sábado, 30 de abril de 2011

São Pio V, papa, 1504-1572

           


            São Pio V, nascido Antonio Ghisleri, Michele O.P., em 7 de janeiro de 1504, na cidade de Bosco, na Itália.
           Austero, reformador da disciplina eclesiástica, foi para muitos um papa incômodo. É fácil imaginá-lo lançando um olhar à lista das reformas que promoveu com energia e severidade: a obrigação da residência fixa para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a sobriedade dos padres, a obrigação das visitas pastorais, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos, a censura das publicações.
            Tinha sido inquisidor em Como e Bérgamo, antes de ser bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal e bispo de Mondovi, no Piemonti. É provável que o título de inquisidor o tenha feito antipático para muitos. Entretanto, era um papa condescendente com os humildes, paterno com as pessoas simples, trazendo na pompa dos palácios pontifícios o ideal do frade mendicante dos anos juvenis passados entre os dominicanos. Cabe-lhe o mérito de ter lutado contra o costume inveterado da simonia e do nepotismo.
             Não era um papa belicoso; não obstante, ao pôr fim às rixas internas dos Estados europeus, lançou-os contra o inimigo comm, os turcos, aos quais a frota cristã infligiu a derrota definitiva nas águas de Lepanto, em 7 de outubro de 1571. A data é recordada com a instituição da Festa do Santo Rosário.
              Morreu seis meses depois desse evento, no dia  por meio do qual é recordado nos textos da história. Foi beatificado no dia 27 de abril de 1672 e canonizado no  dia 22 de maio de 1712. Seu túmulo está na Capela do Santíssimo da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.



Corpo do Papa São Pio V, na Basílica de Santa Maria Maior

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Beato João Paulo II


              Quanta alegria ao contemplarmos este homem que Deus em sua infinita misericórdia suscitou à igreja de Jesus Cristo como o sucessor de São Pedro. Era o dia  16 de outubro de 1978. Foi um dos líderes que mais viajou na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia falar os segiuntes idiomas: italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto,  grego clássico e latim além do polonês, sua língua nativa. Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou 1 340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados.




           Homem dos tempos atuais soube como ninguém dialogar com todos os mundos: ciência, cultura, arte, polítca, religião, economia, etc. Promoveu intensamente o diálogo ecumênico e inter-relgioso. Participou em eventos ecuménicos: foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém.



            Adotou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e rapidamente colocou-se do lado da paz e da concórdia internacional, com intervenções freqüentes em defesa dos direitos humanos e das nações.
           Foi o Papa mais novo desde o Papa Pio IX porque foi eleito na época com 58 anos. No entanto, tornou-se o Papa cuja ação foi mais decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões; para muitos tinha o carisma do Papa João XXIII.
           É considerado pelo seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação social, o Papa mais popular da História.



           Ao todo foram 104 as visitas realizadas por João Paulo II pelo mundo quebrando o antigo costume dos papas não saírem do Vaticano ou de fazê-lo pouquíssimas vezes em circunstâncias especiais ou em ocasiões extraordinárias. Em todos os tempos foi o Papa que mais países visitou para levar a sua mensagem.
           Ao todo são 14 as Encíclicas escritas por João Paulo II ao longo do seu pontificado e diversos os pronunciamentos sobre todos os campos da atividade humana onde houvesse necessidade de se dar um critério ético ou moral de ação.
Dia/Mês/AnoNome (em latim)Nome (em português)Indicações
25/2 a 4/3 de 1979Redemptor hominis'O Rendentor do Homem'Revela as linhas-mestras do seu prontificado.
2 de Dezembro de 1979Dives in Misericordia'Rico em Misericórdia'Sobre Deus Pai, rico em misericórdia.
14 de Setembro de 1981Laborem exercens'Exercendo o trabalho'Sobre a dignificação do trabalho. Na comemoração do 90º aniversário da encíclica "Rerum Novarum" do Papa Leão XIII.
2 de Junho de 1985Slavorum Apostoli'Os Apóstolos dos Eslavos'Sobre os Santos Cirilo e Metódio, padroeiros dos Povos Eslavos.
30 de Maio de 1986Dominum et vivificantem'Senhor e dá a Vida'Sobre o Espírito Santo na vida da Igreja e do Mundo.
25 de Março de 1987Redemptoris Mater'A Mãe do Redentor'Sobre o culto mariano na vida da Igreja.
30 de Dezembro de 1987Sollicitudo Rei Socialis'A Solicitude pelas coisas sociais'Sobre a reafirmação do papel da Igreja nas questões sociais.
22 de Janeiro de 1991Redemptoris Missio'A Missão do Redentor'Sobre o mandato missionário de Cristo à Sua Igreja.
1 de Maio de 1991Centesimus Annus'O Centésimo Ano'Sobre a questão social: o trabalho, o capital e o ensino. No 100º aniversário da encíclica "Rerum Novarum".
5 de Outubro de 1993Veritates splendor' O esplendor da Verdade'Sobre os fundamentos da moral católica.
30 de Março de 1995Evangelium vitae'O Evangelho da Vida'Sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana.
30 de Maio de 1995Ut unum sint'Para que todos sejam um'Sobre o empenhamento ecuménico.
15 de Outubro de 1998Fides et Ratio'A Fé e a Razão'Sobre as relações entre a fé e a razão. Condena o ateísmo e a fé sem razão, e afirma a posição da filosofia e razão na religião.
17 de Abril de 2003Ecclesia de Eucharistia'A Igreja da Eucaristia'Sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja.




