terça-feira, 18 de setembro de 2012

Beato Carlos Eraña Guruceta, mártir

           


              O beato Carlos nasceu em Aozaraza-Arechavaleta (Guipuzcoa) em 2 de novembro de 1884, no seio de uma família profundamente cristã. Entrou paro o postulantado Marianista de Escoriaza em 1899. Emitiu seus primeiros votos como marianista em 19 de setembro de 1903. Desde 1904 se encarregou da educação cristã dos meninos nos diversos centros da congregação na Espanha. Foi professor de ensino primário em Escoriaza, Villafranca de Oria e Madri. E logo desempenhou exemplarmente o cargo de diretor dos Colégios de Ciudad Real (1916-1927), Tetuán-Marrocos (1927-1933), e Madri no Colégio de Nossa Senhora do Pilar, de 1933 até a sua morte.
                 Como educador conseguiu a estima e o afeto tanto dos alunos como de suas famílias, conseguindo que cada colégio fosse uma comunidade educativa. Como diretor cuidou especialmente da formação dos professores marianistas, a maioria muitos jovens.
             Carlos Eraña é considerado justamente como um dos mais pedagógicos da primeira geração de marianistas espanhóis.
              Em 24 de julho de 1936, o Colégio de Pilar, onde residia, foi invadido por um grupo de milicianos, com a disposição de dispersão da comunidade religiosa. Carlos Eraña foi detido duas vezes e logo posto em liberdade. Quando viu que em Madri sua vida corria perigo e que ali não podia fazer nada de útil para o colégio ou para a comunidade, decidiu ir para Ciudad Real pensando que algum antigo aluno poderia protegê-lo.
             Deposi de uma viagem bem acidentada e de um nova detenção em Alcazar de San Juan chegou a Ciudad Real em 29 de julho. Lá encontrou as comunidades marianistas dispersars e os colégios fechados, imperava um clima de violenta perseguição religiosa contra sacerdotes, religiosos e católicos. Viveu neste ambiente de prova por um mês, conservando sempre a serenidade de espírito. Apenas dizia: "Seja o que Deus quiser". Movido pela caridade e manifestando-se sempre como religioso, tratou valentemente de ajudar aos marianistas escondidos em diversos lugares da cidade. Em 6 de setembro foi preso pelos milicianos e foi levado para a "Casa do Povo", onde permaneceu 12 dias em completo isolamento.
              Consciente do perigo que corria, viveu esses momentos em completa paz, totalmente entregue a vontade de Deus. Um dia antes de sua morte manifestou o desejo de confessar-se. E na madrugada de 18 de setembro foi tirado de sua improvisada cela e fuzilado em Alarcos, a poucos quilômetros da capital, Madri.