O Martirológio romano celebra no dia 10 de julho os sete irmãos que sofreram martírio durante a perseguição de Antonino.
Eles viveram nos tempos do imperador Antonino e foram presos e mortos todos juntos no ano 165, em Roma. Não se encontram informações muito precisos, entretanto são os dados registrados nas "Atas" sobre este martírio coletivo. Este não teria sido o único caso de uma mãe que recebeu a pena capital juntamente com os filhos. Há, por exemplo, o caso dos "sete irmãos Macabeus", de que fala a Sagrada Escritura no capítulo sete do segundo livro dos Macabeus.
Além disso, quanto a esta mártir, consta que o próprio papa são Gregório Magno teria encontrado uma gravura mural que representava esta mãe, de nome Felicidade, rodeada por sete jovens, numa das catacumbas de Roma.
A tradição conta que Felicidade era uma rica viúva que foi acusada de ser cristã pelos sacerdotes pagãos ao imperador. Públio que era prefeito de Roma, ficou encarregado do seu julgamento. Começou o interrogatório somente com Felicidade, todavia não obteve resultado algum. No dia seguinte, mandou conduzir a mãe e os sete filhos para adorarem os deuses pagãos. Mas Felicidade exortou os filhos a que não fraquejassem na fé. O juiz, então, condenou mãe e filhos à morte.
Através das "Atas" é possível saber todos os seus nomes e a forma de martírio de cada um. Nela, eles estão citados como "os sete irmãos mártires": Januário, Félix, Filipe, Silvano, Alexandre, Vidal e Marcial. Januário, após ser açoitado com varas e ter padecido no cárcere, foi morto com flagelos de chumbo. Félix e Filipe foram espancados e mortos a golpes de pau. Silvano foi jogado num precipício. Alexandre, Vidal e Marcial foram decapitados.
Apesar de saberem que sofreriam muito antes de morrer, todos mantiveram a firmeza na fé e não renegaram o Cristo. A última a morrer, por decapitação foi Felicidade, que sofreu muitas torturas até a execução no dia 23 de novembro.
A tradição cristã reverência todos estes santos mártires na mesma data.