Exortações Apostólicas
Dia/Mês/AnoNomeIndicações
25 de Outubro de 1979Catechesi TradendaeSobre a Catequese do nosso tempo.
22 de Novembro de 1981Familiaris ConsortioSobre a função da família cristã no mundo de hoje.
29 de Março de 1984Redemptionis DonumDirigida aos religiosos e religiosas.
11 de Dezembro de 1984Reconciliatio et poenitentiaSobre a reconciliação e penitência na Igreja.
30 de Janeiro de 1989Christifideles laiciSobre a missão dos Leigos na Igreja.
15 de Agosto de 1989Redemptoris CustosSobre a missão de São José na vida da Igreja.
7 de Abril de 1992Pastores dabo vobisSobre a formação dos sacerdotes nas circunstâncias atuais.
15 de setembro de 1995Ecclesia in AfricaSobre a Igreja em África e sua missão Evangelizadora.
25 de Março de 1996Vita consecrataSobre a vida consagrada e a sua missão na Igreja e no Mundo.
10 de maio de 1997Uma nova esperança para o Líbano
22 de janeiro de 1999Ecclesia in AmericaDestinada a Igreja da América Latina.
6 de novembro de 1999Ecclesia in AsiaDestinada à Igreja da África.
2 de novembro de 2001Ecclesia in OceaniaSobre a Igreja na Oceânia.
28 de junho de 2003Ecclesia in EuropaSobre a Igreja na Europa.
16 de outubro de 2003Pastores GregisSobre o Bispo, servidor do Evangelho de Jesus Cristo para a Esperança do Mundo


            A Jornada Mundial da Juventude foi criada pelo Papa João Paulo II e consiste numa reunião de dezenas de milhares de pessoas sobretudo jovens. O evento é celebrado a cada dois ou três anos, numa cidade escolhida para celebrar a grande jornada em que participam pessoas do mundo inteiro. Nos anos intermédios, as Jornadas são vividas localmente, no Domingo de Ramos, por algumas dioceses ao redor do mundo.
           Para cada Jornada, o papa sugere um tema. Durante as JMJ, acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e shows.

          Jornadas Mundiais da Juventude:

Jornada Mundial da Juventude em Roma


               O Pontifício Conselho para a Família (Pontificium Consilium pro Familia) foi instituido pelo  Papa João Paulo II, com  Motu Próprio Familia a Deo Instituta em 1981, substituindo o Comitê para a Família, que foi criado por Paulo VI, em 1973.
               O Conselho é responsável pela promoção do ministério pastoral e o apostolado da família, em aplicação dos ensinamentos e das orientações do magistério eclesiástico, de modo que as famílias cristãs sejam auxiliadas a cumprir a missão educativa e apostólica da qual são chamadas.
               Ajuda a promover o cuidado pastoral das famílias, favorece os seus direitos e a sua dignidade na Igreja e na sociedade civil, a fim de que possam desempenhar cada vez melhor as suas próprias funções.
              O Pontifício Conselho cuida do aprofundamento da doutrina sobre a família e da sua divulgação mediante uma catequese adequada: favorece de modo particular os estudos sobre a espiritualidade do matrimônio e da família.
              Preocupa-se por que, em pleno entendimento com os Bispos e os seus organismos, sejam exatamente conhecidas as condições humanas e sociais da instituição familiar nas diversas regiões, e, de igual modo, por que sejam divulgadas as iniciativas que ajudam a pastoral familiar.
              Esforça-se por que sejam reconhecidos e defendidos os direitos da família, também na vida social e política; e por isso sustém e coordena as iniciativas em defesa da vida humana desde a sua concepção até o seu ocaso natural, e em favor da procriação responsável.

