segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Beata Josefina Leroux e companheiras, mártires


 
             A Ordem Franciscana pode celebrar hoje a Beata Josefina Leroux, virgem e mártir, que fora batizada em 1747 com os nomes de Ana Josefa. Fez a profissão a 23 de Outubro de 1794 na mesma cidade, juntamente com cinco religiosas ursulinas (Joana Luísa, Maria Margarida, Clotilde, Maria Lievina e Maria Agostinha) e com quatro padres. Maria Lievina era a irmã mais nova de Josefina.
             A 17 do mesmo mês tinham tido igual sorte, também em Valenciennes, outras cinco ursulinas: Maria Madalena, Jacinta, Maria Genoveva, Joana Regina e Maria Luísa. As disposições em que se encontravam os dois grupos de religiosas, assim as indica Maria Margarida, escrevendo as ursulinas de Mons, a 20 de Outubro: «Não nos lastimeis; perguntai antes o que fizemos para merecer este favor. Cinco de nós já sofreram a guilhotina. Subiram para ela a rir» Ficai bem certas que sempre vos ficaremos reconhecidas no céu. Ao morrermos, abraçamo-nos de todo o coração». Dessas onze religiosas, juntamente com quatro irmãos da caridade, de Arrás, foram beatificadas por Bento XV em 1920.
            As Ursulinas foram acusadas e condenadas por terem emigrado para Mons, então sob o domínio austríaco, na Bélgica, ao ser-lhes tirada a casa em 1792, e por terem voltado a Valenciennes, quando os franceses recuperaram a cidade. Outra alegação foi ainda acrescentada: o exercício de funções proibidas pela lei, como era o ensino religioso à juventude. Tudo isto no contexto da revolução Francesa e das hostilidades entre a França e a Áustria.
            Quando foi dito no tribunal que não valia a acusação contra Josefina Leroux, que só estivera em Mons durante o tempo duma visita, o juiz replicou: «Tenho muita pena de to dizer, mas tu emigraste como as outras». São totalmente desconhecidas as circunstâncias em que foram sepultados os corpos das vítimas e os túmulos não foram encontrados.