito bem, afirmava a seu respeito: “Ela deixava de viver a própria vida para fazer o bem.”
Depois de passar por noites escuríssimas, Madre Teresa, preparada pela graça de Deus, recebeu a morte na sua terra natal, em 3 de abril de 1910, enquanto repetia uma vez mais: “Ó meu Jesus, eu quero sofrer mais...” E murmurava em êxtase: “Está aberto!... Já vou!”
Seus escritos, ao mesmo tempo simples e profundos, foram aprovados em 27 de novembro de 1937. O Papa João Paulo II a beatificou em 19 de outubro de 1986.