 Encontro Mundial das Famílias

           Este discatério promove e organiza os encontros mundiais do Papa com as famílias, desde 1994, Ano Internacional da Família.


Encontro Mundial das Famílias, Estádio do Maracanã,  Rio de Janeiro



         O Papa João Paulo II visitou ao todo 129 paíes em todo o mundo durante seu pontificado:
  • 9 vezes visitou a Polônia;
  • 8 vezes visitou a França (incluinda uma visiota a Ilha Reunião, na África);
  • 7 vezes esteve nos Estados Unidos (incluindo duas paradas no Alasca);
  • 5  vezes esteve no México e Espanha;
  • 4 foram as visitas ao Brasil, Portugal e Suíça.

São Hugo, o Grande, de Cluny

        

           São Hugo de Cluny, nasceu em 1024 e faleceu em 1109. Também chamado São Hugo, o Grande, foi o sexto abade de Cluny, desde 1049 até à sua morte. Foi uma das figuras mais marcantes do seu tempo, vindo a ser canonizado. Era descendente da família dos duques da Borgonha, e aparentado com o conde D. Henrique de Portucale.
          Filho de Damásio de Semur (c.995-1048), Barão de Semur, senhor do Castelo de Semur -en-Brionnais, na  vila francesa de Semur-en-Brionnais em Saône-et-Loire e de Aremberga da Borgonha. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.
           Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a diocese de Valence, onde foi nomeado cônego. Depois, passou para a arquidiocese de Lião, como secretário do arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.
          Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Havia tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.
         Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas sua vida de monge durou apenas dois anos. O papa insistiu porque estava convencido de que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.
        Cinco décadas depois de muito trabalho, árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e até abrigava o primeiro mosteiro da ordem dos monges cartuchos. O bispo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para acolher e ajudar seu antigo professor, o famoso monge Bruno de Colônia, que foi elevado aos altares também, na fundação dessa ordem. Planejada sobre os dois pilares da vida monástica de então, oração e trabalho, esses monges buscavam a solidão, a austeridade, a disciplina pelas orações contemplativas, pelos estudos, mas também a prática da caridade pelo trabalho social junto à comunidade mais carente, tudo muito distante da vida fútil, mundana e egoísta que prevalecia naquele século.
          Foram cinqüenta e dois anos de um apostolado profundo, que uniu o povo na fé em Cristo. Já velho e doente, o bispo Hugo pediu para ser afastado do cargo, mas recebeu do papa Honório II uma resposta digna de sua amorosa dedicação: ele preferia o bispo à frente da diocese, mesmo velho e doente, do que um jovem saudável, para o bem do seu rebanho.
         Hugo morreu com oitenta anos de idade, no primeiro dia 1132, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida. Tanto assim que, após seu trânsito, muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão.
        O culto a são Hugo foi autorizado dois anos após sua morte, pelo papa Inocente II, sendo difundido por toda a França e o mundo católico.



Abadia de Cluny


Das “Cartas” de Santa Catarina de Sena (1347-1380) (carta n.165 a Bartolomea, esposa de Salviato da Lucca

Abraça Jesus crucificado, amante e amado

        "Querida irmã em Jesus. Eu, Catarina, serva dos servos de Jesus, escrevo-te no seu precioso sangue, desejosa que te alimentes do amor de Deus e que dele te nutras, como do seio de uma doce mãe. Ninguém, de facto, pode viver sem este leite!
           Quem possui o amor de Deus, nele encontra tanta alegria que cada amargura se transforma em doçura e cada grande peso se torna leve. E isto não nos deve surpreender porque, vivendo na caridade, vive-se em Deus: “Deus é amor; quem permanece no amor habita em Deus e Deus habita nele”.
           Vivendo em Deus, por conseguinte, não se pode ter amargura alguma porque Deus é delícia, doçura e alegria infinita!
           É esta a razão pela qual os amigos de Deus são sempre felizes! Mesmo se doentes, necessitados, aflitos, atribulados, perseguidos, nós estamos alegres.
           Mesmo quando todas as línguas caluniosas nos metessem em má luz, não nos preocuparemos, mas nos alegraremos com tudo porque vivemos em Deus, nosso repouso, e saboreamos o leite do seu amor. Como a criança suga o leite do seio da mãe assim nós, inamorados de Deus, atingimos o amor de Jesus Crucificado, seguindo sempre as suas pegadas e caminhando com ele pelo caminho das humilhações, das penas e das injúrias.
           Não procuramos a alegria se não em Jesus e fugimos de toda a glória que não seja aquela da cruz.
Abraça, portanto, Jesus Crucificado elevando a ele o olhar do teu desejo! Toma em consideração o seu amor ardente por ti, que levou Jesus a derramar sangue de todas as partes do seu corpo!  
          Abraça Jesus Crucificado, amante e amado e nele encontrarás a verdadeira vida, porque ele é Deus que se fez homem. Que o teu coração e a tua alma ardam pelo fogo do amor do qual foi coberto Jesus cravado na cruz!
          Tu deves, portanto, tornar-te amor, olhando para o amor de Deus, que tanto te amou, não porque te devesse obrigação alguma, mas por um puro dom, impelido somente pelo seu inefável amor.
          Não terás outro desejo para além daquele de seguir Jesus! E, como que inebriada do Amor, não farás caso se te encontras só ou acompanhada: não te preocuparás com tantas coisas mas somente de encontrar Jesus e segui-lo!
         Corre, Bartolomea, e não estejas a dormir, porque o tempo corre e não espera nem um momento!
         Permanece no doce amor de Deus.
         Doce Jesus, amor Jesus."



Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja

          Santa Catarina, nasceu em Siena no dia 25 de março de 1347, onde faleceu no dia 29 de abril de 1380. Foi uma leiga da Ordem Terceira de São Domingos. Catarina de Siena foi ainda uma personagem influente no grande cisma do ocidente. Catarina era a 24ª filha de um tintureiro chamado Giacomo di Benincasa. Os seus pais eram burgueses comerciantes, com forte sentido religioso e familiar, próprio do seu tempo.
          Aos 7 anos de idade Catarina consagrou a sua virgindade a Cristo e aos 15 ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Catarina encarou a sua clausura com seriedade e vivia encerrada no seu próprio quarto, onde, por intermédio da oração e diálogo afirmava que estava sempre com e em Cristo. Catarina abandonou a sua cela somente em 1374, quando a peste se alastrou por toda a Europa e ela decidiu cuidar dos enfermos e abandonados, tendo praticado grandes actos de caridade. Nesse mesmo ano (1374), recebeu uma visão e ficou estigmatizada. Na visão Cristo lhe disse de d'ora em diante ela trabalharia pela paz, e mostraria a todos que uma mulher fraca pode envergonhar o orgulho dos fortes.
          No ano 1376, quando toda a Itália estava envolvida em graves disputas políticas à volta do papado, organizaram-se nas cidades de Peruggia, Florença, Pisa e em toda a Toscana milícias e revoltas contra o poder político do Papa Gregório IX. 
         Catarina decidiu seguir até Avinhão, na França, cidade onde os papas viviam desde há mais de 70 anos, e apresentar-se diante do mesmo para o convencer a regressar a Roma, pois que tal seria fundamental para a unidade da Igreja e pacificação da Itália. Tendo obtido esse grande sucesso em 1378, voltou para sua cidade, onde adoeceu e faleceu em 29 de Abril de 1380, dia em que se comemora a sua memória litúrgica.
         Tal sucesso foi no entanto de pouca duração, pois que a eleição seguinte tornou a mergulhar a cristandade em nova divisão: o grande cisma do ocidente.
          Embora analfabeta, Catarina ditou mais de 300 cartas endereçadas a todo o tipo de pessoas, desde papas, aos reis e líderes, como também ao povo humilde, onde lutava pela unificação da Igreja e a pacificação dos Estados papais. Uma das suas obras ditadas, Diálogo sobre a Divina Providência, é um livro ainda hoje considerado um dos maiores testemunhos do misticismo cristão e uma exposição clara de suas ideias teológicas e espiritualdiade.
          Em 1970, o Papa Paulo IV declarou-a Doutora da Igreja, sendo a única leiga a obter esta distinção. O Papa João Paulo II declarou-a co-padroeira da Europa, juntamente com Santa Brígida da Suécia  e Santa Teresa Benedita da Cruz.
          As cartas de Santa Catarina são consideradas um dos grandes trabalhos da literatura toscana. Mais de 300 cartas são conhecidas. Nas cartas para o Papa, ela com freqüência refere-se a ele afetivamente como Papai. Outros correspondentes incluem seus vários confessores, especialmente Raimundo de Capua, os reis da França e Hungria, o infame mercenário John Hawkwood, a Rainha de Nápoles, membros da família Visconti de Milão, e numerosas figuras religiosas. Cerca de um terço das cartas foram enviadas para mulheres.
         Outro texto de importância é o livro Diálogos da Divina Providência, escrito na forma de um diálogo entre uma lama que se eleva para Deus e este mesmo Deus, obra registrada em 1377 e 1378 por pessoas próximas. Diz-se que era analfabeta, mas Raimundo de Cápua conta que era capaz de ler em Latim e Italiano. Outro hagiógrafo, Tommaso Caffari, afirma que era capaz de escrever, mas que a maioria das cartas e o Diálogo foram ditados.



