Lázaro de Betânia, na Judéia, irmão de Marta e, talvez, de Maria Madalena, hospedou várias vezes a Jesus, que aí passava horas de humana tranqüilidade. Lázaro era estimadíssimo na sociedade hebraica, devido à sua origem nobre, sua honestidade e religiosidade de sua família. Não se sabe quando se deram seus primeiros contatos com o divino mestre. É provável que tenha sido dos primeiros discípulos. As expressões usadas pelos evangelistas para caracterizar o relacionamento de Lázaro com Jesus não deixam dúvida de que eram muito amigos.
O fato da ressurreição de Lázaro está detalhado em Jo 11,1-44, que principia assim: "Havia um enfermo, Lázaro, de Betânia, vilarejo de Maria e de Marta, sua irmã. Maria era aquela que ungiu o senhor com perfume e lhe enxugou os pés com os cabelos; o enfermo era seu irmão Lázaro". No capítulo 12,1-11, João narra a ceia de Betânia na casa de Lázaro.
A casa de Betânha e o túmulo foram meta de peregrinação já na primeira época do cristianismo, como refere o próprio São Jerônimo. Lázaro teve o privilégio de ter dois túmulos, porque morreu duas vezes. O primeiro túmulo de onde foi ressusitado por Jusus ficou vazio e assim é mostrado até os nossos dias aos turistas e peregrinos que demandaram a Terra de Santa. Uma antiga tradição o faz bispo e mártir em Chipre, onde teria tido o seu segundo túmulo. Daí foi transportado no ano 900 para Constantinopla no tempo do imperador Leão IV, o filósofo. Essa tradição encontra apoio em achados arqueológicos de antigos afrescos encontrados na ilha de Chipre.