quinta-feira, 28 de julho de 2011

Carta de Inocêncio I a Decêncio, bispo de Gúbio, in Enciclopedia del Papato

          "Se os sacerdotes do Senhor observassem as instituições eclesiásticas tais como foram reguladas pelas tradições dos santos apóstolos, não haveria nenhuma discordância nos ofícios e nas consagrações. Mas se cada qual julga poder observar, em lugar daquilo que vem da tradição, o que crê oportuno, daí provém que se vejam celebrações de diferentes modos, segundo a diversidade dos lugares e das Igrejas. Esse incoveniente gera um escândalo para o povo, o qual, ignorando que as antigas tradições foram alteradas por uma presunção humana, crêem que as Igrejas não estão de acordo entre si, ou que teriam sido estabelecidas coisas contraditórias pelos apóstolos ou pelos homens apostólicos. Mas quem não sabe, quem não compreende que aquilo foi consignado pela tradição da Igreja Romana de Pedro, principalmente pelos apóstolos, se conserva ainda hoje e deve ser observado por todos? Que não é necessário acrescentar ou introduzir nada sem estar autorizado, e que não devemos imitar alhures? E isso é tanto mais evidente no que concerne a toda a Itália, à Gália, à Espanha, à África, à Sicília e às ilhas adjacentes. Aqueles mesmos que foram constituídos sacerdotes pelo próprio venerável apóstolo Pedro e seus sucessores estabeleceram as Igrejas. Quem o deseje, que entretanto procure se houve algum outro apóstolo que ensinasse nessas regiões. E se não encontrar outro, é obrigado a conformar-se ao uso da Igreja romana, da qual todas se originam, e isso pelo temor de que, entregando-se a doutrinas estranhas, não venham a separar-se da fonte de todas as instituições".


Santo Inocêncio, papa, rogai por nós para que sejamos fiéis à Igreja Católica Apostólica Romana.