Oração de Santa Catarina de Sena

        Ó Catarina de Sena, irresistível Santa, à força de tua palavra não resistem os corações dos pecadores e alcançam o Reino dos céus, pela tua fé ardente e pela tua insistente oração.Como outrora, faça sentir hoje o poder de tua intercessão, para fortalecer a frágil paz entre os homens, libertar as vítimas das injustiças e todos os oprimidos por qualquer adversidade. Conforta e cura os que sofrem dos males do corpo e da alma. Roga a Jesus Cristo, Supremo Pastor, pela paz de todo o mundo, pela unidade e fidelidade do Povo de Deus, a Igreja. Pede também pelo bem de Nossa Pátria, o Brasil.Finalmente, se recorda também de mim, que te invoco com fé, sabendo que nunca abandonas na dificuldade, os que te consideram como mãe e mestra. Amém.

Obras de Misericórdia

Obras Corporais de Misericórdia:
  1. - Alimentar os famintos
  2. - Dar de beber aos sedentos
  3. - Vestir os nus
  4. - Abrigar os peregrinos
  5. - Confortar os prisioneiros
  6. - Visitar os doentes
  7. - Sepultar os mortos.


Obras Espirituais de Misericórdia:


  1. - Rezar pelos vivos e pelos mortos
  2. - Corrigir os pecadores
  3. - Aconselhar a quem está na dúvida
  4. - Consolar os tristes
  5. - Suportar as injustiças com paciência
  6. - Perdoar as injustiças de boa vontade
  7. - Ensinar os ignorantes
 

Nossa Senhora Mãe da Misericórdia

          Não se sabe exatamente, como se iniciou o culto à imagem Milagrosa da Mãe da Misericórdia. Foi na metade do século XVI, que a imagem passou a ser conhecida como milagrosa.
         Mãe da Divina MisericórdiaEm Vilna, capital da Lituânia, nas muralhas que cercavam a cidade, havia uma imagem de Nossa Senhora pintada em madeira, acima da porta de entrada. Como a imagem sofresse pelas intempéries, os frades carmelitas construíram uma capela, para abrigar a imagem, isto contribuiu para que o culto à Mãe da Misericórdia crescesse, o povo passou a se reunir para cantar a Ladainha de Nossa Senhora.
         Em 1715, a capela foi incendiada, e milagrosamente a imagem foi a única que não sofreu nenhum dano. Como o culto crescesse demasiadamente, principalmente em função desse fato, o Governo russo, que dominava a Lituânia nessa época ficou incomodado, e em 1844 fechou o convento dos frades carmelitas.
         Acredita-se que o título de Mãe da Misericórdia tenha sido dado pela primeira vez à Maria, por Santo Odão, abade de Cluny.
         Ser chamada de Mãe da Misericórdia, é um dos maiores titulos de Maria, pois, a Misericórdia é uma virtude que se acha na vontade espiritual, é, segundo São Tomás de Aquino, própria dos seres bons e fortes, capazes realmente de prestar socorro. A misericórdia em Maria , é uma das maiores manifestações do poder e bondade de Deus. Ao olharmos para a Mãe Misericordiosa, vemos que Deus é bondade e amor, que faz com que Ele nos dê muitas vezes além do necessário, simplesmente porque nos ama.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Espiritualidade Eucarística de Santa Faustina

Que esta breve reflexão alimente nossa espiritualidade eucarística, de modo a podermos dizer, como Santa Faustina, “O meu espírito (...) estava inflamado de especial amor para com a Eucaristia” (n. 160). Roguemos a Jesus Misericordioso a graça de compreendermos aquilo que João Paulo II nos ensinou: “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja” (Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 1).
À medida que aprofundamos a espiritualidade de Santa Faustina, percebemos o destaque dado à Eucaristia. Evidência desse fato é o grande número de vezes que o tema aparece no Diário: 9 vezes encontra-se a palavra “Eucaristia”, 2 vezes “Sagrada Comunhão” e 159 vezes “Santa Comunhão”. Evidentemente, não importa a estatística, mas o amor de Faustina a Jesus Eucarístico. Não se pode explorar aqui toda a riqueza da espiritualidade eucarística de Santa Faustina. Vamos nos contentar com 7 aspectos:

 1) Na Eucaristia, Faustina encontra sua força: “Todas as manhãs, na meditação preparo-me para a luta durante o dia todo, e a Santa Comunhão é a garantia de que vencerei, e assim acontece. Tenho medo do dia em que não tenho a Santa Comunhão. Esse Pão dos Fortes me dá toda a energia para levar adiante essa obra e tenho coragem de cumprir tudo o que o Senhor exige. A coragem e a força que estão em mim não me pertencem, mas sim Àquele que mora em mim: a Eucaristia” (n. 91).

