Santo Ulrico de Cluny ou de Zell nasceu em Regensburg, Bavária, Alemanha, no ano de 1029. Seus pais, piedosos e ricos, eram Bernhold e Bucca, sobrinha do Bispo Gebhard II de Regensburg. Ulrico foi provavelmente educado na Abadia de Santo Emmeram, juntamente com São Guilherme de Hirsau. com quem manteve uma relação de amizade, mas em 1043 ele foi chamado para a corte de seu pai.
Ordenado diácono pelo seu tio Nidger, Bispo de Freising, ele foi nomeado arquidiácono da catedral, mas foi profundamente movido pelo espírito de reforma que estava fluindo de Cluny na igreja do século XI. Em sua volta de uma viagem a Roma ele distribuiu seus bens para os pobres, fez uma peregrinação a Terra Santa e, depois de uma nova breve visita a Roma, entrou na Abadia de Cluny em 1061, durante o governo abacial de Santo Hugo.
Foi ordenado padre e apontado como confessor de um convento em Mareigny na diocese de Autun, e prior da comunidade masculina do mesmo lugar. Ele perdeu uma visão e foi obrigado a retornar a Cluny.
Ele foi então nomeado prior em Peterlingen, agora Payerne na diocese de Lausanne, mas devido aos porblemas causados pelo bispo Burchard, novamente retornou para Cluny, onde foi apontado como conselheiro do abade. Sua influência sobre a comunidade beneditina de Rüeggisbert para tornar um priorado de Cluny em 1072, o primeiro mosteiro reformado nas terras de língua alemã, foi decisiva.
Um nobre tinha doado suas propriedades para Cluny em Grüningen perto de Breisach, e Ulrico foi enviado para investigar o lugar e eventualmente construir um mosteiro. Não achando o lugar bem localizado, ele e seus monges mudaram-se em 1087 para Zell, na região da Floresta Negra, onde com sua alta reputação logo atraiu muitos discípulos.
Ele aceitou o bom conselho do beato Gebhard III, bispo de Basle, que freqüentemente o visitava e em 1090 ele estabeleceu o Priorado de Bollschweil, um convento clunicense em Bolesweiler, a cerca de uma milha de Zell.
Ele ficou cego pelos seus dois últimos anos de vida e morreu em Zell no dia 10 de julho de 1093. Seu corpo foi enterrado no claustro, mas três anos mais tarde seu corpo foi trazido para a igreja. Sua festa foi celebrada pela primeira vez no dia 14 de julho em 1129 e desde então ficou sendo o seu dia celebrado.
Sua obra prima, "Consuetudines cluniacenses" (Usos de Cluny) foi composta a pedido de São Guilherme de Hirsau, em três volumes; os dois primeiros escritos entre 1079 e 1082, trata da liturgia e a educação dos noviços; o terceiro volume, escrito não antes que 1087, fala da administração dos mosteiros.
