María de las Maravillas Pidal y Chico de Guzmán nasceu em Madri no dia 4 de novembro de 1891. Era a filha mais nova dos quatro filhos de uma família abastada, cujos pais, Luis e Cristina, eram marqueses de Pidal. Don Luis chegou a ser Ministro de Fomento e Embaixador da Espanha junto à Santa Sé.
Muito cedo Maria sentiu o chamado de Deus e decidiu dedicar a ele sua vida. Enquanto estudava em casa, durante a adolescência e juventude, se dedicou a obras de caridade, ajudando famílias necessitadas. Cativada pelas obras de Santa Teresa de Jesus de São João da Cruz decidiu entrar nas Carmelitas Descalças, onde ingressou no dia 12 de outubro de 1919 recebendo o nome de Maravillas de Jesus.
A jovem tomou o hábito em 1920 e, em 1923, teve a inspiração de fundar um Carmelo no centro geográfico da Espanha, o Cerro dos Anjos, onde fora erguido o monumento ao Sagrado Coração de Jesus justamente no ano em que ela fora feita carmelita descalça. O bispo de Madri na ocasião acolheu a idéia e, em 1924, a irmã Maravillas e outras três freiras carmelitas se instalaram provisoriamente em uma casa de Getafe para começar a edificação do Convento. Em 1926, ela foi nomeada madre superiora da comunidade do Carmelo do Cerro dos Anjos.
Logo, dezenas de moças começaram a chegaram ao convento e a Madre Maravillas viu isto como um sinal de que deveria fundar novas "casas da Virgem". Assim, em 1933, fundou outro Carmelo em Kottayam (na Índia) enviando oito irmãs para lá, já que seus superiores não permitiram que ela mesma fosse.
Durante a guerra Civil Espanhola, a partir de 1931, a irmã Maravillas e seu convento passaram por muitas privações. As irmãs do Carmelo do Cerro dos Anjos chegaram a ser expulsas de sua comunidade e tiveram que se refugiar em Madri, onde passaram por inúmeras privações. Mas em 1937, o grupo pôde sair de Madri para instalar-se no "deserto" de Las Batuecas (Salamanca). Ali elas fundaram um novo Carmelo.
Só em março de 1939, Maravillas pode voltar ao Cerro dos Anjos onde foi eleita madre superiora novamente. Depois disto ela fundou vários outros conventos na Espanha, Índia e Equador. Até 1974, quando morreu, viveu uma vida de maravilhosa comunhão com Deus. De acordo com pessoas que conviveram com ela, era impressionante sua capacidade de contagiar a todos com seu amor ao Pai e sua capacidade e disposição para oração.
Foi beatificada em Roma pelo papa João Paulo II no dia 10 de maio de 1998. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 11 de dezembro.