2) Na Eucaristia, Faustina faz a experiência pessoal da misericórdia de Deus: “Em determinado momento, eu desejava muito receber a Santa Comunhão, mas, porque tinha uma certa dúvida, não fui comungar. Sofri terrivelmente por essa razão (...) Quando fui trabalhar, cheia de amargura no coração, de repente, Jesus colocou-se ao meu lado e disse-me: Minha filha, não faltes à Comunhão, a não ser quando tiveres a certeza de que pecaste gravemente (...) As tuas pequenas faltas desaparecerão no Meu amor como uma palha jogada num grande braseiro” (n. 156).

3) Na Eucaristia, Faustina faz a experiência da proximidade com Deus: “Durante a Santa Comunhão, a alegria inundou a minha alma. Sentia que estou estreitamente unida com a Divindade; a Sua onipotência envolveu todo o meu ser. Ao longo do dia senti a proximidade de Deus de uma maneira especial e, embora as obrigações, durante todo este tempo, não me permitissem ir por um momento sequer à capela, não houve momento em que eu não estivesse unida com Deus” (n. 346).

4) Na Eucaristia, Faustina faz a experiência da presença permanente de Deus: “Jesus, quando vindes a mim na Santa Comunhão, Vós que Vos dignastes residir com o Pai e o Espírito Santo no pequeno céu do meu coração, procuro fazer-Vos companhia o dia todo, não Vos deixo sozinho, nem por um momento” (n. 486).

5) Na Eucaristia, Faustina faz a experiência do amor ao próximo: “Quando recebo a Santa Comunhão, peço e suplico ao Salvador que cure a minha língua, para que eu nunca ofenda o amor ao próximo” (n. 590).

6) Na Eucaristia, Faustina aprofunda a dimensão mariana de sua espiritualidade: “Estou vivendo este tempo com a Mãe de Deus, preparando-me para a solene vinda do Senhor. E Nossa Senhora me instrui sobre a vida interior da alma com Jesus, especialmente na Santa Comunhão” (n. 840). E ainda, em outra passagem: “Hoje senti a proximidade de minha Mãe, da Mãe do Céu, embora antes de cada Santa Comunhão eu peça com fervor a Nossa Senhora que me ajude na preparação da minha alma para a vinda de Seu Filho” (n. 1114).

7) Na Eucaristia, Faustina faz a experiência de sua pequenez diante de Deus: “Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração” (n. 1037).
Que esta breve reflexão alimente nossa espiritualidade eucarística, de modo a podermos dizer, como Santa Faustina, “O meu espírito (...) estava inflamado de especial amor para com a Eucaristia” (n. 160).

Roguemos a Jesus Misericordioso a graça de compreendermos aquilo que João Paulo II nos ensinou: “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja” (Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 1).

Pe. Ednilson de Jesus, MIC

Santa Faustina

           Maria Faustina Kowalska, ou, simplesmente, Santa Faustina, nasceu em Lódz, em 25 de agosto de 1905, e falaceu em Cracóvia aos 5 de outubro de 1938,  foi uma freira e mística polaca. Atualmente é venerada como santa  pela Igreja .
          Conhecida pelos católicos como "apóstola da Divina Misericórdia", é considerada pelos teólogos como fazendo parte de um grupo de notáveis místicos da igreja. Entrou para a vida religiosa em 1924 na congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia.
          Um dos seus confessores, Padre Sopocko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Este diário compõe-se de alguns cadernos. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas. A sua canonização aconteceu em 30 de abril de 2000 pelas mãos do Servo de Deus, o Papa João Paulo II de quem também conseguiu a instituição da Festa da Divina Misericórdia.


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A Novena à Misericórdia Divina
 

Jesus também pediu que a Festa da Divina Misericórdia fosse precedida por uma Novena à Divina Misericórdia, a ser iniciada na Sexta-Feira Santa. Ele deu à Irmã Faustina uma intenção pela qual rezar a cada dia da Novena. Em seu diário, Irmã Faustina relata que Jesus lhe disse: 

"Em cada dia da novena, conduzirás ao meu Coração um grupo diferente de almas, e as mergulharás no oceano da minha misericórdia. Eu conduzirei todas as almas à casa do meu Pai...  Por minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da minha misericórdia. Cada dia pedirás a meu Pai, pela minha amarga paixão, graças para essas almas." (Diário 1209)

1o Dia – Intenção: Por toda a humanidade, principalmente pelos pecadores.


            Ó misericordioso Jesus, cujas mais sublimes prerrogativas são a misericórdia e o perdão, não olheis os nossos pecados, mas a confiança que temos na Vossa infinita bondade; tomai-nos todos sob a proteção do Vosso misericordioso Coração; não desprezeis ninguém. Nós vo-lo pedimos pelo amor que Vos une ao Pai e ao Espírito Santo na unidade da Santíssima Trindade.
            Eterno Pai, olhai com os olhos da Vossa misericórdia toda a humanidade e sobretudo os Vossos pobres filhos, cuja única esperança é o Coração do Vosso Filho Senhor Nosso, Jesus Cristo. Pelos méritos da Sua dolorosa paixão derramai sobre nós a Vossa misericórdia, afim de que glorifiquemos por todos os séculos a Vossa onipotência. Amém.
            Pai Nosso... Ave Maria... Glória...


2o Dia – Intenção: Peçamos pelos sacerdotes e pelos religiosos, através dos quais desce sobre a humanidade a Divina Misericórdia.

 

Ó misericordioso Jesus, fonte de todo bem, aumentai a graça nas almas dos sacerdotes e religiosos, afim de que possam cumprir com decoro e com fruto seus deveres na Vossa vinha. Fazei que eles com a palavra e o com exemplo, levem todos os homens a honrar a Vossa misericórdia.
Eterno Pai, olhai com os olhares da Vossa misericórdia o escol daqueles que trabalham a Vossa vinha, as almas dos sacerdotes, religiosos e religiosas, que são objetos de particular amor de Vosso Filho e Senhor Nosso, Jesus Cristo. Ajudai-os com a força da Vossa bênção e concedei-lhes a Vossa luz de modo que, repletos de zelo, guiem os fiéis no caminho da salvação e lhes transmitam a Vossa misericórdia. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória...


3o Dia – Intenção: Peçamos por todos os fiéis cristãos.

 

Ó misericordioso Jesus, Vós que espalhais sobre todos os homens as copiosas graças contidas no tesouro da Divina Misericórdia, acolhei todos os fiéis cristãos sob a proteção do Vosso misericordioso Coração e não desprezeis nenhum. Nós Vo-lo pedimos pelo amor que Vos liga ao Pai e ao Espírito Santo na unidade da santa e imperscrutável Trindade.
Eterno Pai, olhai com os olhares a Vossa misericórdia as almas dos fiéis, e pela dolorosa paixão de Vosso Filho, enviai-lhes a Vossa bênção! Fazei que não percam mais o Vosso amor e o tesouro da santa fé, mas exaltem a Vossa misericórdia junto com a assembléia dos anjos e dos santos, por toda a eternidade. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória...


4o Dia – Intenção: Peçamos pelos pagãos e pelos infiéis que não conhecem ainda a Divina Misericórdia.

 

Ó misericordioso Jesus, que sois a luz do mundo, acolhei sob a proteção do Vosso Coração misericordioso as almas dos pagãos e dos infiéis que ainda não Vos conhecem. Fazei que o raio da Vossa graça os ilumine, para que conosco, também eles exaltem as maravilhas da Vossa misericórdia por toda a eternidade.
Eterno Pai, olhai com os olhares a Vossa misericórdia as almas dos pagãos e dos infiéis que não conhecem ainda o Coração misericordioso do Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Iluminai-os com a luz do Vosso Santo Evangelho, para que compreendam que felicidade seja amar-Vos e exaltem a Vossa misericórdia por toda a eternidade. Amém.
            Pai Nosso... Ave Maria... Glória...


  5o Dia – Intenção: Peçamos pelos herejes e pelos cismáticos.

 

Ó misericordioso Jesus, Vós que sois a mesma bondade e não recusais a Vossa luz àqueles que a imploram, ponde sob a proteção do Vosso Coração misericordioso as almas dos herejes e dos cismáticos e com a luz a Vossa graça atraí-as ao grêmio da Santa Igreja, para que juntamente conosco exaltem a Vossa misericórdia por toda a eternidade.
Eterno Pai, olhai com os olhares da Vossa misericórdia as almas dos herejes e dos cismáticos, que com o abuso da Vossa graça perderam aquele tesouro e insistem no seu erro; não olheis a sua obstinação, mas dignai-Vos recordar o amor do Vosso Filho e sua dolorosa paixão, antes da qual Vos suplicava com tanto fervor "que todos sejam uma só coisa". Fazei que estas almas retornem ao caminho que conduz a Vós e exaltem conosco a Vossa misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória...


  6o Dia – Intenção: Peçamos pelas crianças e as almas que lhes são semelhantes.

 

Ó misericordioso Jesus, Vós que dissestes: "Aprendei de mim que sou manso e humilde de Coração", acolhei sob a proteção do Vosso misericordioso Coração as almas das crianças e as dos que, mansos e humildes, se lhes assemelham. Eles florescem diante do Trono do Pai Celeste como coroas odoríficas que rejubilam o Céu. Fazei que estas almas permaneçam salvas no Vosso Coração e exaltem a Vossa misericórdia por toda a eternidade.
Eterno Pai, olhai com os olhares da Vossa misericórdia os pequeninos e todas as almas mansas e humildes que são mais semelhantes ao Vosso Amado Filho e que aos pés do Vosso Trono, Vos rejubilam, ó Pai de misericórdia, com o perfume de suas virtudes. Nós vos pedimos, pela alegria que Vos proporcionam estas almas, abençoai-nos e ao mundo inteiro, para que possamos exaltar a Vossa misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória...


7o Dia – Intenção: Peçamos por aqueles que adoram a Divina Misericórdia e difundem a confiança nela, tornando-se deste modo vivo reflexo do Coração Piedosíssimo de Jesus.

 

Ó misericordioso Jesus, o Vosso Coração cheio de compaixão, é o próprio Amor... Acolhei sob a proteção do Vosso Coração misericordioso as almas que se dedicam à propagação da Divina Misericórdia e cujas grandezas exaltam. Assisti às almas que tiram toda a força da graça divina e, unidas Convosco, nas dores e nas provações, querem levar sobre seus frágeis ombros o enorme peso dos males que afligem a humanidade inteira. Dignai-Vos cumulá-las com o dom fortaleza, da paciência e da perseverança.
Eterno Pai, olhai com os olhares da Vossa misericórdia as almas daqueles que com zelo particular adoram a Vossa infinita misericórdia, que com palavras e obras glorificam e imitam, sendo misericordiosos para com seus irmãos; concedei, Vos pedimos, a estas almas que cheias de esperança, se voltam para Vós, a graça sempre maior da Vossa misericórdia, consoante a Vossa promessa de “protegê-los em toda a parte, como Vossa própria glória, sempre e particularmente na hora da morte". Amém.
            Pai Nosso... Ave Maria... Glória...


8o Dia – Intenção: Peçamos pelas almas do Purgatório para que a torrente do Sangue de Jesus mitigue seus sofrimentos e os abrevie.

 

Ó misericordioso Jesus, que dissestes: "Sede misericordiosos, como é misericordioso  o meu Pai", ponte sob a proteção do Vosso misericordioso Coração as almas do purgatório! Possam as torrentes do Sangue e da Água, que correm do Vosso misericordioso Coração, apagar a chamas do purgatório, para que até lá seja louvada a infinita potência de Vossa misericórdia.
Eterno pai, olhai com os olhares da Vossa misericórdia as pobres almas do purgatório; pela dolorosa paixão de Nosso Salvador e pela amargura que naquela hora encheu o seu Santíssimo Coração, demonstrai a Vossa misericórdia àqueles que se constrangem sob Vossa justa cólera. Olhai, Vos pedimos, estas almas somente através das feridas do Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em que a misericórdia supera a justiça. Amém.
            Pai Nosso... Ave Maria... Glória...


9o Dia – Intenção: Peçamos pelas almas tíbias que causaram tantas penas a Nosso Senhor no jardim do Getsêmani.

 

Ó misericordioso Jesus, que sois a bondade mesma, acolhei sob a proteção do Vosso misericordioso Coração todas as almas tíbias, que semelhantes a cadáveres corrompidos, Vos encheram de horror no Getsêmani. Derretei o gelo destas almas com o fogo do Vosso amor, para que possam elas exaltar a Vossa infinita misericórdia por toda a eternidade.
Eterno Pai, olhai com os olhos da Vossa misericórdia as almas tíbias, que no jardim de Getsêmani arrancaram ao piedosíssimo Coração do Vosso Filho a dolorosa súplica: "Afastai de mim este cálice." Pela amarga paixão de Vosso dileto Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e pela Sua agonia na cruz, Vos pedimos que as inflameis de novo zelo pela Vossa glória; derramai em seus corações o verdadeiro amor, a fim de que possam entregar-se às obras de misericórdia aqui na Terra, e exaltar a Vossa misericórdia por toda a eternidade no Céu. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória...